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Aula 13 – O LEGADO DE MOISÉS


1º Trimestre/2014 – 
Texto Básico: Deuteronômio 34:10-12; Hebreus 11:23-29
 
“Era Moisés da idade de cento e vinte anos quando morreu; os seus olhos nunca se escureceram, nem perdeu ele o seu vigor” (Dt 34:7). 


INTRODUÇÃO

Durante este trimestre vivenciamos o caráter e as virtudes do grande homem de Deus e líder do povo de Israel, Moisés. Inúmeros adjetivos poderão ser atribuídos a ele, pois o seu legado nos dá um elenco superlativo de qualidades que esse grande homem de Deus nos deixa de exemplo a ser imitado e seguido. Não há dúvida de que o seu maior legado foi a fidelidade e sua obediência a Deus, e, principalmente, a sua santidade; é a própria Bíblia que diz: “E nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, a quem o Senhor conhecera face a face” (Dt 34:10). Ele teve uma comunhão especial com o Senhor. No último livro do Antigo Testamento, Deus chama-o de “meu servo” (Ml 4:4), e no último livro do Novo Testamento ele é chamado “Moisés, servo de Deus” (Ap 15:3).


O QUE É LEGADO


O Legado constitui-se de uma história de vida de uma pessoa que fala de Deus e vive o que ele ensina na vida pessoal, em casa, entre amigos, no mundo onde se vive e trabalha. O legado é uma herança. Claro que no contexto que estamos estudando não tem a ver com dinheiro ou posses que alguém deixa para os seus entequeridos. Estamos falando em modelo de vida, exemplos de valores morais e espirituais, deixados pelo líder para o bem do povo de Deus. Moisés serviu a Deus com integridade e deixou uma herança para as gerações posteriores, e seu legado foi visto na pessoa de Josué, em atitudes, milagres e santidade. O teólogo norte-americano A.W.Tozer disse certa vez que “nada morre de Deus quando um homem de Deus morre!”.


A féas nossas atitudes, o nosso relacionamento com Deus e o compromisso com a sua Palavra são o maior patrimônio que podemos passar às gerações seguintes. O apóstolo Paulo, ao final da carreira, fez menção de sua fé como algo zelosamente guardado no coração. Era a sua preciosa herança para os que viriam depois (2Tm 4:7).


Que contribuição estaremos deixando nessa área vital de nossas relações com Deus?Que perspectivas nossos filhos e netos terão da fé ao olharem a nossa história? Eles nos verão como pessoas que sempre souberam confiar em Deus e viverem inteiramente para Ele? O maior legado que você pode deixar para seus filhos não vem de títulos ou funções que ocupou, mas da pessoa que você foi. Filhos e jovens anseiam por modelos, por pessoas que imitam Cristo em sua forma de viver. Imitar Cristo tem a ver com o caráter de Cristo, de ter atitudes, palavras, ações e compromisso que refletem a pessoa de Cristo.


A maioria dos líderes de Israel morreram sem deixar nenhuma saudade. Um deles foi o rei Jeorão (2Cr 21:4-20)Ele foi um opressor que não tinha qualquer sensibilidade humana. Foi um déspota impiedoso. Ele não deixou qualquer legado edificante para os seus sucessores, ao ponto de o texto bíblico descrever o sentimento do povo quando da sua morte, desse modo: “e foi-se sem deixar de si saudades” (2Cr 21:20). Que este não seja o legado dos líderes do povo de Deus da Nova Aliança!.
I. – OS ÚLTIMOS DIAS DE MOISÉS (capítulos 31-34)
1. As palavras de despedida. Nos capítulos 29 e 30, Moisés apela pessoalmente àquela geração a fim de que reassumam o pacto firmado com Deus e jurem lealdade a Ele. Prediz a apostasia de Israel e seu castigo; experimentarão a bênção e a maldição; finalmente, a graça de Deus abriria a porta para o arrependimento e para o perdão. Deus circuncidará o coração de seu povo a fim de que obedeçam a Ele. A circuncisão de coração refere-se à transformação da vontade, de modo que sirvam ao Senhor com sinceridade.


O povo de Israel não devia pensar que a lei seria demasiado difícil de cumprir. Ela não estaria no céu nem além do mar, não seria inatingível, “está mui perto de ti, na tua boca, e no teu coração, para a fazeres” (Dt 30:11-14). Se o coração está em harmonia com Deus é fácil obedecer ao Senhor. Paulo parafraseou esta passagem substituindo a palavra “escrita” pela Palavra “encarnada” (Rm 10:6-8).


Moisés apresenta a Israel duas alternativas: servir ao Senhor ou servir aos falsos deuses (ler Dt 30:15-20). Ao deixar o Senhor, Israel seria então sempre presa dos invasores. Unicamente o braço invisível de Deus podia protegê-lo se o povo apoiar-se nEle. Também sucede assim na vida de todo cristão: Deus é a única defesa contra as paixões, contra os vícios e contra os maus costumes.
2. Moisés incentiva o povo a meditar na Palavra. “Guardai, pois, as palavras deste concerto e cumpri-as para que prospereis em tudo quanto fizerdes” (Dt 29:9). Moisés deu instruções aos levitas para que congregassem o povo nos anos sabáticos, na Festa dos Tabernáculos, a fim de ler-lhes a lei (Dt 31:10). Desse modo os levitas receberam o cargo docente em Israel. Ele reforça a ideia de que os israelitas precisavam ouvir e obedecer às ordenanças de Deus, a fim de que prosperassem enquanto nação. Sabemos que todos que amam e meditam na lei de Deus são bem-aventurados (Sl 1:1-6). 


No capítulo 32 do livro de Deuteronômio, temos o último cântico de Moisés. O servo do Senhor se despede com adoração e louvor. O cântico de Moisés tinha muita importância, pois os cânticos nacionais se gravam profundamente na memória, e exercem poderosa influência para comover os senti­mentos de um povo.


Na verdade, Moisés deixava claro a Josué (futuro líder de Israel) que a nação abandonaria Deus e anularia o concerto (Dt 31:16) divino. Junto com Moisés, Josué foi encarregado de escrever um cântico do testemunho do concerto e ensiná-lo aos filhos de Israel (Dt 31:19). Esta canção desempenharia a função de testemunha do concerto. Quando Israel traiu o concerto, o cântico, por sua existência e por seu teor, testificaria que a nação conscientemente estava quebrando sua palavra (Dt 31:20,21).
3. Moisés nomeia seu sucessor (Dt 31.7-8). Antes de falecer, Moisés impusera suas mãos sobre Josué, que foi cheio do espírito de sabedoria (Dt 34:9). Observamos, nesse ato, a importância de os líderes abençoarem aqueles que participam de seu ministério e prepararem uma nova geração para estar à frente do povo de Deus.


Como auxiliar(servo) de Moisés, Josué demonstrava intensa devoção e amor a Deus, e muitas vezes permaneceu na presença do Senhor por um longo período de tempo(Ex 33:11). Era um homem que se deleitava na santa presença de Deus. Por certo aprendeu muito com Moisés, seu conselheiro e guia de confiança, a respeito dos caminhos de Deus e das dificuldades na condução do povo. Em Cades-Barnéia, Josué serviu a Moisés como um dos doze espias que observaram a terra de Canaã. Ele, juntamente com Calebe, rejeitou energicamente o relatório da maioria, que retratava a incredulidade do povo(Num 14). Muitos anos antes de substituir Moisés como líder de Israel, Josué demonstrou ser um homem de fé, visão, coragem, lealdade, obediência inconteste, oração e dedicação a Deus e à sua Palavra. Quando foi escolhido para substituir Moisés, já era um homem “em que há o Espírito”(Num 27:18; Dt 34:9).


Todo líder, de qualquer seguimento, um dia terá que deixar o cargo. Isso é um processo natural. Acontece que muitos pensam que são insubstituíveis, ou não querem “largar” a liderança para não perder status, vantagens, benefícios, privilégios etc. É aí que surgem os problemas. Alguns líderes evangélicos na atualidade tratam igrejas e convenções como propriedade particular, empresa ou negócio de família. Esquecem que a igreja tem um dono e o seu nome é Jesus.


4. Moisés vê a Terra Prometida e morre (Dt 34). Moisés conduziu Israel desde a saída do Egito até as proximidades da Terra Prometida, mas não pôde entrar nela, pois desobedecera à ordem expressa do Altíssimo, diante de todo o povo (Nm 20:12). O ocorrido foi o seguinte: em Meribá, a água e os alimentos estavam escassos. Nessa ocasião, mas uma vez, o povo lamentou ter saído do Egito e murmurou (Nm 20:1-5). A fim de lhes prover o socorro, Moisés e Arão oraram, e o Senhor disse a Moisés que falasse à rocha e ela verteria água e saciaria a sede dos hebreus. Contudo, Moisés tomou sua vara e, em vez de fazer como o Senhor lhe ordenara, feriu a rocha por duas vezes (Nm 20:11).


No Antigo Testamento, em diversos momentos, a rocha simboliza o Senhor (Dt 32:15; Sl 18:31), enquanto no Novo Testamento a rocha é Cristo (Mt 7:24,25; Mt 16:18). Por isso, Moisés pecou contra Deus, mas, como parte da recompensa por sua fidelidade, Deus permite a Moisés contemplar a Terra Prometida do topo do monte Nebo. Isso demonstra que embora Moisés seja libertador, não é o libertador por excelência, pois não pôde alcançar para seu povo a vitória final. Não obstante, não houve profeta antes nem depois em Israel como ele. Só Jesus seria semelhante a Moisés (Dt 18:15).


Pouco antes de subir ao monte Nebo para contemplar a terra prometida e morrer, Moisés abençoou as tribos de Israel (Dt 33:1-29). Convocou-as, exceto a de Simeão, e profetizou poeticamente as bênçãos que elas receberiam ao estabelecer-se em Canaã.


Pergunta-se: Moisés nunca entrou na terra prometida? Sim, vemo-lo na Palestina falando com Cristo no monte da Transfiguração. Quão apropriado era conceder-lhe esta honra! Moisés havia tido uma grande parte na preparação da vinda e obra daquele cujo ministério foi prefigurado pelo grande líder de Israel.

II. LEGADO DE MOISÉS (1)

Segundo o pr. Silas Daniel, Moisés foi:
1. Um exemplo de fé. Ao elaborar uma “Galeria de Heróis da Fé” do Antigo Testamento, o escritor da Epístola aos Hebreus coloca entre os seus destaques, como não poderia deixar de ser, Moisés (Hb 11:23-29). Chama a atenção, na descrição que ele faz do grande líder hebreu, principalmente o que lemos nos versículos 24 a 27:


“Pela fé, Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo, antes, ser maltratado com o povo de Deus do que, por um pouco de tempo, ter o gozo do pecado; tendo, por maiores riquezas o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito, porque tinha em vista a recompensa. Pela fé, deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível”.


Somente um homem que ama e serve a Deus com uma fé robusta rejeita completamente as riquezas e a glória do mundo, preferindo sofrer fazendo a obra do Senhor. Moisés não tomava as suas decisões baseado simplesmente no que a lógica humana e os seus cinco sentidos lhe diziam, mas tinha em vista a importância histórica e espiritual do que estava fazendo e “a recompensa” que receberia do seu Senhor peia sua fidelidade ao seu chamado. Ele via além do que poderia perceber a maioria das pessoas do seu tempo, porque ele via “o invisível”.


Ademais, somente um homem que ama e serve a Deus com uma fé robusta não empalidece diante das adversidades mais intensas, não esmorece diante dos poderosos e das circunstâncias prementes que o pressionam a abandonar a vontade divina. A Bíblia diz que Moisés desprezou completamente “a ira do rei”, a oposição dos grandes e poderosos deste mundo, e “ficou firme”, porque estava “vendo o invisível”. “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem” (Hb 11:1).
2. Um exemplo de liderança. Moisés foi um líder notável, que aguentou o que pouquíssimos – ou ninguém – em sua época aguentaria. Ele guiou brilhantemente milhões de pessoas peio deserto; resistiu à oposição com firmeza; soube superar os momentos de crise, tensão, desânimo e revolta; levou o povo ao arrependimento várias vezes; organizou aqueles ex-escravos corno uma sociedade; deu a eles uma identidade como nação; soube ouvir os conselhos de seu sogro, Jetro (Êx 18:13-27), e preparou muito bem o seu sucessor, Josué.
3. Um exemplo de paciência. Números 12:3 nos lembra que “era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra”. E era preciso ser muito temperante mesmo para suportar todas as adversidades e pressões que ele enfrentou. Aliás, isso mostra quão poderosa foi a transformação que Deus fez em Moisés, que antes fora precipitado e assassino (Êx 2:11-13).

Mesmo um homem impetuoso e assassino como o jovem Moisés pode se tornar, quarenta anos depois, um homem extremamente manso e humilde, em virtude da graça transformadora de Deus; e mesmo o homem mais humilde e manso da Terra pela graça de Deus pode ter momentos de fraqueza e perder seu autocontrole se não tiver cuidado, como aconteceu com Moisés. Resumo da história: somos dependentes da graça divina, do poder do Espírito Santo, tanto para desenvolvermos a temperança quanto para mantermo-nos no centro da vontade de Deus, humildes e temperantes, sejam quais forem as circunstâncias.


Não por acaso, a temperança é apresentada na Bíblia como uma das virtudes do fruto do Espírito; chama-se fruto do Espírito exatamente porque é produzido em nós pela ação do Espírito Santo de Deus, isto é, quando nos entregamos à ação dEle em nossa vida (Gl 5:22,23).


Que Deus nos dê graça para seguirmos o bom exemplo desse homem de Deus, que, tirando o episódio das águas de Meribá (Nm 20:7-13), durante seus quarenta anos de ministério, nada fez “por contenda ou por vanglória, mas por humildade” (Fp 1:3) e zelo ardente pela obra de Deus.


4. Um exemplo de intercessor. Moisés foi um grande sacerdote do povo de Deus (Sl 99:6). Ele intercedeu decisivamente pelo povo de Israel em momentos de enorme crise (Êx 15:25; 33:1-17; Nm 14:13-25).


5. Seu exemplo de integridade. Moisés teve muitas oportunidades de corromper a sua integridade, mas escolheu manter-se íntegro. Ele, por exemplo, preferiu sofrer com o povo de Israel a gozar a glória e os prazeres do Egito, sendo fiel ao seu chamado (Hb 11:24-26).


6. Seu exemplo de comunhão com Deus. A Bíblia nos mostra que Moisés cultivava uma vida de oração, mantendo um relacionamento muito íntimo com Deus: “Falava o Senhor a Moisés face a face, como qualquer fala com o seu amigo” (Êx 33.11). Como frisa Matthew Henry, “isto sugere que Deus se revelou a Moisés, não só com clareza e evidências maiores da luz divina do que a qualquer outro dos profetas, mas também com expressões particulares e ainda maiores de bondade e graça. Ele fala não como um príncipe a um súdito, mas como qualquer fala com o seu amigo, a quem ama“.


Deus também quer ter hoje um relacionamento íntimo conosco! Como destaca a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, “Moisés desfrutou tal favor de Deus não porque era perfeito, genial ou poderoso, mas porque Deus o escolheu. Por sua vez, Moisés confiou inteiramente na sabedoria e direção de Deus. A amizade com Deus era um verdadeiro privilégio para Moisés, e estava [nesse nível] fora do alcance dos hebreus. Mas, hoje, ela não é inalcançável para nós. Jesus chamou seus discípulos – e, por extensão, todos os seus seguidores – de amigos (João 15:15). Ele o chamou para ser seu amigo. Você confiaria nEle como fez Moisés?”.
 
7. Exemplo de Fidelidade.  Esta posição relevante de Moisés é bem mostrada pelo escritor aos hebreus que considerou Moisés como sendo “o servo fiel em toda a sua casa” (Hb 3:2,3), por ter cumprido todas as determinações divinas para a edificação do tabernáculo (Ex 39:43; 40:16), bem como na transmissão da lei aos filhos de Israel (Ex 24:3). De pronto, podemos ver que uma das principais qualidades de Moisés é esta fidelidade ao Senhor, que o fez ser reconhecido pelo Senhor como “Seu servo” (Ex 14:31; Nm 11:11;12:7,8; Dt 3:24; 34:5: Js 1:1,2,13; 9:24; 11:12,15; 12:6; 13:8; 14:7; 18:7; 22:2,4,5). Somente pode ser servo do Senhor aquele que for fiel a Deus, que sempre cumprir as Suas determinações, que se submeter à Sua vontade.

III.  APRENDENDO COM MOISÉS


1. Se comunicar bem com o povo.  É indispensável que haja uma sintonia entre o líder e os liderados. Sem comunicação, não pode haver comunhão e sem comunhão, não há como se construir uma união onde o Senhor possa se manifestar e realizar a sua obra.


Moisés no início sentiu grande dificuldade em se comunicar com o povo de Israel. Fazia quarenta anos que estava no deserto, já não sabia se expressar corretamente seja na língua egípcia, seja na língua hebraica. Era este o sentido da expressão de que não era eloquente, “pesado de boca” e “pesado de língua” ou, na tradução da Bíblia Hebraica, “fala lenta” e “língua trêmula”.


Se o papel do líder é, principalmente, o de falar a Palavra de Deus, como divulgá-la e ensiná-la sem que se tenha uma mesma língua que os liderados? Como realizar o ministério da Palavra sem uma comunicação eficaz? Muitos têm fracassado ou, pelo menos, prejudicado seu ministério porque não se importam em ser compreendidos pelos liderados, porque não têm qualquer preocupação em estabelecer um canal de comunicação.


Deus, diante desta nova dificuldade apresentada por Moisés mostrou que Ele é suficiente. Disse que Ele fez a boca do homem, como também o mudo e o surdo. A obra é de Deus e o Senhor não precisa de técnicas humanas para poder fazer valer a sua vontade e o seu senhorio. Deus havia resolvido livrar o seu povo do Egito e isto seria realizado. Esta observação do Senhor para Moisés é muito atual: quantos não têm tentado substituir o Espírito Santo na obra de Deus por “planos”, “visões”, “estratégias” e “técnicas”? Entretanto, nada disso pode substituir o próprio Deus, pois Ele, e somente Ele é o Senhor!


2. Não ter comunhão com o pecado e com o mal. O líder genuíno da parte de Deus não tem qualquer comunhão com o pecado e com o mal. Quando nos sujeitamos a Deus, passamos a lutar contra o mal. Muitos, porém, na atualidade, não querem enfrentar o adversário, permitem que o pecado e a impureza dominem entre os seus liderados e nesta “trégua” com o inimigo, acham que levam alguma vantagem. Infelizmente, não é isto que nos ensina a Bíblia e o que se verá é que estes “pacificadores” estarão sendo envolvidos pela iniquidade e farão eterna companhia ao adversário no lago de fogo e enxofre.


3. Demonstrar amor aos seus liderados. “por que fizeste mal a este povo?” (Ex 5:22). Um verdadeiro líder é aquele que sente amor pelos seus liderados, ou seja, é capaz de sentir aquilo que eles estão sentindo, não demonstrando qualquer interesse próprio ou pensamento em si, mas o bem-estar daqueles que estão sob sua responsabilidade. Moisés, nos quarenta anos do “curso do deserto”, havia aprendido a buscar o bem-estar das ovelhas, a viver em função delas e a sentir o que elas sentiam. Já no início de seu ministério, Moisés mostra que o líder deve amar os seus liderados, não buscar o seu próprio proveito e, se necessário for, anular-se em prol do grupo.


Moisés, ante a aflição vivida pelo povo e a rejeição de que foi vítima, foi aos pés do Senhor. No momento da angústia, da dor, da solidão, da oposição, quando as coisas parecem estar todas indo numa direção oposta ao que foi prometido por Deus, o servo do Senhor deve correr aos pés do Senhor – “Então tornou Moisés ao Senhor” (Ex 5:22). Que bom quando, nestes momentos difíceis, recorremos a Deus e lhe pedimos a devida orientação. De onde nos virá o socorro? O socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra (Sl 121:1,2).


4. Não confiar em nossas habilidades, mas confiar na direção de Deus. Quando Israel saiu do Egito, Moisés, embora tivesse sua liderança confirmada pelos fatos, não deixou de reconhecer que o senhorio era de Deus. Saindo do Egito, não tomou o caminho que lhe pareceria mais fácil, mas seguiu a direção de Deus. Moisés estava à frente do povo, mas a orientação, a direção era de Deus (Ex 13:17). Que exemplo a ser seguido!


Quarenta anos antes, certamente não tinha sido este o caminho escolhido por Moisés para fugir de Faraó. Mas, agora, o Moisés que estava à frente do povo de Israel não era, em absoluto, aquele Moisés que escapara das mãos de Faraó. Estava-se diante de um servo de Deus, que sabia que quem deveria dirigir o povo era o Senhor.
5. Ser receptivo aos conselhos – ser humilde. Moisés também demonstra que é humilde, pois aceitou receber um conselho da parte de seu sogro. Ao ver que Moisés decidia sozinho todas as causas do povo, que se aglomerava todos os dias para ser atendido por ele, Jetro, dentro de sua experiência, sugeriu a Moisés que efetuasse a descentralização do poder, resolvendo apenas as causas mais graves, criando maiorais de mil, de cem, cinquenta e de dez para resolver as “pequenas causas”, trazendo agilidade e paz para o povo de Israel. Moisés prontamente atendeu ao conselho de Jetro(Ex 18:24), demonstrando ser uma pessoa humilde e receptiva a criticas.
6. Não se impor com autoritarismo ou com soberba. Moisés mostrou, também, toda a sua humildade de espírito. Sempre clamava a Deus para que tivesse a solução dos problemas, jamais se impondo com autoritarismo ou com soberba. Mesmo nos momentos mais difíceis de seu ministério, Moisés nunca quis se sobrepor sobre o povo, demonstrando autoridade consoante a ordem de Deus que, mais de uma vez, interveio diretamente para mostrar que Moisés era o homem chamado por Ele para liderar o povo, como no episódio da sedição de Miriã e Arão (Nm 12:1-10). Quando precisou usar de sua autoridade, fê-lo debaixo da chamada e do senhorio divinos na sua vida, como no episódio da rebelião de Datã, Abirão e Coré (Nm 16).

CONCLUSÃO

Moisés deixou um precioso legado ao seu sucessor Josué. Este não apenas herdou a primazia do poder do Espírito que operava em Moisés, mas foi herdeiro também do seu caráter, de sua integridade e de sua fidelidade ao Senhor. O que os líderes atuais estão deixando para as novas gerações de líderes, para os seus sucessores? O que eles estão fazendo por eles? Ainda são referenciais como Moisés foi para Josué? Qual o nosso legado? Sigamos o exemplo de Moisés a fim de que possamos viver com sabedoria e a agradar a Deus em toda a nossa maneira de viver.
Agradeço sobremaneira a todos que me acompanharam durante este trimestre letivo. Creio que mais firmes estamos em nossa jornada de fé rumo à Terra Prometida. Afirmo novamente, o deserto não é somente momentos difíceis que passamos durante a nossa jornada, não! O deserto é a nossa trajetória, por isso que a nossa jornada não é fácil; é imprescindível  a presença de Deus, do contrário pereceremos; e creio piamente que Sua gloriosa proteção e provisão não se afastarão de nós, se permanecermos firmes nEle. Amém?


“O SENHOR te abençoe e te guarde; o SENHOR faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o SENHOR sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz” (Nm 6:24-26).
——–
Elaboração: Luciano de Paula Lourenço – Assembleia de Deus – Ministério Bela Vista. Disponível no Blog: http://luloure.blogspot.com


Referências Bibliográficas:


Bíblia de Estudo Pentecostal.


Bíblia de estudo – Aplicação Pessoal.


Revista Ensinador Cristão – nº 57 – CPAD.


Eugene H. Merrill – História de Israel no Antigo Testamento. CPAD.


Paul Hoff – O Pentateuco. Ed. Vida.


Leo G. Cox –  O Livro de Êxodo – Comentário  Bíblico Beacon. CPAD.


Victor P. Hamilton – Manual do Pentateuco. CPAD.


(1) Silas Daniel – Uma jornada de Fé (Moisés, o Êxodo e o Caminho à Terra Prometida). CPAD.

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