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Tempo junto: a salvação do casamento

1b2ecf1643ed31b2528b2bd7351c9ac4Muitos casais vivem juntos fisicamente e distantes emocionalmente.
Cultivar momentos a sós, olhar nos olhos e ouvir o outro são remédios que melhoram a saúde da relação conjugal.

Não dá para viver bem a dois sem investir no tempo e no diálogo. Observar os gestos, as expressões corporais e até mesmo aquilo que não é dito é um exercício. O casal precisa desenvolver empatia e isso leva tempo, tempo junto, com qualidade e a sós. Edmilson Silva e Mirian, da Igreja Batista em Jardim Camburi, Vitória, tiveram que aprender isso depois de viverem 27 anos debaixo do mesmo teto, mas nem sempre “juntos”.

Atualmente eles não abrem mão do tempo a dois e cultivam isso como se fosse um tesouro descoberto todos os dias, nos momentos em que se dedicam um ao outro olhando no olho, ouvindo atenciosamente e compartilhando suas vidas. O depoimento deles, quase em forma de desabafo, explica esta verdade.

“Morar debaixo do mesmo teto não significa estar junto. São nossas prioridades que determinam o que faremos com esse tempo. Não desperdiçamos esse tempo juntos com caprichos, crises de ciúme ou discussões desnecessárias. Quando temos intimidade, isto é, quando nos sentimos seguros para abrir o coração com o cônjuge, somos estimulados a buscar tempo juntos, pois isso se torna muito prazeroso. Quando a gente começa a perder essa intimidade e esse prazer de estar junto, tudo passa a ser motivo para o afastamento: a agenda corrida, a TV, a internet e até mesmo o cuidado com os filhos. A correria do dia a dia tenta nos roubar isso, mas quando sentimos que precisamos conversar, vamos caminhar no calçadão da praia para colocar a conversa em dia”, disse o casal.

Mas nem sempre foi assim. O casal, de 49 e 46 anos, respectivamente, já passou por muitas dificuldades. Eles demoraram a entender o princípio bíblico do “deixar pai e mãe” para então se tornarem “uma só carne” no casamento.

“Na briga pelo tempo, tentávamos conciliar nossa vida em família com diversos outros compromissos assumidos com parentes. Logo vieram os filhos e a necessidade de trabalhos extras para prover nossas necessidades, enquanto eu ainda cursava a faculdade. Eu fiz mestrado e o doutorado com eles ainda pequenos. A profissão que escolhi demandou muito investimento de tempo. Sempre tivemos um envolvimento muito intenso com o ministério nas igrejas por onde passamos, com funções de liderança e diversos projetos. Sentíamos que tudo isso provocava um certo distanciamento entre nós. Foi aí que entendemos que nosso tempo junto não era apenas uma necessidade, mas uma prioridade. Hoje, podemos ficar sem um sofá novo na sala, mas nunca sem uma viagem de férias. Estamos nos reinventando como casal a cada fase da vida”, relatou Mirian.

Palestrante na área de casamento e vida familiar, o diretor do Ministério Cristão de Apoio à Família (OIKOS), pastor Gilson Bifano, apoia a decisão de Edmilson e Mirian afirmando que os casamentos se solidificam quando os cônjuges dedicam tempo um ao outro. Segundo ele, no tempo exclusivo, sem a presença dos filhos, de outros casais, as conversas podem ser colocadas em dia, os assuntos mais delicados, como por exemplo, finanças, educação de filhos, entram em pauta. “Além, é claro, do aprofundamento da intimidade”, disse o pastor.

Gilson Bifano deixa um alerta para as igrejas e pastores. “A igreja não deve sobrecarregar as famílias, casais com muitas atividades eclesiásticas. Deve mostrar aos casais que sair para passear, cultivar a intimidade conjugal é tão sagrado quanto o culto de oração ou a vigília missionária. Se um casal não pode, por exemplo, ir ao culto de oração, mas saiu para namorar, isto é sagrado, santo ao Senhor, tanto quanto participar da reunião de oração”.

No livro “As cinco linguagens do amor”, Gary Chapman faz uma observação no mínimo curiosa a respeito do segundo tipo de linguagem: tempo de qualidade. Ele diz que nos restaurantes é perfeitamente possível notar a diferença entre namorados e casados. Os namorados miram-se nos olhos e conversam. Os casados sentam-se à mesa e olham ao redor do restaurante. Pode-se dizer que foram ali apenas para se alimentar.

Esse prazer de curtir o tempo na presença do cônjuge é que está ameaçado e precisa ser resgatado. O aspecto central do tempo de qualidade é estar sempre junto, o que não quer dizer simples proximidade. É prestar atenção no outro e dar importância ao que ocorre em nível emocional, focalizar no que ouvimos do outro. Conversar olho no olho, num processo mútuo.

As Escrituras revelam o valor de estarem juntos em Eclesiastes 4:9-10 com o registro “Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante”.

Presidente do Ministério Família Debaixo da Graça, pastor Josué Gonçalves, ressalta que o perder tempo é pior do que perder dinheiro e que esta é uma das razões porque muitas pessoas estão cada dia mais pobre, principalmente nos relacionamentos interpessoais.

“O casal precisa investir tempo com qualidade no casamento, para haver comunhão, intimidade, conexão. Estar perto, não significa estar conectado. Há casais que estão sentando em torno da mesma mesa, mas cada um com o seu celular na mão; deitados na mesma cama, mas cada um ligado com o seu entretenimento; no mesmo sofá, mas distante um do outro emocionalmente”, revela.

Em sua experiência com casais, o pastor Josué concluiu que o maior presente que o marido dá para a sua esposa é a sua presença e vice-versa. “Para estar presente e conectado com o outro, é necessário se desconectar dos entretenimentos tecnológicos. Hoje a TV, a internet, os jogos eletrônicos são os maiores concorrentes que lutam contra a unidade conjugal”.

O pastor dá dicas: o primeiro passo é ser disciplinado em relação a esses ladrões do tempo. “Sugiro aos casais que façam uma auto-análise para ver onde, porque e como vencer os inimigos do casamento e ladrões do nosso tempo. Nunca sacrifique o importante no altar do urgente”, finaliza.

Gilson Bifano acrescenta que o trabalho e o trânsito podem tirar o tempo do casal. “Uma maneira de resolver é o casal colocar na agenda uma saída semanal, por exemplo. Isto tem que ser prioridade. Se o casal entende que isto é importante, vai dar prioridade a este item”, avisa.

Pastor Jerry Carlos Trevizani, com experiência de liderança de cursos para famílias em diversas igrejas, acredita que muitos casais têm dado maior parte de seu tempo a trabalhos diferenciados como igrejas e estudos como se isso fosse a prioridade para suas vida.

“Muitos têm caído nesta rotina até mesmo como fuga do seu relacionamento doente, precisando de cura. O cultivo no relacionamento conjugal é essencial, e com romantismo, palavras de afirmação, bom humor, entre outros gestos de comunicação de importância e singularidade”, incentiva o pastor Jerry.

Embora ainda jovens, o casal Carlos Henrique Fischer Filho, 30 anos, e Thalita Máximo Fischer (foto), 29, já sabem que o tempo juntos é prioridade. Eles não abrem mão de ir a praia, parques, feiras culturais e viajam juntos sempre que podem.

“Acreditamos que este tempo juntos faz parte do projeto de Deus para a família. É através deste tempo de qualidade que cultivamos mais intimidade, amor, união, cumplicidade, compartilhando das nossas dificuldades, medos, receios, buscando a Deus juntos e tendo um só pensamento com devocionais e muita oração. É também uma forma de cuidar do outro e demonstrar que ele é importante, ou seja, que eu me importo com todas as suas necessidades, sentimentos e medos; e que apesar dos compromissos decidimos investir e priorizar nosso casamento, que é o nosso bem mais precioso, depois de Deus”, disseram.

Uma questão de prioridade

Quando o assunto é família, quem é ou qual é a prioridade? Existe uma fórmula milagrosa? Qual a saída? Uma ordem de prioridade é sugerida por Jerry Trevizani.

“Cada casal precisa refletir e chegar a uma conclusão a respeito de suas prioridades. Então, priorize o cônjuge, depois o fruto dessa união que são os filhos, depois vem o trabalho, igreja e as demais responsabilidades.Tenho visto em gabinetes e cursos casais tentando achar uma saída para a vida a dois, por que falta neles a felicidade de estarem juntos; vivem um relacionamento como se fosse um peso para as suas vidas, cheios de rotinas, compromissos e sem tempo sequer para tomar um café juntos, fazer umas das refeições juntos”.

Se pensarmos em igreja forte, precisamos pensar em famílias fortes. “A aliança que fazemos com o nosso cônjuge é a mesma que Deus fez conosco, até porque Deus é parceiro da nossa aliança conjugal”, disse o Pastor Jerry.

De um modo geral, as igrejas têm criado ferramentas e eventos para que os cônjuges se despertem para um tempo especial, só deles, como: jantares românticos, passeios em grupos e as sós, encontros de casais, cursos para casais; cursos para pais, cursos de controle nas finanças, uma vez que esse tem sido uns dos fatores que tem levado os casais ao divórcio, ou até mesmo curso de auto ajuda para uma vida pessoal melhor e mais prazerosas, como: Mulher Única e Homem ao Máximo.

Carlos e Thalita já tiveram dificuldades no relacionamento devido a falta de tempo dedicado um ao outro, mas descobriram a saída. “No início do casamento tivemos cobrança excessiva da família e amigos, acabamos cedendo as vontades deles. Nós superamos a partir do momento que descansamos do peso de corresponder as expectativas dos outros e decidimos não mais carregar esse fardo. Hoje, administramos melhor o tempo para amigos e família, sem nunca abrirmos mão do nosso momento com atenção exclusiva para o outro”, contaram.

A dedicação de momentos exclusivos para os cônjuges pode salvar um casamento, pois solidifica a relação, satisfazendo a lacuna que os presentinhos, uma boa casa, carro ou trabalho não podem preencher. O conhecido ditado “nenhum sucesso compensa o fracasso em família” tem sido assimilado por todos os casais que chegam ao entendimento de que tempo é algo sagrado na vida do casal.
Salomão, no livro de Eclesiastes 3:1, aconselha que “Tudo tem o seu tempo determinado e que há um tempo para todo o propósito debaixo do céu”. Se tudo tem seu tempo, certamente que isso inclui o tempo para o casal que gera equilíbrio ao relacionamento conjugal.

Extraído do link: http://comunhao.com.br/index.php/materias/84-familia/7978-2015-09-02-19-47-34-10799

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