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Conflito de Gerações

Se pesquisarmos um pouco perceberemos que em todos os tempos da história houve conflitos de gerações. Por Alexandre Dutra

Gerações

Gerações (Foto: Reprodução/Pixabay)

“E foi também congregada toda aquela geração a seus pais, e outra geração após ela se levantou, que não conhecia ao Senhor, nem tampouco a obra que ele fizera a Israel.” (Juízes 2.10)

Existe o conflito de gerações no lar, na família. Os jovens declaram sobre seus pais: “Eles estão atrasados. Não acompanharam a evolução dos novos tempos!”. Enquanto isso, os velhos rebatem: “Eles são rebeldes e não aceitam nossos valores” (Sergio R. Ferreira http://espacodocapelao.org.br).

Também existe o conflito de gerações no trabalho, na empresa, na vida profissional: “Tenho 54 anos e já trabalhei em organizações de tecnologia na área de Recursos Humanos. Percebi nos jovens pouca autonomia para lidar com o poder e com um certo despreparo técnico. Alguns ficam rígidos e inseguros no comando.” Por outro lado, os professionais mais jovens reclamam: “As pessoas mais velhas, por sua vez, geralmente são mais conservadoras e sentem mais dificuldade em lidar com as mudanças, com as transformações” (Andrea Guedes http://www.maisde50.com.br).

Se pesquisarmos um pouco perceberemos que em todos os tempos da história, entre os homens de uma época, e a geração seguinte, sempre houve divergências que culminaram em incompreensão e intolerância, originando os conflitos entre novos e velhos. O conflito de gerações continuará a existir, e sempre será proporcionalmente maior a quanto mais às pessoas se mantiverem apegadas há um tempo, a um lugar, a um modo de viver, a ideias, a conceitos e a preconceitos (https://www.recantodasletras.com.br/ensaios/145123).

 

As gerações

As perguntas que surgem são: mas o que são essas gerações que estão em conflitos?

Como podemos identificá-las e defini-las? E por fim, como podemos ajudá-las a resolverem seus conflitos de gerações à luz das Sagradas Escrituras?

Biblicamente, há algumas concepções sobre o intervalo de gerações. Pode ser de 100 anos conforme Gênesis 15. Entre 30 e 40 anos conforme Jó capítulo 42. Já Mateus capítulo 1 entende geração com referência a uma pessoa. Ou seja, o intervalo de tempo pode ser respectivo ou concernente à leitura bíblica e seu contexto.

Sociologicamente, os estudiosos do comportamento humano chegaram a seguinte definição de gerações: Geração X: São os nascidos entre os anos de 1970 e 1980 são chamados também de filhos dos baby-boomers. A maioria são filhos de pais separados, que viveram num lar onde o responsável trabalhava fora e tiveram contato direto com as novas tecnologias incluindo o surgimento do computador pessoal. Os baby-boomers são os nascidos logo após a 2ª Guerra Mundial, momento em que o índice de natalidade cresceu incrivelmente – por isso o termo “baby boomer”.

Eline Kullock, presidente do Grupo Foco e estudiosa do assunto ‘gerações’, afirma: “Os baby boomers viveram na época da globalização, da ida do homem à lua, do capitalismo e do consumismo. Cultuaram o Rock and Roll, o movimento Hippie, a contestação política e social e os movimentos pela paz. Viveram também a guerra do Vietnã, a ideologia libertária e o feminismo, entre muitos outros movimentos que mudaram a sociedade”.

Geração Y: São os nascidos entre os anos de 1980 e 1990, é a chamada Geração Internet ou Nativos Digitais, por terem se desenvolvido numa era de expansão tecnológica e uma marcante melhoria na economia mundial. Filhos de pais mais atentos e que se preocupavam muito em lhes dar as mais variadas atividades para que ocupassem o tempo.

“A Geração Y é definida pelo pessoal do Marketing. E é um sonho para o marketing. Estão sempre ligados, o que quer dizer que estão suscetíveis a serem permanentemente bombardeados por mensagens. Emocionalmente são inseguros, em busca permanente de reconhecimento e fama, emocionalmente numa adolescência perene que um dia lhes há de formar a personalidade (mesmo que seja à base de iPhones).
Num segundo nível, a coisa é mais complexa. A sua atenção é mais difícil de agarrar, aborrecem-se com facilidade, exigem imediatismo e a mudança está à distância de um clique. Agora estão aqui. Daqui a um segundo já não. A sua linguagem é difícil de imitar e exige uma pertença difícil para quem está de fora, é muitas vezes dominada por um nonsense (falta de sentido, ou simplesmente sem sentido) e por uma rede de referências culturais que se espalha como um fogo na savana.

Num terceiro nível, a coisa piora definitivamente para o pessoal do Marketing. A Geração Y tem opinião. Pior que isso, tem muitas opiniões. E muda muito de opiniões. É fiel à opinião dos amigos e pouco fiel às marcas. Hoje é Nike, amanhã é Adidas. As suas tribos estão em constante mutação e interação: Emos, Gamers, Punks, Alternativos, já nem sei quantos são… E ainda por cima… são criativos. Não criativos de uma maneira ordenada e fácil de compreender, mas numa lógica de nonsense sem limites (https://lsoares.blogs.sapo.pt/21537.html).

 

A Geração Z: São os nascidos nos anos 90. Esses são globalizados desde criancinhas ou desde o ventre. Para eles o mundo não tem fronteiras geográficas e acham impossível um mundo sem internet, celulares, vídeo games e televisores em alta definição. Vivendo em um mundo basicamente tecnológico e virtual, suas relações interpessoais são completamente prejudicadas pela superficialidade.

“Adultecentes”

Ainda existem os adultecentes: Os nascidos lá na Geração X que, porém, agem como se tivessem nascido na Geração Z. Essa galera não está nem aí para o que os outros pensam. Foram preparados a ingressar rápido no mercado de trabalho para não ficarem para traz profissionalmente. A maioria casou-se cedo e consequentemente logo tiveram filhos o que lhes roubou muito da adolescência. E por esses fatores vivem a adolescência fora de época.

Os adultescentes buscam o corpo perfeito, praticam esportes radicais, usam roupas joviais, são frequentadores de clínicas de estéticas e muitos tem estilo de vida alternativo podendo se tornar até mesmo rebeldes. A maioria são graduados ou pós-graduados. E decidiram curtir a vida correndo atrás da felicidade aproveitando ao máximo o tempo que se tem para ser feliz!

Os da Geração X hoje se casam mais tarde, são mais seletivos, tem no máximo 2 filhos e quanto mais tarde puderem encarar essa responsabilidade melhor é. Tem mais tempo livre exatamente por ter máquinas que facilitam os trabalhos (Rosangela Ataíde).

A fonte dos conflitos de gerações

Feitas essas definições vamos para a análise da questão. O embate no lar é um fato corriqueiro. Mas por que é tão difícil harmonizar as vontades de pais e filhos? O conflito é sempre no mínimo entre duas pessoas e pode ser considerado um sinal. Pode ser reação comportamental a algum problema familiar crônico formado ao longo do tempo. Pode ser devido a uma fase do desenvolvimento humano e pode ser circunstancial devido a momentos específicos de alguma pessoa, não relacionados à fase.

Chamo a sua atenção para o texto de 2 Samuel 15 que fala da relação de conflito entre Absalão e seu pai Davi o rei de Israel

Contexto histórico

Quando olhamos para a vida do rei Davi vamos perceber rapidamente inúmeras virtudes: homem segundo o coração de Deus, fiel, temente, sensível, sincero, um grande guerreiro, líder excepcional, músico, compositor, um homem rico e bem-sucedido. Enfim, um pai que, nos dias de hoje, todo mundo gostaria de ter. Contudo, se olharmos mais de perto, também vamos perceber seus defeitos: um homem pecador, cruel, cobiçoso, omisso no lar, negligente com a família e passivo nos problemas de casa.

Davi conquistou o mundo, mas não se tornou rei do coração de seus filhos. Debaixo da sua liderança como pai, um de seus filhos, Amnom, violentou sexualmente sua meia irmã, por parte de pai, Tamar, e Davi nada fez a respeito. Depois disso, o irmão da moça, Absalão, vingou-a, matando Amnon, seu meio irmão, e foge para a Síria. O rei Davi continuou passivo (2Sm.13).

No final do capítulo 13 de 1 Samuel Davi sente-se consolado pela morte de seu filho Amnom, e sente saudades de seu filho fugitivo Absalão. Em 2 Samuel 14 Davi perdoa seu filho assassino e manda buscá-lo. É neste contexto que estamos em 2 Samuel 15:1-6, o início do conflito entre filho e pai (Absalão e Davi).

Absalão desafia a autoridade de seu pai

Absalão deu início a uma vigorosa campanha para ganhar a lealdade das tribos (2Sm.15:1-6.). Seu método era reunir as pessoas junto aos portões, o tribunal da antiga Israel, descobrir de onde vinham, sugerir-lhes seu interesse e disponibilidade, esperando que retornassem ao seu distrito como embaixadores de sua causa.

O conflito

Conflito é luta por espaço, individualidade, autonomia, liberdade de ser. Conflito pode ser ainda a tentativa fantasiosa de destruir algo ou alguém. Uma pergunta-chave seria: qual aspecto os filhos, fantasiosamente, gostariam de apagar nos pais e estes nos filhos? Absalão quis conquistar a força o lugar de seu pai Davi, ou seja, o trono de Israel.

A rebelião de Absalão

Muitos fatores podem alimentar o conflito, tais como pais inautênticos, incongruentes, violentos, injustos, autoritários, sem habilidade na demonstração afetiva, distantes e que priorizam o trabalho ao invés dos filhos (1Sm.15:7-12). Pais com conflitos parecidos na família de origem, educação sem limites, filhos sem atividade social positiva, filhos longe da realidade de privação financeira, personalidade do filho que não tolera frustração e limitação, ou vê as frustrações como sinal de invasão e de perda de autonomia (Dr. Marcelo Quirino).

Davi foge do próprio filho

Davi foge! A decisão de Davi de abandonar Jerusalém tem sido um constante enigma para os historiadores (2Sm.15:13-15). Alguns supõem que a sua coragem falhou temporariamente; outros, que ele tinha fortes motivos para duvidar da lealdade da população, talvez ainda predominantemente jebusita; outros, que ele queria poupar à cidade os horrores de um sítio; e outros ainda, pensam que ele achava que, se a revolta prosperasse no Norte enquanto Absalão marchava contra ele vindo do sul, seria apanhado em Jerusalém como numa armadilha. O fato dos fiéis seguidores de Davi não discutirem a sua decisão, indica que não se baseou na covardia, mas em frios cálculos de um experimentado especialista militar.

Como resultado desse conflito, Absalão conquista Jerusalém (2Sm.16:15-16), comete pecado contra seu próprio pai no palácio real (2Sm.16:15,21-22). Esse foi um conflito de gerações com final trágico – a morte de Absalão em combate contra os soldados de Davi (2.Sm.18:9-14). Davi fica sabendo da morte de seu filho Absalão e lamenta desconsolado a morte do filho quem veio em confronto contra o próprio pai (2Sm.18:32-33).

Procurando resolver os conflitos de gerações

A Parte dos Pais nos é apresentada na arte de educar os filhos, Provérbios 22.6 diz: “Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele”, uma parte dos conflitos de gerações se explica pela inabilidade dos pais nessa tarefa. A educação precisa ser desde bebês. Pais precisam ter inteligência emocional na educação para não se posicionarem de forma chantagista e injusta evitando o que está em Colossenses 3.21 “Vós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não percam o ânimo”.

Deve se educar para pensar com autonomia, negociar, dialogar, desenvolver a compaixão e as virtudes morais, o exemplo próprio, educar a decidir, educar para a tolerância. Educar é amar, comunicar-se, doar-se, entrar no mundo dos filhos não como um intruso, mas, como um amigo experiente e desejado, sem, contudo, perder o respeito da posição paterna. Educar pelo exemplo é o mais sensato.

Aproveitar o tempo. A falta de tempo dos pais para com os filhos. Tal comportamento a longo prazo distancia afetivamente pais e filhos e pode até mesmo estimular o conflito de gerações. Não deixe a falta de tempo estabelecer uma distância afetiva. Pais devem reservar tempo de qualidade para relação familiar, para a oração e estudo da Palavra de Deus, bem como os cultos congregacionais, atividades espirituais e ministeriais na Igreja.

 

Fonte: GOSPEL PRIME

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