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Os Perigos da Arrogância Acadêmica e a Suposta Desqualificação dos Obreiros e Irmãos sem tal Formação na Defesa da Fé e da Sã Doutrina

A Teologia devocional é importante e tem sido o mínimo de preparo que muitos líderes tem tido, o que é bom, porém a teologia acadêmica é a que previne contra desvios doutrinários.

“A Teologia devocional é importante e tem sido o mínimo de preparo que muitos líderes tem tido, o que é bom, porém a teologia acadêmica é a que previne contra desvios doutrinários. Somente esta sabe argumentar com clareza diante dos subliminares apelos, disfarces e nuances que a teologia da prosperidade impõe.” (Claiton Pommerening. Pentecostalismo Líquido: fluidez teológica entre os pentecostalismos. Azusa – Revista de Estudos Pentecostais, V. 4, n. 1 (jan/2013) – Joinville: REFIDIM, 2013, p. 15)
O texto acima citado é parte de um artigo escrito pelo pastor e doutor Claiton Ivan Pommerening, que afirma claramente o seguinte:

1. A teologia acadêmica é a única que previne contra desvios doutrinários;
2. Somente a teologia acadêmica sabe argumentar com clareza diante dos apelos subliminares dos desvios doutrinários;
2. Quem não possui formação teológica acadêmica não tem a necessária competência ou capacidade para prevenir a Igreja dos desvios doutrinários;
3. Os obreiros e irmãos pentecostais que não tiveram (ou não têm) formação teológica acadêmica estão inaptos para discernir e defender a igreja dos ventos de doutrina;
4. Somente graduados, especialistas, mestres, doutores e pós-doutores da academia são capazes de defende a igreja das heresias e heterodoxias;
5. Entende-se ainda, que os apóstolos e os demais líderes na história da Igreja que não tiveram formação teológica acadêmica não estavam habilitados para a defesa clara e substancial da fé.
Fundamentado na própria perspectiva do autor do texto aqui citado, que também afirma: “Logicamente que a todo diálogo sério se permitem certas controvérsias e discrepâncias” (p. 15), discordo respeitosamente do autor, e afirmo que a capacidade de discernir desvios doutrinários e teológicos de forma clara e substancial não é exclusividade de teólogos acadêmicos.
Partindo da própria Escritura, vimos que os apóstolos foram acusados pelos doutores da Lei de iletrados e incultos (At 4.13), acusação da qual nem Jesus escapou (Jo 7.15). Jesus e os apóstolos não tinham formação rabínica, e foram tidos como incapazes e inabilitados para ensinar as Escrituras.
Ao lermos os textos bíblicos dos “iletrados e incultos” Pedro e João, vemos como o Espírito Santo capacita pescadores salvos e revestidos do poder para tratar de verdades profundas com linguagem clara, e defender a fé e a sã doutrina com firmeza, ousadia e convicção no Espírito.
A defesa da fé, a produção teológica e narrativa do Novo Testamento não foram obras apenas de doutores, como no caso de Paulo e o médico Lucas, mas teve também a contribuição no mesmo nível de autoridade apostólica e de inspiração do Espírito dos “iletrados e incultos”.
Muito embora o estudo teológico formal em todos os seus níveis proporcione um conhecimento que contribui para a defesa da fé, e consequentemente para o combates aos desvios doutrinários e teológicos, tal prerogativa não é exclusiva dos acadêmicos:
“Por aquele tempo, Jesus exclamou: — Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas dos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos.” (Mt 11.25)
“Irmãos, considerem a vocação de vocês. Não foram chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de nobre nascimento. Pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes. E Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e quelas que não são, para reduzir a nada as que são, a fim de que ninguém se glorie na presença de Deus. Mas vocês são dele, em Cristo Jesus, o qual se tornou para nós, da parte de Deus, sabedoria, justiça, santificação e redenção, para que, como está escrito, “aquele que se gloria, glorie-se no Senhor”. (1 Co 1.26-31)
Talvez no zelo em defender o anti-intelectualismo presente em alguns círculos pentecostais, o pastor e doutor Claiton Pommerening acabou indo para um outro extremo. Tanto o anti-intelectualismo quanto a arrogância e o pedantismo acadêmico devem ser evitados.
A prova cabal de que a formação teológica acadêmica por si só não garante a devida clareza na percepção de desvios doutrinários e teológicos, é o fato de que ao longo da história da Igreja e ainda nos dias atuais, muitos acadêmicos foram e continam sendo (juntos com não-acadêmicos) os próprios criadores e disseminadores de heresias, desvios doutrinário e teológicos.
Na Igreja de Jesus, os mestres não são necessariamente os acadêmicos, mas os vocacionados pela sua soberania, misericórdia e graça, e capacitados com dons espirituais:
“E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres,
com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de pessoa madura, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como crianças, arrastados pelas ondas e levados de um lado para outro por qualquer vento de doutrina, pela artimanha das pessoas, pela astúcia com que induzem ao erro. Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo,
de quem todo o corpo, bem-ajustado e consolidado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio crescimento para a edificação de si mesmo em amor.” (Ef 4.11-16)
Trago tal discussão para o espaço público, pois os artigos e outras produções acadêmicas e literárias que cito são fatos públicos, disseminados através de revistas e obras que circulam na internet e fisicamente, para que assim busquemos o devido equilíbrio, moderação e correções em nossos posicionamentos.
Talvez alguns não estejam acostumados com tais debates abertos, mas eles se fizeram presentes em toda a história da Igreja, principalmente com a invenção da imprensa (sec. XV), quando o próprio reformador Lutero, de forma pública, disseminou as suas teses e obras, contestando e combatendo os desvios doutrinários da época. Ele pagou um preço muito alto por isso, mas hoje, todos nós somos de alguma forma beneficiados por suas ações.
ATENÇÃO: O debate aqui é no âmbito extritamente teológico. Qualquer insulto nos comentários à pessoa ou caráter do pastor Claiton Pommerening será excluído.
Extraído: Post Pr. Altair Germarno

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