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Adultos Lição 13: A verdadeira identidade do cristão

Data: 26 de Junho de 2022

TEXTO ÁUREO

Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.” (Mt 7.21).

VERDADE PRÁTICA

No Reino de Deus, não basta ouvir para se identificar com o Salvador, é preciso praticar o que se aprendeu.

LEITURA DIÁRIA

Segunda — 1Co 4.20

O Reino de Deus não consiste só em palavras, mas em virtude

Terça — 1Jo 3.18

Não devemos amar só de palavras, mas por obra e em verdade

Quarta — Sl 127.1

O alicerce de toda a nossa edificação espiritual

Quinta — 1Co 3.10

A consciência de como estamos edificando o nosso alicerce

Sexta — 1Co 11.1; Ef 5.1; 1Ts 1.6

Imitando o divino mestre na arte de viver

Sábado — 1Jo 3.2

Para ser semelhante ao nosso Senhor Jesus

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Mateus 7.21-27.

21 — Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.

22 — Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas?

23 — E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.

24 — Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha.

25 — E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.

26 — E aquele que ouve estas minhas palavras e as não cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia.

27 — E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.

HINOS SUGERIDOS

33, 77 e 577 da Harpa Cristã.

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

Mediante a graça e a misericórdia do Pai, hoje somos súditos do Reino de Deus e, como tal, precisamos fazer a diferença, vivendo como “sal” e “luz” neste mundo tenebroso. Não basta dizer que é crente, proferir o nome de Jesus e ouvir as suas palavras: é preciso mais — praticar o que aprendeu com o Mestre. Não podemos ser apenas ouvintes, mas praticantes, pois o Reino de Deus não consiste somente de palavras, mas em virtude.

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição: I) Explicar como se dará a condenação dos falsos seguidores de Jesus; II) Conscientizar sobre em quem estamos alicerçados; III) Compreender que Jesus é a nossa verdadeira identidade.

B) Motivação: A nossa fé pode ser demonstrada somente por palavras? Os milagres transformam o caráter? Em quem estamos alicerçados? Jesus Cristo é a nossa verdadeira identidade?

C) Sugestão de Método: Sugerimos que para a introdução da lição, você faça a seguinte pergunta: A pregação, os milagres e maravilhas realizados em nome de Jesus são provas cabais de um verdadeiro discípulo de Cristo? Incentive a participação dos alunos e ouça as respostas com atenção, fazendo as observações necessárias. Explique que Deus não se impressiona com as lisonjas humanas e a falsa piedade. Nem todo que diz “Senhor, Senhor” (Mt 7.1) entrará no Reino de Deus. Enfatize que haverá condenação para os falsos seguidores.

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: O Sermão do Monte é o código de ética dos súditos do Reino de Deus. Precisamos conhecer esse código de ética e viver tudo o que Jesus Cristo ensinou no seu mais importante sermão. Que sejamos mais bondosos e éticos em nossas palavras e atitudes, mostrando ao mundo a luz de Jesus Cristo. Você foi chamado(a) para fazer a diferença. Então como você tem vivido?

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas. Na edição 89, p.42, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final da lição, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O primeiro texto, “O Julgamento divino”, trata sobre os falsos discípulos. Esta é uma reflexão extraída do Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento a respeito de Mateus 7.21,22; 2) O texto “A Conclusão do Sermão” foi extraído do Comentário Bíblico Beacon e trata da parábola de Jesus a respeito dos construtores sábios e os construtores tolos; 3) O terceiro texto, “O Epílogo do Sermão”, também foi extraído do Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento e tem como objetivo analisar a conclusão de Jesus Cristo no Sermão do Monte.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Chegamos à última lição a respeito do Sermão do Monte. Em sua mensagem conclusiva, Nosso Senhor mostra aos discípulos que eles devem fazer a diferença no mundo. Nesta lição, veremos que essa diferença não pode ser só de palavras, mas principalmente no modo de viver. É preciso ouvir e praticar o que Jesus ensinou. Nisto consiste a verdadeira identidade dos discípulos de Jesus.

Palavra-Chave:

IDENTIDADE

I. A CONDENAÇÃO DOS FALSOS SEGUIDORES DE JESUS

1. Uma fé só de palavras? Em Mateus 7.1, o texto diz: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor!”. Esse texto mostra que, no Reino de Deus, apenas expressar palavras em seu nome não basta, mas é preciso colocar em prática o que se diz. Por isso, o apóstolo Paulo escreve que o Reino de Deus não consiste só em palavras, mas principalmente em virtude (1Co 4.20). O apóstolo João ensina que não devemos amar só de palavras, mas por obra e em verdade (1Jo 3.18). É claro que o Senhor Jesus não rejeita a confissão verbal e sincera, quando esta resulta de um coração transformado (Rm 10.9,10). Sim, a fé cristã também é confissão. Entretanto, para que essa confissão seja autenticamente cristã tem de ser genuína e sincera, provada pelas verdadeiras ações submetidas ao senhorio do nosso Salvador.

2. Os milagres não transformam o caráter. O versículo 23 do capítulo 7 revela a justificativa dos impenitentes a respeito dos milagres que fizeram em nome de Jesus. Infelizmente, muitos pensam que realizar grandes milagres, ou desenvolver grandes ministérios em nome de Cristo é a prova de fazer a vontade de Deus. Nosso Senhor, quando do seu ministério terreno, nunca se impressionou com as lisonjas humanas (Lc 11.27,28). A Bíblia rechaça a falsa piedade (Tg 2.18-20). Aqui, o ensino do Senhor Jesus mostra que a pregação, os milagres e maravilhas realizados em seu nome não são provas cabais de um verdadeiro discípulo de Cristo. Nosso Senhor mostra que haverá condenação para os falsos seguidores de Jesus, pois eles serão desmascarados e não entrarão no Reino de Deus (Mt 25.31-46). Sejamos, pois, cuidadosos quanto a movimentos que dão ênfase apenas em milagres e maravilhas, mas não cuidam do desenvolvimento do caráter cristão (Gl 5.22-24).

3. Fazendo a vontade do Pai. O verdadeiro discípulo de Cristo é o que vive em total obediência a Deus, fazendo sua vontade: “[…] Mas aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus” (Mt 7.21). Do grego thelêma, a palavra vontade significa uma determinação, escolha ativa, ou passiva, inclinação (desejo, prazer, vontade). Fazer a vontade do Pai é obedecer com determinação aos seus preceitos, a sua Palavra. Jesus é o nosso grande modelo de fazer a vontade de Deus, Ele fez isso em tudo, sempre obediente. Essa é também uma condição que Deus nos exige para entrar em seu Reino. Nesse sentido, todos quantos querem fazer a vontade de Deus procuram fugir do pecado. Por isso devemos orar a Deus assim: “Seja feita a tua vontade” (Mt 6.10 cf. 26.39-42; Sl 103.20,21). É a vontade do Pai que o Espírito Santo produza o verdadeiro caráter de Cristo em nós. Portanto, oremos como o salmista: “Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus; guie-me o teu bom Espírito por terreno plano” (Sl 143.10).

SINOPSE I

Os falsos seguidores de Jesus Cristo serão condenados.

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

O Julgamento Divino

“Os discípulos não serão julgados pelo que dizem ou pelas maravilhas que fazem, mas pelo caráter vivenciado neste mundo. Jesus sustenta que misericórdia dada será recebida com misericórdia (Mt 5.7; 6.14). Isto nunca pode ser simples obras de justiça, uma vez que os verdadeiros crentes sabem o quão desesperadamente eles carecem de misericórdia, a misericórdia de Deus (Mt 5.7; 6.12). Mateus quer que o título ‘Senhor’ (kyrios) seja mais que mero título de respeito, visto que ele está escrevendo depois da ressurreição de Jesus e que Jesus assume a prerrogativa divina do juiz do tempo do fim (Mt 7.23). A expressão ‘naquele Dia’ (v.22) refere-se ao dia do julgamento (cf. Mt 24.36; Lc 10.12). Repare também na característica de Mateus: ‘Reino dos Céus’ (Mt 7.21). Este ‘governo de Deus’ requer atos de misericórdia como sinal de que a misericórdia de Deus foi recebida no coração, pois o seu Reino de misericórdia visa dar perdão jurídico, bem como transformar a natureza, disposição e caráter do recipiente” (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.) Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.62).

II. EM QUEM ESTAMOS ALICERÇADOS?

1. O alicerce começa pelo ouvir. Para ser um verdadeiro discípulo de Cristo é preciso ouvir a sua Palavra (Mt 7.24). Suas palavras são eternas, espírito e vida (Jo 6.33,68). Por meio delas, o interior do ser humano é transformado verdadeiramente. Atente para a expressão “minhas palavras” (Mt 7.24). No grego, a palavra é logos, mas, no texto, ela se encontra no genitivo (um modo da gramática grega) cuja ideia central é de posse. Não é qualquer palavra que devemos ouvir, mas a de Jesus. Essa palavra é poderosa, é o logos, conforme a linguagem de João, Jesus Cristo é a essencial Palavra de Deus, a sabedoria perfeita unida ao Pai (Jo 1.1; Cl 1.17; 1Jo 1.1). Assim, os que querem construir a sua casa espiritual precisam começar a ouvir o que o grande engenheiro da eternidade disse. Ele é o alicerce de nossa edificação espiritual (Sl 127.1).

2. A importância do bom alicerce. Os que lidam com a construção civil sabem o quanto é importante a construção dos alicerces. Quando se ergue um edifício com os alicerces mal estruturados, a ruína é certa. De início, todo investimento pesado deve ser nas bases. Por isso, pedagogicamente, ao concluir o Sermão do Monte, Jesus toma as figuras dos dois construtores e dois alicerces: um prudente, que edifica na rocha; outro insensato, que edifica na areia (Mt 7.24-27). As duas palavras gregas, ambas substantivos femininos, que aparecem no texto, é petra e amnosPetra significa penhasco ou cordilheira de pedra, rocha projetada, solo rochoso, grande pedra, traz o aspecto metafórico de firmeza, fortaleza; amnos significa areia, terra arenosa, areia movediça, que metaforicamente quer dizer fraco, sem estabilidade. Logo, quem constrói seus alicerces sobre a rocha está firme, estabilizado; mas quem constrói sobre a areia está fragilizado, instável.

Quem edifica na rocha está firmado para suportar os revezes da vida; ainda que os ventos enfurecidos soprem, vindo de todas as direções, nada a abalará a fé. Todavia, para a casa edificada na areia, que expressa indecisão, dúvida, negação, a queda é certa. Sigamos o conselho de Paulo: “[…] veja cada um como edifica sobre ele [o fundamento]” (1Co 3.10).

3. A relevância do praticar. Escutar e praticar as palavras de Cristo são as provas de que o discípulo está pronto para viver em plena obediência a Deus. Ao que ouve e pratica (Mt 7.24,26), o Senhor Jesus o chamou de construtor prudente, do grego, phronimos, que aparece como adjetivo e quer dizer inteligente, sábio; pois a pessoa prudente não fundamentou a sua vida nos efêmeros postulados humanos, mas na grande rocha eterna, o Senhor Jesus. Já o segundo construtor é descrito como insensato, pois ouve, mas não pratica os ensinos do Mestre. Aqui, do grego môros, aparece como adjetivo tolo, ímpio, incrédulo, motivo pelo qual os que são assim, não atentam para as palavras de Jesus. Assim, percebemos dois tipos de pessoas nesta seção bíblica em estudo: o prudente e o insensato. O prudente procura agir corretamente de acordo com o que ouviu. O insensato ouve, mas despreza o ensino de Cristo, não o põe em prática. Com que tipo de pessoa do Sermão do Monte você mais se identifica? Sobre qual fundamento você tem edificado? Na rocha ou na areia?

SINOPSE II

Devemos estar alicerçados sobre a Rocha que é Jesus Cristo.

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

“A Conclusão do Sermão (7.24-29)

a) Ilustração Final (7.24-27). Aquele que ouve e pratica é como um homem que construiu a sua casa sobre a rocha. Quando as tempestades batem contra a casa com toda a sua fúria, ela ainda permanece firme. O termo enchente, utilizado por algumas versões, significa, literalmente, rios. O clima da Palestina é como o do sul da Califórnia, sob muitos aspectos. Os leitos dos rios ficam secos durante a maior parte do ano. Mas quando as chuvas do inverno e da primavera chegam, surgem as inundações. Jesus retratou o ouvinte descuidado como um homem que de forma insensata construiu a sua casa sobre a areia, e então a perdeu. As casas na Palestina são em sua maioria construídas com pedras ou com tijolos secos ao sol. Quando as tempestades dissolvem a argamassa, as paredes tendem a cair.

b) A Reação da Multidão (7.28-29). Quando Jesus concluiu o seu sermão, o povo se admirou da sua doutrina ou melhor, do seu ‘ensino’. Ele ensinava com autoridade (29). As pessoas comuns sentiram a sua autoridade divina, que faltava aos escribas, e a reverenciaram.” (CHILDERS, Charles L.; EARLE, Ralph; SANNER, A. Elwood (Eds.) Comentário Bíblico Beacon: Mateus a Lucas. Volume 6. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, p.69).

III. JESUS: A NOSSA VERDADEIRA IDENTIDADE

1. Jesus, nosso maior pregador. Muitos filósofos, cientistas e pessoas esotéricas gostam do pregador do Sermão do Monte. Os não religiosos veem Jesus como um ser iluminado, um grande mestre que não prega dogmas, não exige moralismos dos seres humanos, mas apenas ensina o amor, as boas virtudes, a moral. Para eles, esse seria o Jesus de Nazaré original. Apesar de belíssimas as mensagens de Jesus ensinadas no Sermão do Monte, não podemos isolá-las de todo o Novo Testamento. Os Evangelhos apresentam o Senhor Jesus como um pregador que chama pecadores ao arrependimento e para nascer de novo a fim de entrar no seu Reino (Mt 4.17; Jo 3.3). Assim, o Sermão do Monte não apresenta um mestre meramente humano, mas o Filho de Deus que nos trouxe salvação, o qual devemos imitá-lo em toda a nossa vida (1Co 11.1; Ef 5.1; 1Ts 1.6).

2. A autoridade do ensino de Cristo. Quando o Senhor concluiu o ensinamento do Sermão do Monte, a multidão estava admirada, assombrada, maravilhada com o que acabara de ouvir. Ela via que o nosso Senhor ensinava com autoridade. Essa autoridade vinha diretamente do Pai (Jo 10.18; 17.2). Após ressuscitar, o Senhor Jesus disse: “Toda autoridade me foi dada” (Mt 28.18 — NAA). Isso deixa claro que o ensino de Jesus não é humano, mas divino e poderoso (Mt 5.18,20,22). Assim, somos chamados pela Palavra de Deus a reconhecer que a nossa autoridade para pregar, evangelizar e ensinar vem do Senhor Jesus, pois sua Palavra é viva e eficaz (Hb 4.12).

3. Jesus como nossa identidade. Numa perspectiva a respeito da doutrina das Últimas Coisas, o apóstolo João disse que quando o Senhor Jesus se manifestar, o veremos e seremos semelhantes a Ele (1Jo 3.2). Entretanto, para chegarmos lá, é preciso andar como “filhos de Deus” agora, desenvolvendo as beatitudes ensinadas por Jesus, sendo sal e luz neste mundo, priorizando a justiça de Deus, vivendo o amor de Cristo, orando, jejuando, ofertando de maneira sincera. Assim, vamos nos identificando cada vez mais com Jesus e formando a nossa verdadeira identidade. Portanto, somos chamados a entrar pela porta estreita, produzir frutos verdadeiros, rejeitar o formalismo e procurar fazer a vontade de Deus com verdade. Essa tem sido a sua identidade?

SINOPSE III

Jesus é a nossa verdadeira identidade.

AUXÍLIO BIBLIOLÓGICO

“O Epílogo do Sermão (7.28,29)

É evidente que Mateus quer que esta seja a conclusão da primeira seção principal dos ensinos de Jesus, porque ele encerra com as palavras: ‘Concluindo Jesus este discurso’ (v.28). Cada uma das cinco principais unidades pedagógicas que Mateus apresenta tem um desfecho narrativo semelhante (Mt 7.28; 11.1; 13.53; 19.1; 26.1). Jesus é o novo Moisés que tem cinco apresentações principais da lei nova ou Torá, da mesma maneira que Moisés teve cinco livros da lei no Pentateuco […].

O que se segue é uma observação da resposta das multidões aos ensinos de Jesus, os quais elas reconhecem que são autorizados, ao contrário dos ensinos dos mestres da lei (veja também Mc 1.21-27; Lc 4.31-37). Mateus está direcionando o espanto das pessoas para as afirmações de Jesus, a fim de que Ele seja o Intérprete da nova lei, cujas palavras serão a base de julgamento no ajuste de contas do tempo do fim” (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. 2ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.62).

CONCLUSÃO

O ensinamento do Sermão do Monte é para ser posto em prática, não apenas para ser admirado ou debatido. A sua preciosidade só pode ser provada verdadeiramente quando praticamos o que o sermão nos ensina. Então veremos o quanto a virtude do Reino de Deus tem um padrão elevado e celestial. Sua ética não é deste mundo, mas do céu. Para vivê-la é preciso ter o caráter transformado a fim de que, com o nosso viver, glorifiquemos a Deus.

REVISANDO O CONTEÚDO

1. Segundo a lição, o que a expressão “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor!” que dizer?

Esse texto mostra que, no Reino de Deus, apenas expressar palavras em seu nome não basta, mas é preciso colocar em prática o que se diz.

2. Quem é o verdadeiro discípulo de Cristo?

O verdadeiro discípulo de Cristo é o que vive em total obediência a Deus, fazendo sua vontade (Mt 7.21).

3. Que figuras o Senhor Jesus toma para concluir o sermão?

A figura do sábio construtor e do tolo.

4. Como os Evangelhos apresentam a Jesus?

Os Evangelhos apresentam o Senhor Jesus como um pregador que chama pecadores ao arrependimento a nascer de novo para entrar no seu Reino.

5. Você tem se identificado com os ensinamentos do Sermão do Monte?

Resposta de cunho pessoal.

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

A VERDADEIRA IDENTIDADE DO CRISTÃO

No Reino de Deus, as palavras devem estar de acordo com as ações. Não podemos normalizar uma cultura em que se pensa uma coisa e se faz outra. Isso é incoerência. Pensar e praticar o que se pensa é retidão cristã. Nesse sentido, nossa mensagem terá credibilidade quando for confirmada pela prática. Nossa prática será mais bem compreendida quando apresentar o pensamento que a fundamenta. Um não pode estar à parte do outro. Por isso que a conclusão do Sermão do Monte traz duas imagens para refletir a respeito dessa coerência entre verdade e prática.

A pessoa prudente e tola; areia e rocha

O Sermão do Monte tem como conclusão a imagem de duas pessoas: uma prudente e outra tola. A virtude da prudência é ensinada ao longo das Escrituras. No Sermão do Monte ela se revela na imagem do homem que construiu a sua casa sobre a rocha. Essa pessoa é o ouvinte ou o leitor que ouviu ou leu o Sermão, assimilou-o e agora passou a viver de acordo com seus valores. Ele busca honrar a Cristo, domesticar a sua natureza humana por meio do Espírito Santo: no lugar da soberba, busca praticar a humildade; no lugar da raiva, buscar apresentar um ânimo manso e pacífico. Essa pessoa ouviu o Evangelho e tomou a resolução de colocá-lo em prática.

Há outro homem no sermão: o que construiu a sua casa sobre a areia. Essa pessoa é o ouvinte ou o leitor que ouviu-o ou leu-o, mas não assimilou-o e continua a viver em contradição com seus valores. Ele busca não honrar a Cristo, não busca domesticar a sua natureza humana por meio do Espírito Santo: no lugar da humildade, pratica a soberba; no lugar da mansidão, manifesta a raiva, a irritação. Essa pessoa ouviu o Evangelho, mas não tomou a resolução de colocá-lo em prática.

Qual é a nossa identidade?

Segundo o Sermão do Monte, a identidade do seguidor de Jesus é revelada por meio de seu caráter e valores. Não por acaso, nosso Senhor disse que seus discípulos seriam conhecidos “se vos amardes uns aos outros” (Jo 13.35). Nesse sentido, a nossa identidade se revela na prática da vida cristã.

O Sermão do Monte é um chamado para viver os valores do Reino de Deus de maneira compromissada. Esses valores serão manifestados no dia a dia de quem é chamado seguidor de Jesus Cristo. Por isso, esse sermão é tão relevante. Não há como ficar indiferente ao que ele nos impõe. É preciso tomar uma decisão. Então, construiremos a nossa casa sobre a rocha ou sobre a areia?

 

 

 

Fonte: Estudantes da Biblia

 

 

 

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