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Critérios da Assembleia de Deus para a consagração de obreiros.

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“A ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos pecados alheios; conserva-te a ti mesmo puro.” (1 Timóteo 5.22)

 

Separar obreiros é uma tarefa do pastor da Igreja. Não é algo fácil de se fazer, pois, o pastor não é onisciente e está sujeito a erros. Escolhas erradas trazem grandes prejuízos à Igreja e podem prejudicar o próprio obreiro escolhido, pois, se ele não tiver chamada para o Ministério ou não estiver preparado, pode se decepcionar e até morrer espiritualmente.
Devido a muitos problemas enfrentados ao longo de sua história e, pensando em melhorar o perfil dos seus obreiros, o Ministério do Belém estabeleceu alguns critérios, para a separação de obreiros, a partir de diácono. Infelizmente, nem todos os pastores seguem estas recomendações e usam o famoso ‘jeitinho brasileiro’, para burlarem as regras. Mas, bom seria se todos seguissem estes critérios, para benefício da própria Igreja.

 

1) Deve ter pelo menos três anos como membro da Igreja. Uma das recomendações bíblicas de Paulo a Timóteo para a ordenação de Presbíteros, é que este não fosse ‘neófito’. Esta palavra vem de duas palavras gregas: neo (novo) e fide (fé). Portanto, significa ‘novo na fé’ ou novo convertido. É preciso um certo tempo de conversão, para que o novo crente saiba o que significa ser cristão e seja lapidado pelas provações e, então, pensar em ser um obreiro.

 

2) Deve ser batizado no Espírito Santo. A Assembléia de Deus é uma Igreja pentecostal, ou seja, acreditamos na atualidade dos dons do Espírito Santo. Entendemos que o Batismo no Espírito Santo é um revestimento de poder, que capacita o crente para fazer a obra do Senhor com fé e ousadia. O próprio Jesus, antes de subir ao céu, ordenou aos seus discípulos que ficassem em Jerusalém, aguardando o revestimento de poder, para depois saírem pelo mundo pregando o Evangelho. Sendo assim, não faz sentido consagrar um obreiro que ainda não teve esta experiência com Deus.

 

3) Deve ter pelo menos o curso básico em teologia. Uma das principais tarefas do obreiro é pregar o Evangelho. Para fazer isso, evidentemente, ele deve conhecer a Palavra de Deus. O curso básico em teologia ensina o básico das doutrinas fundamentais da fé cristã. O correto seria que todo obreiro concluísse pelo menos o curso médio, pois, este nível tem matérias relacionadas ao exercício do ministério. Mas, devido às dificuldades, o ministério exige apenas o básico. Mesmo assim, alguns pastores vinham aceitando que o candidato apenas estivesse matriculado na escola teológica. O problema é que alguns se matriculavam e após a consagração, nunca mais apareciam na escola. Isso além de nos trazer obreiros despreparados, trouxe dificuldades para os nossos seminários, que investiam em instalações e materiais para novos alunos, que desistiam logo em seguida.

 

4) Deve ser casado e ter uma carta da esposa, atestando a sua conduta cristã. O apostolo Paulo falou que “se alguém não tem cuidado da sua família não pode cuidar da Igreja de Deus.” (1 Timóteo 3.5). Há muitos crentes que na Igreja são uma pessoa e em casa são outra. Na Igreja são exemplos de amor e simpatia. Mas, em casa são um terror para a esposa e filhos. Pensando nisso, o Ministério resolveu envolver a esposa na escolha do obreiro, pois, é a pessoa que mais o conhece. Além disso, há esposas que não querem que o esposo seja obreiro e se tornarão uma pedra de tropeço para o ministério dele. Um obreiro precisa ser bem casado.

 

5) Deve ter o nome limpo na praça. O Ministério pede uma certidão negativa do cartório da cidade onde o candidato a obreiro reside e dos cartórios da região. Se ele tiver problemas com o SPC e SERASA, a sua consagração não é aprovada. É justo que se faça isso, pois, o crente deve ser honesto. Se o obreiro compra e não paga trará problemas e escândalo para a Igreja.

 

6) Deve ser dizimista. Todo o patrimônio das nossas Igrejas e as despesas de funcionamento destas são pagos com dízimos e ofertas. Seria, portanto, injusto e incoerente, alguém que não contribui exercer cargos na Igreja e usar estes recursos, com os quais ele não concorda.
Estes são os principais requisitos que precisam ser comprovados ao Ministério, para evitar que maus obreiros sejam consagrados. Porém, há muitos outros, que devem ser considerados pelo pastor local, como vida de oração e santidade, frequência regular nos cultos, principalmente na Escola Dominical e cultos de ensino, evidência da chamada de Deus, submissão à liderança da Igreja, etc.
Para que tenhamos Igrejas sadias e a pregação do Evangelho avance, necessitamos urgente de bons obreiros. Os critérios acima, certamente ajudarão o Ministério a selecionar melhor os seus obreiros. Entretanto, o mais importante é orar, para que o Senhor que conhece os corações, mostre à nossa liderança, quem deve ser consagrado e quem não deve.
Que cada um de nós seja fiel ao Senhor da Seara, pois, o nosso trabalho na obra do Senhor não é em vão.

Autor: Pb Weliano Pires

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