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Jovens Lição 4: Você precisa nascer de novo

Data: 23 de Janeiro de 2022

TEXTO PRINCIPAL

Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus.” (Jo 3.5).

RESUMO DA LIÇÃO

A mensagem de Jesus é bem clara: não basta ser religioso.

LEITURA DA SEMANA

SEGUNDA — Tt 3.5

Novo Nascimento, uma renovação espiritual

TERÇA — Ez 11.19

Novo Nascimento, um novo coração

QUARTA — Jr 31.33

Novo Nascimento, a Lei de Deus no nosso interior

QUINTA — 2Co 5.17

Criado novamente em Cristo

SEXTA — Jo 3.3

Condição para entrar no Reino

SÁBADO — 1Pe 1.3

Cristo nos gerou novamente

OBJETIVOS

  • APRESENTAR a clareza da mensagem de Jesus na pregação a Nicodemos;
  • SABER que Nicodemos foi de fariseu a discípulo;
  • EXPLICAR a respeito do milagre do Novo Nascimento.

INTERAÇÃO

Na lição deste domingo estudaremos a respeito do encontro entre Nicodemos, um fariseu e membro do conselho supremo ou Sinédrio, e o Senhor Jesus Cristo.

Ao narrar acerca deste encontro, o discípulo amado nos deu um ensino específico e profundo acerca da regeneração, do Novo Nascimento.

No decorrer da aula, explique aos alunos o fato de que Jesus deixou claro em sua mensagem que religiosidade não basta, é preciso nascer de novo. É importante também ressaltar que o Novo Nascimento é o mesmo que conversão e regeneração. Este é um milagre realizado somente por Jesus mediante a nossa fé nEle. Somente o Senhor pode recriar o ser humano caído tornando-o filho(a) de Deus (Jo 1.12).

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Professor(a), para a aula de hoje sugerimos que você reproduza o quadro abaixo. Utilize-o no tópico II e mostre aos alunos quem era realmente Nicodemos.

TEXTO BÍBLICO

João 3.1-7.

1 — E havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.

2 — Este foi ter de noite com Jesus e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és mestre vindo de Deus, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.

3 — Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.

4 — Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura, pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer?

5 — Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus.

6 — O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.

7 — Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo.

COMENTÁRIO DA LIÇÃO

INTRODUÇÃO

Nesta lição, estudaremos a respeito do encontro entre Jesus e Nicodemos. No diálogo estabelecido por eles, temos uma contundente mensagem Cristológica. Trata-se de uma exposição clara e direta sobre a regeneração, o Novo Nascimento.

Pode parecer que Jesus tinha feito uma abordagem muito abrupta a Nicodemos, mas aquele diálogo, franco e direto, era necessário. A exposição das verdades espirituais não pode ceder a qualquer tipo de sofisma e não tem compromisso algum com as ideologias deste mundo.

Apesar da maneira cortês com que Nicodemos se apresenta, sua compreensão espiritual estava equivocada. Ele precisava ouvir de Jesus que “aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus” (Jo 3.3).

I. UMA MENSAGEM CLARA

1. Religiosidade não basta. Em seu contato com Nicodemos, Jesus transmitiu uma mensagem clara: não lhe bastava ser religioso. Nicodemos é identificado como um fariseu, representante da ala religiosa altamente rigorosa no cumprimento da Lei e das tradições judaicas. Mestre de Israel, era versado na teologia do judaísmo, mas isso não impressionaria ao Filho de Deus, que sabia de sua real condição espiritual, e da necessidade de um Novo Nascimento.

Jesus vê o nosso interior. Conhece perfeitamente nosso estado espiritual; sabe de todas as nossas necessidades e só Ele pode supri-las (Jo 8.37-39).

Neste tempo de tantas religiões, precisamos estar convictos de nossa fé e esperança (1Pe 3.15), tanto para nossa salvação (Hb 10.38,39), quanto para não hesitarmos a respeito da necessidade de todos os homens, que é conhecer Jesus pela fé no Evangelho e ser gerado de novo. Não nos impressionemos com qualquer aparência religiosa (Jo 3.5).

2. “Mestre vindo de Deus”. Nicodemos demonstra que, naqueles dias, Jesus já era bem conhecido em Jerusalém, inclusive por membros do alto clero judaico, que já tinham conhecimento dos sinais que Ele fazia (Jo 3.2). Reconheciam que se tratava de um “mestre vindo de Deus”. Um reconhecimento, contudo, que não correspondia à verdadeira identidade de Jesus.

Nicodemos não poderia sair daquele encontro como se tivesse falado com mais um dos muitos mestres de Israel. Era imprescindível que a superioridade de Cristo e sua missão ficassem absolutamente claras. Por isso, Jesus transmite a Nicodemos todo o plano salvífico em um sermão que contém o texto áureo da Bíblia: João 3.16.

3. O perigo da relativização. A atualidade é marcada pela ausência de limites e a negação da existência de verdades absolutas. No campo das religiões, o “espírito” dessa era tem levado bilhões de pessoas a experimentar todo o tipo de sensação, produzindo uma mistura espiritual cheia de relativismos.

A verdadeira fé cristã jamais cedeu a apelos culturais, filosóficos, políticos ou religiosos. Muito pelo contrário! Manteve-se firme mesmo durante as maiores perseguições, e foi justamente nesses períodos que o cristianismo mais se fortaleceu. Hoje, o desafio é nosso. Precisamos nos fortalecer na fé e não ceder à relativização ou sincretismos, mas defender a pureza do Evangelho (2Tm 3.14-17).

SUBSÍDIO I

Professor(a), diga aos alunos que Nicodemos era um fariseu. Explique que “os fariseus eram um grupo de líderes religiosos ao qual Jesus e João Batista criticavam frequentemente, por serem um grupo de pessoas hipócritas. Muitos fariseus sentiam uma intensa inveja de Jesus, porque Ele minava sua autoridade e desafiava seus pontos de vista. Mas Nicodemos era investigador, e acreditava que Jesus tinha algumas respostas. Sendo um professor instruído, Nicodemos foi ver a Jesus para ser ensinado”.

Comente que não importa quão inteligente e bem-educado sejamos, devemos ir a Jesus com a nossa mente e o nosso coração abertos para que Ele possa nos ensinar a verdade a respeito de Deus.

II. DE FARISEU A DISCÍPULO

1. Príncipe dos judeus. Nicodemos tinha uma posição destacada entre os fariseus. Era considerado “príncipe dos judeus”.

Os fariseus eram um grupo religioso surgido com intenções nobres, como revelam muitos estudiosos. Do grego pharisaios, o termo “fariseu” significa “separar”. O Dicionário Vine registra que o surgimento do grupo foi resultado da busca por uma “completa separação dos elementos não judaicos” e justifica porque o termo passou a ser sinônimo de hipocrisia: “Em seu zelo pela lei, eles quase a divinizaram e a atitude deles tornou-se meramente externa, formal e mecânica. Eles punham ênfase, não na retidão da ação, mas em sua justeza formal”. Os fariseus são um exemplo claro de como toda religiosidade, sem a vida do Espírito, pode conduzir a tragédias espirituais.

2. Um fariseu evangelizado. “Filho do Homem”, “Filho unigênito” e “unigênito Filho de Deus” (Jo 3.13,14,16,18). Jesus vale-se desses títulos e expõe a Nicodemos a imprescindível necessidade de crer nEle para ter a vida eterna (Jo 3.16). Esta mensagem produziu algum efeito no coração de Nicodemos. Isso é demonstrado em João 7.50,51 quando, junto aos fariseus, repreende a conduta deles, que condenavam Jesus sem ouvi-lo. Essa atitude de Nicodemos precisa ser considerada, pois mostra que já havia nele certo grau de fé em Jesus, ao ponto de defendê-lo diante dos furiosos fariseus e sujeitar-se a ser censurado por eles.

3. No grupo dos discípulos. No segundo momento em que aparece, Nicodemos está ainda entre os fariseus (Jo 7.47-52). Mas quando Jesus foi crucificado, ele aparece junto a José de Arimateia, identificado como discípulo de Jesus (Jo 19.38,39). Naquela ocasião, Nicodemos leva especiarias para a preparação do corpo de Jesus (Jo 19.39) e já não estava mais na companhia dos fariseus. A mensagem do Filho de Deus havia realmente tocado seu coração.

Embora o tamanho ou a profundidade da fé não possa ser aferida, é possível inferir um nítido crescimento em Nicodemos nos três episódios em que ele aparece. Quanto a esse último, Myer Pearlman chega a dizer que “Nicodemos estava ficando mais firme na fé, chegando a demonstrar mais devoção do que os próprios discípulos que fugiram, quando veio ajudar a sepultar o corpo de Cristo”.

SUBSÍDIO II

Professor(a), pergunte aos alunos: “O que Nicodemos sabia, a respeito do reino?”. Incentive a participação de todos e em seguida, explique que com base na Bíblia, “ele sabia que ele seria governado por Deus, que seria restaurado sobre a terra e incorporaria o povo de Deus. Jesus revelou a este devoto fariseu que o reino viria para o mundo inteiro (Jo 3.16), não apenas para os judeus, e que Nicodemos não faria parte desse reino, a menos que nascesse de novo (Jo 3.5). Este era um conceito revolucionário. O reino é pessoal, não é nacional nem étnico, e as exigências para a entrada no reino são o arrependimento e o novo nascimento espiritual”.

III. O MILAGRE DO NOVO NASCIMENTO

1. A regeneração. O encontro entre Jesus e Nicodemos legou-nos um dos sermões mais específicos das Escrituras acerca da regeneração. Trata-se do milagre do Novo Nascimento, através da água e do Espírito (Jo 3.5), pelo qual somos gerados de novo (Tt 3.4,5; 1Pe 1.23) e passamos a ter vida eterna (Jo 3.14-17).

Esse Novo Nascimento é operado em todo aquele que reconhece sua condição de pecador e crê em Cristo como seu Salvador. É essencial para o Novo Nascimento que o pecador reconheça o seu estado de morte em delitos e pecados (Ef 2.1; Cl 2.13).

A respeito da expressão “nascer da água e do Espírito” ao mesmo tempo em que o elemento água, no texto, pode estar servindo de contraste e substituição do entendimento judaico sobre contínuas purificações, significando “água espiritual”, como sugere o teólogo pentecostal Roger Stronstad, ela revela-nos a imprescindível ação da Palavra em plena consonância com o Espírito em uma só operação. Conforme o Dicionário Vine, são “dois poderes operacionais para produzir [o novo nascimento], que são ‘a palavra da verdade’ (Tg 1.18; 1Pe 1.23), e o Espírito Santo (Jo 3.5,6)”.

2. Regeneração no método da salvação. A regeneração é uma das obras que Deus realiza em nós no processo de salvação. Outras são: a justificação, a adoção e a santificação. Como já vimos, a regeneração é um renascimento espiritual, “a ação decisiva e instantânea do Espírito Santo, mediante a qual Ele cria de novo a natureza interior” (Stanley Horton).

Na regeneração, o espírito humano é vivificado, ou seja, a vida de Deus torna-se operante em nós, libertando-nos dos desejos da carne e nos habilitando a andar no Espírito (Ef 2.1-10; Gl 5.1-25; Ez 36.26,27). Há uma mudança em nossas inclinações, desejos e motivações íntimas. O Espírito opera em nós uma obra sobrenatural de transformação que atinge os três aspectos da natureza humana: pensamento, sentimento e vontade. É por isso que todos os regenerados precisam viver diariamente dependentes do Espírito Santo, a fim de continuarem frutificando nEle.

Quanto à justificação, é Deus, em Cristo, nos declarando justos (Rm 5.1). Pela adoção, somos considerados filhos (Jo 1.12), herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo (Rm 8.17). São obras instantâneas realizadas em decorrência dos méritos de Cristo, ou seja, fruto do seu sacrifício por nós na cruz do Calvário (Is 53.1-12; Ef 1.3-14; 2.1-16). Já a santificação é progressiva. Começa com a regeneração e deve prosseguir por todo o tempo de nossa vida na terra (1Ts 5.23; Hb 12.14).

3. Regeneração e batismo no Espírito Santo. É muito importante considerar a diferença entre a regeneração, que está no campo da Soteriologia, e o batismo no Espírito Santo, que está no campo da Pneumatologia. São experiências espirituais distintas que não podem ser confundidas.

Os discípulos, que tinham consigo a presença de Jesus, experimentaram a obra de regeneração após sua ressurreição. João registra o momento dessa experiência: “E [Jesus] assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo” (Jo 20.22). Conforme Donald Stamps, “era a primeira vez que a presença regeneradora do Espírito Santo e a nova vida do Cordeiro ressurreto saturavam e permeavam os discípulos”.

Numa clara demonstração de que a experiência do batismo no Espírito é distinta dessa obra regeneradora, Jesus ordenou aos discípulos que ficassem em Jerusalém, até que do alto fossem revestidos de poder (Lc 24.49), ou seja, fossem batizados no Espírito Santo, conforme Atos 1.4,5. A promessa se cumpriu no dia de Pentecoste e foi evidenciada com o falarem línguas (At 2.1-4). Portanto, os discípulos já tinham o Espírito Santo, recebido no momento da regeneração, mas ainda não haviam recebido o batismo no fogo (Lc 3.16).

SUBSÍDIO III

Professor(a), explique que “Novo Nascimento é conversão, regeneração. Milagre operado no espírito do ser humano através do qual é recriado de conformidade com a imagem divina. É o nascimento de cima para baixo”.

CONCLUSÃO

O diálogo entre Jesus e Nicodemos é uma clara exposição do cumprimento do plano salvífico, com a vinda do Filho de Deus ao mundo, como oferta de salvação para toda a humanidade. O amor de Deus não está limitado a um grupo de pessoas, em detrimento de quem quer que seja. Todos, indistintamente, são chamados à salvação, cuja experiência inicial e fundamental é a regeneração, o Novo Nascimento.

ESTANTE DO PROFESSOR

BETH, Moore. O Discípulo Amado: Seguindo João ao Coração de Jesus. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.

HORA DA REVISÃO

1. Qual a mensagem que Jesus transmitiu a Nicodemos?

Não basta ser religioso.

2. Como Nicodemos é identificado?

Como “príncipe dos judeus”.

3. Qual o texto áureo da Bíblia?

João 3.16.

4. Segundo a lição, qual o nosso desafio hoje?

Não ceder aos apelos culturais, filosóficos, políticos ou religiosos. Temos o desafio de nos manter firmes mesmo durante as maiores perseguições.

5. Qual a posição de Nicodemos entre os fariseus?

Era considerado “príncipe dos judeus”.

 

 

Fonte: Estudantes da Biblia

 

 

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