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Lição 6: Igreja: Organismo e Organização (Adultos)

Nesta lição, temos o propósito de evidenciar a importância da organização eclesiástica, diferenciando-a do institucionalismo e legalismo.

TEXTO ÁUREO

Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.” (At 6.3).

VERDADE PRÁTICA

A Igreja é um organismo vivo. Contudo, como toda estrutura viva, precisa ser organizada.

LEITURA DIÁRIA

Segunda — Ef 5.23

Cristo, a cabeça da Igreja

Terça — 1Co 12.12-14

A Igreja como um organismo vivo, o Corpo de Cristo

Quarta — At 16.4

A Igreja organizada

Quinta — 1Co 14.40

Mantendo a decência e a ordem

Sexta — At 15.1-6

Resolvendo problemas de natureza doutrinária

Sábado — 1Co 16.1

Cuidando dos santos

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Atos 6.1-7.

1 — Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano.

2 — E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas.

3 — Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.

4 — Mas nós perseveraremos na oração e no ministério da palavra.

5 — E este parecer contentou a toda a multidão, e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia;

6 — e os apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos.

7 — E crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à fé.

HINOS SUGERIDOS

131, 455 e 655 da Harpa Cristã.

PLANO DE AULA

1. INTRODUÇÃO

Nesta lição, temos o propósito de evidenciar a importância da organização eclesiástica, diferenciando-a do institucionalismo e legalismo. Para tal, tomaremos como base de estudo o exemplo da Igreja Primitiva que, embora possuísse uma estrutura organizacional simples e ainda em desenvolvimento, era visível e eficaz. Tanto que, como estudaremos, vem servindo de inspiração para diferentes formas de governo eclesiástico ao longo dos séculos de tradição cristã. Conheceremos os principais modelos vigentes nas igrejas evangélicas do país, incluindo o aderido pela nossa denominação.

2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO

A) Objetivos da Lição: I) Aprofundar o entendimento acerca da Igreja, enquanto Corpo de Cristo, como um organismo ordenado; II) Compreender, por meio do exemplo da Igreja Primitiva, a necessidade de organização para uma igreja viva e saudável; III) Aprender sobre as principais formas de governo da Igreja, segundo a tradição cristã, e a escolha do modelo de nossa igreja.

B) Motivação: Todo organismo e organização humana necessitam de ordem que, segundo o dicionário da língua portuguesa, é “a relação inteligível estabelecida entre uma pluralidade de elementos; organização; estrutura”. Ou seja, embora, nenhuma liturgia ou forma de governo humano seja perfeita, ela é necessária para o bem comum, para o desenvolvimento e boa convivência mútua de um grupo. Como Igreja de Cristo temos a maior das vantagens: um perfeito manual de conduta que é a Palavra de Deus, bem como o Espírito Santo, nosso fiel Conselheiro.

C) Sugestão de Método: Como método pedagógico, propomos o uso de uma dinâmica, a fim de exemplificar de forma prática as lições estudadas nesta aula. Previamente, imprima em tamanho grande o trecho de 1Coríntios 12.20-27. Prepare duas cópias, para dividir a classe em dois grupos. Recorte cada versículo em duas ou três partes, como um quebra-cabeças, que deverá ser igual para ambas as equipes. Explique que os grupos terão alguns minutos para juntos desvendarem e montarem corretamente a passagem bíblica, o detalhe é que estarão sem a sua referência. Por isso, precisarão se organizar para descobri-la e a colocarem na ordem correta, dentro do tempo estabelecido. Enquanto mediador, vá anotando alguns comportamentos dos integrantes, ligados ao tema da aula: a importância da organização; de uma liderança; da submissão necessária; da boa comunicação; de cada um desempenhar sua função; e o que mais julgar que enfatize a forma como um grupo de pessoas necessita de alguns critérios organizacionais para o seu progresso, tanto individual quanto coletivo, em prol de uma missão em comum.

3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO

A) Aplicação: Muitos cristãos não compreendem a importância do zelo quanto à doutrina e liturgia eclesiásticas, confundindo-as com institucionalismo ou legalismo. De fato, precisamos ter vigilância para não incorrer nesses erros. Contudo, não é a organização em si que nos incita a eles. Na Criação, o Espírito de Deus pôs ordem no caos (Gn 1.2). Assim como, desde o Antigo Testamento, o Senhor já ensinava o seu povo, de maneira detalhada, a organização e ritos necessários na devida adoração e santificação, em prol de uma íntima comunhão com Ele e uns com os outros. Embora ainda em desenvolvimento, podemos observar no Novo Testamento, a importância da organização na Igreja Primitiva para uma expressão de fé e convivência harmônica, sadia e frutífera.

4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR

A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 96, p.39, você encontrará um subsídio especial para esta lição.

B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “A organização na Igreja de Cristo”, localizado depois do segundo tópico, elucida que uma estrutura formal e ordenada na igreja visível não secundariza a condição espiritual do indivíduo, nem a Igreja invisível. 2) O texto “O modelo de liderança assembleiano”, ao final do tópico três, oferece um breve panorama histórico de como e por qual razão se deu a liderança eclesiástica adotada pela nossa denominação.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Nesta lição, vamos conhecer a Igreja como um organismo e uma organização. Veremos que não existe função sem forma nem organismo sem organização. Isso nos ajudará a evitar os extremos: uma igreja sem nenhum tipo de liderança visível; ou uma igreja estruturada em um institucionalismo rígido que acaba por sacrificá-la. Conheceremos também os três principais sistemas de governos adotados na tradição cristã ao longo dos anos e em qual, ou quais, deles a nossa igreja se enquadra. Sublinhamos que nenhum desses modelos de governo eclesiástico é mal em si mesmo. Porém, como tudo o que é humano, estão sujeitos a acertos e erros. Portanto, o padrão exposto no Novo Testamento deve ser buscado como parâmetro.

Palavras-Chave:

ORGANIZAÇÃO E ORGANISMO

I. A ESTRUTURA DA IGREJA CRISTÃ

1. A Igreja como organismo. Um organismo é visto como um conjunto de órgãos que constituem um ser vivo. Nesse aspecto, um corpo com as diferentes funções de seus órgãos e membros é entendido como estrutura física de um organismo vivo. Metaforicamente, a Igreja é definida como “o corpo de Cristo” (1Co 12.27), um organismo vivo, cuja cabeça é Cristo (Ef 5.23). Assim como um corpo funciona pela harmonia de seus membros, da mesma forma também a Igreja (1Co 12.12). Os membros não existem independentemente um dos outros (1Co 12.21). Portanto, como Corpo Místico de Cristo, a Igreja existe organicamente.

2. A Igreja como organização. A forma de organização da Igreja Primitiva era simples, todavia, existia. Por exemplo, a igreja seguia a liderança centralizada dos apóstolos (At 16.4). Dessa forma, os apóstolos doutrinavam a igreja (At 2.42); cuidavam da parte administrativa (At 4.37); instituíam lideranças locais (At 6.6; At 14.23); reuniam-se em Concílio (At 15.1-6). Por outro lado, precisamos diferenciar uma igreja organizada de uma igreja institucionalizada. A organização é saudável, o institucionalismo, não. A organização permite à igreja, como estrutura social, se movimentar; o institucionalismo a enrijece e a neutraliza. Uma igreja organizada se mantém viva; uma igreja institucionalizada caminha para a morte.

3. Organismo e organização. Vimos que a Igreja como o Corpo de Cristo é um organismo vivo e uma organização. Ela existe como organismo e como organização. Nesse aspecto, podemos dizer que não há organismo sem organização. Todo organismo precisa de organização, mesmo as estruturas mais simples. Alguns acreditam que a Igreja existe somente na forma de organismo e rejeitam toda forma de organização para ela. Então, por exemplo, para essas pessoas, não deve haver liderança ou estrutura alguma. Entretanto, de acordo com a Bíblia, encontramos a Igreja como forma de organismo e de organização.

SINOPSE I

Assim como o corpo humano funciona ordenadamente pela harmonia de seus membros, da mesma forma é o Corpo de Cristo.

II. IGREJA: UM ORGANISMO VIVO E ORGANIZADO

1. No seu aspecto local. No contexto do Novo Testamento, a Igreja existe localmente como comunidade organizada. Dessa forma, havia a igreja que estava em Roma, Corinto, Éfeso etc. Como um organismo vivo, a igreja do Novo Testamento era organizada. Por exemplo, ela se reunia (At 2.42) e orava (At 2.42; 12.12). Contudo, enxergava as demandas sociais que precisavam ser atendidas (At 4.35); instituiu o diaconato (At 6.2-6); elegeu lideranças (At 14.23); enviou seus primeiros missionários (At 13.1-4). Todos esses fatos mostram um organismo vivo agindo de forma organizada.

2. No seu aspecto litúrgico e ritual. Toda igreja organizada possui sua liturgia e rituais. A organização, portanto, é necessária para uma igreja viva. Uma igreja organizada, por exemplo, mantém a decência e a ordem no culto (1Co 14.40). Estabelece costumes que devem ser observados (1Co 11.16). Da mesma forma, em relação ao aspecto ritual. Nesse sentido, vemos a Igreja Primitiva batizando os primeiros crentes em águas (At 8.38,39) e realizando a Ceia do Senhor (1Co 11.23).

SINOPSE II

Organização é diferente de institucionalismo. A Igreja Primitiva nos exemplifica como a ordem é importante para uma comunidade de fé sadia e eficaz.

AUXÍLIO TEOLÓGICO

A ORGANIZAÇÃO NA IGREJA DE CRISTO

“A tendência, no curso da história da Igreja, tem sido oscilar entre um extremo e outro. Por exemplo: algumas tradições, como a Católica Romana, a Ortodoxa Oriental e a Anglicana, enfatizam a prioridade da Igreja institucional ou visível. Outras, como a dos quacres e dos Irmãos de Plymouth, ressaltando uma fé mais interna e subjetiva, têm desprezado e até mesmo criticado qualquer tipo de organização e estrutura formal, e buscam a verdadeira Igreja invisível.

Conforme observa Millard Erickson, as Escrituras certamente consideram prioridade a condição espiritual do indivíduo e sua posição na Igreja invisível, mas não a ponto de desconsiderar ou menosprezar a importância da organização da Igreja visível. Sugere que, embora haja distinções entre a Igreja visível e a invisível, é importante adotarmos uma abordagem abrangente, de maneira que procuremos deixar as duas serem tão idênticas quanto possível” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p.550).

III. O GOVERNO DA IGREJA NAS DIFERENTES TRADIÇÕES CRISTÃS

1. Episcopal. Essa palavra traduz o grego “episkopos” e aparece algumas vezes no Novo Testamento (At 20.28; 1Tm 3.2; Tt 1.7). No contexto atual, o episcopalismo defende que Cristo confiou o governo da igreja a uma categoria de oficiais denominados de “bispos” ou “supervisores”. Com o tempo, esse sistema passou a defender a primazia de um bispo sobre o outro e terminou culminando no papado romano. Esse modelo é seguido pelo Catolicismo, por algumas denominações protestantes e pentecostais.

2. Presbiteral. O ofício de presbítero (gr. presbyteros) é encontrado no Novo Testamento (At 11.30; At 15.2). Contudo, no atual sistema presbiteral a igreja elege os presbíteros para um Conselho. Dessa forma, o Conselho possui autoridade para conduzir a igreja local. Há um supremo Concílio ou Assembleia Geral que exerce autoridade sobre as igrejas de uma determinada região ou país. É o sistema seguido pelas igrejas reformadas e algumas igrejas pentecostais na América do Norte.

3. Congregacional. A prática de eleger os dirigentes da igreja local no contexto do Novo Testamento é vista em Atos 14.23. Nesse atual sistema, o pastor é eleito pela Assembleia Geral da igreja local. Assim, as igrejas locais são autônomas nas suas tomadas de decisões, não estando sujeitas a nenhuma interferência que venha de fora. É o modelo seguido pelos batistas.

4. O sistema de governo de nossa igreja. No contexto norte-americano, as Assembleias de Deus se aproximam mais do modelo de governo presbiteral. Por outro lado, no contexto brasileiro, nossa igreja reúne elementos dos sistemas episcopal e congregacional. É, portanto, um modelo híbrido. Isso porque até o início dos anos 1930, a Assembleia de Deus, por haver sido fundada por batistas, seguia o modelo congregacional. Contudo, esse sistema de governo sofreu modificações a partir da criação da Convenção Geral de 1930, quando elementos do modelo episcopal foram somados a sua estrutura de governo. Assim, no atual modelo de governo, em sua grande maioria, embora mantenham certa autonomia administrativa em relação as convenções Geral e Estadual, a quem são filiadas, as igrejas possuem um modelo de liderança regional e local centralizado. Por exemplo, a autoridade de estabelecer lideranças pastorais nas igrejas locais pertence às Convenções Estaduais. Em alguns casos, essa função cabe a uma igreja-sede que preside sobre um conjunto de congregações locais a ela filiadas.

SINOPSE III

O modelo de estrutura organizacional no Novo Testamento inspira a tradição cristã ao longo dos anos a regulamentar seus ministérios.

AUXÍLIO HISTÓRICO

O MODELO DE LIDERANÇA ASSEMBLEIANO

“As Assembleias de Deus, especialmente no Brasil, certamente em razão de se constituírem inicialmente de crentes de diversos grupos evangélicos, atraídos pela crença bíblica do batismo no Espírito Santo, do ponto de vista administrativo, ministerial, adotaram uma posição intermediária mais aproximada do sistema presbiteriano. Não admitem hierarquia. Não aceitam o episcopado formal, senão o conceito bíblico de que o pastor é o mesmo bispo mencionado no Novo Testamento. Admitem, entretanto, o cargo separado de presbítero. O presbítero (anteriormente chamado ‘ancião’) é o auxiliar do pastor. Porém, em algumas regiões, em campo de evangelização das Assembleias de Deus, de certo modo, é lhe dado cargo correspondente ao de pastor, onde, na ausência deste, ele desempenha todas as funções pastorais: unge, ministra a Ceia e batiza. Entre esses, há os que possuem a dignidade, capacidade e verdadeiro dom de pastor.

[…] Porém, na Convenção Geral de 1937, na AD de São Paulo (SP), foi debatida a questão sobre se os anciãos (presbíteros) não poderiam ser considerados pastores. Os convencionais compreenderam, citando textos como 1 Pedro 5.1, Atos 20.28 e 1 Timóteo 5.17, que, em alguns casos, parece haver uma diferença entre anciãos e anciãos com chamada ao ministério, e estabeleceram, assim, a hierarquia eclesiástica que até hoje existe nas Assembleias de Deus: diáconos, presbíteros e ministros do evangelho (pastores e evangelistas).

[…] Nas Assembleias de Deus, embora o trabalho do presbítero tenha a sua definição, passou a ser também visto como o penúltimo cargo a ser exercido pelo obreiro, na sucessão das ordenações, antes de ser consagrado a evangelista ou pastor” (ARAÚJO, Isael. Dicionário do Movimento Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp.715,716).

CONCLUSÃO

Nesta lição, fizemos uma análise da Igreja como organismo e organização. O que ficou claro é que as Escrituras destacam a Igreja como um organismo vivo e organizado. Nesse aspecto, juntamente com os presbíteros e diáconos, o colégio apostólico dava corpo e forma ao ministério local da igreja neotestamentária. Embora essa igreja possuísse uma estrutura organizacional muito simples, contudo, ela existia. Por outro lado, embora não haja nenhuma norma específica de como deve ser o governo da igreja no Novo Testamento, ao longo dos anos os cristãos têm procurado se inspirar no texto bíblico para regulamentar seus ministros e ministérios.

REVISANDO O CONTEÚDO

1. Conceitue “organismo”.

Um organismo é visto como um conjunto de órgãos que constituem um ser vivo.

2. Caracterize a organização da Igreja Primitiva.

A forma de organização da Igreja Primitiva era simples, todavia, existia. Por exemplo, a igreja seguia a liderança centralizada dos apóstolos (At 16.4). Dessa forma, os apóstolos doutrinavam a igreja (At 2.42); cuidavam da parte administrativa (At 4.37); instituíam lideranças locais (At 6.6; At 14.23); reuniam-se em Concílio (At 15.1-6).

3. Quais fatos mostram a Igreja como um organismo vivo agindo de forma organizada?

Como um organismo vivo, a igreja do Novo Testamento era organizada. Por exemplo, ela se reunia (At 2.42) e orava (At 2.42; 12.12). Contudo, enxergava as demandas sociais que precisavam ser atendidas (At 4.35). Instituiu o diaconato (At 6.2-6); elegeu lideranças (At 14.23); enviou seus primeiros missionários (At 13.1-4).

4. Explique o sistema de governo episcopal e congregacional.

No contexto atual, o episcopalismo defende que Cristo confiou o governo da igreja a uma categoria de oficiais denominados de “bispos” ou “supervisores”. Já no sistema congregacional atual, o pastor é eleito pela Assembleia Geral da igreja local. Assim, as igrejas locais são autônomas nas suas tomadas de decisões, não estando sujeitas a nenhuma interferência que venha de fora.

5. Explique o sistema de governo de nossa igreja.

No atual modelo de governo de nossas igrejas, a sua grande maioria, embora mantenham certa autonomia administrativa em relação as convenções Geral e Estadual, a quem são filiadas, possuem um modelo de liderança regional e local centralizado.

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

A IGREJA: ORGANISMO E ORGANIZAÇÃO

Nesta lição, veremos de que forma a Igreja do Senhor se organizou ao longo dos anos enquanto instituição religiosa. Veremos também que é o fato de a Igreja ser compreendida como organismo vivo que dá vida a todas as ações realizadas por ela neste mundo. É evidente que, após os primeiros 300 anos de existência, a Igreja se institucionalizou a partir dos primeiros concílios que definiram e organizaram as doutrinas cristãs (Niceia, 325 d.C.; Constantinopla, 381 d.C.; Éfeso, 431 d.C.; Calcedônia, 451 d.C.). Contudo, o desafio da Igreja nestes últimos dias é não perder a perspectiva de que sua existência não se deve apenas ao aspecto institucional, mas, acima de tudo, à sua qualidade espiritual. Assim como na visão da tricotomia humana temos espírito, alma e corpo, a Igreja do Senhor não existe apenas a partir da sua estrutura física. Ela existe pela qualidade dos seus membros e, em razão da união com Cristo, bem como pela preservação do Espírito Santo, continua viva e atuante na sociedade.

Um ensinamento extraído das Cartas apocalíticas enviadas às igrejas da Ásia Menor endossa a necessidade de a igreja do Senhor manter-se viva e unida a Cristo. Ao anunciar a mensagem ao anjo da igreja de Laodiceia, chama a atenção o fato de que era uma igreja que tinha aparência de riqueza e abastança e dizia-se não ter falta de nada. Contudo, a mornidão imperava entre os seus membros (Ap 3.15-17). O dilema vivido por essa igreja se assemelha ao que pode ser notado nos dias atuais. Temos uma igreja que existe enquanto instituição religiosa e pessoa jurídica, porém, carente do ardor do Espírito Santo. Isso pode ser percebido pela ausência de manifestações espirituais como o batismo no Espírito Santo e os dons espirituais entre os seus membros. Entretanto, o que mais chama a atenção no tocante à sua frieza espiritual é a ausência de comunhão e cordialidade entre os seus membros.

O comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal (CPAD, 1995), endossa que “1. A igreja morna é aquela que transige com o mundo e, em comportamento, se assemelha à sociedade ímpia ao seu redor, professa o Cristianismo, mas, na realidade, é espiritualmente ‘desgraçada e miserável’ (vv.17,18); 2. Cristo faz a esta igreja uma séria advertência no tocante ao seu julgamento contra a mornidão espiritual (vv.15-17); 3. Cristo faz também um convite sincero para que se arrependa e seja restaurada a uma posição de fé, justiça, revelação e comunhão (vv.18,19)” (p.1988). O convite do Senhor Jesus se estende à Sua Igreja nos dias atuais. Como organização institucional, e também como organismo vivo, a Igreja do Senhor deve zelar pela sua identidade enquanto Corpo de Cristo e canal de salvação para todos os povos.

 

Extraído: estudantesdabiblia

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