A diferença entre o apóstolo verdadeiro e o falso
A função apostólica, como diz a sua própria designação, descreve uma pessoa que se vai.
Apocalipse 2:2 “Sei de tudo que você faz. Vi seu trabalho árduo e sua perseverança, e sei que não tolera os perversos. Esta Igreja examinou as pretensões dos que se dizem apóstolos, mas não são, e descobriu que são mentirosos”.
Até mesmo no momento de implantação da Igreja já havia pessoas que se diziam apóstolos, mas não eram. Lembre-se de que este grupo paralelo veio a existir, quando os doze designados por Jesus, ainda estavam presentes.
O número de Apóstolos autorizados a participar de um esquema especial no Céu já foi estabelecido de forma definitiva, antes mesmo do início da implantação e da festa de inauguração do Corpo de Cristo, também chamada de Pentecoste. Veja agora se o seu nome consta desta lista: “Estes são os nomes dos doze apóstolos: Mateus 10: 2, 4. “Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: primeiro, Simão, por sobrenome Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; 4. Simão, o Zelote, e Judas Iscariotes, que foi quem o traiu.
Renomados estudiosos das Escrituras afirmam que os 24 anciãos de Apocalipse são constituídos pelos 12 patriarcas e os 12 apóstolos, representando os maiores ícones de fé do Antigo e do Novo Testamento.
Depois que surgiu a atual casta apostólica, o direito de pertencer a esta casta foi defendida animadamente, pelo grupo. Pode ser desconhecimento da Palavra, mas também parece uma gambiarra. Os falsos apóstolos sabem manipular, ardilosamente, os textos, fazendo com que pareçam enviados pelo próprio Deus. Os 12 foram convidados pelo Deus encarnado (Jesus) e não pela Igreja, pois esta ainda não existia na época.
O texto a seguir parece mostrar que o número de patriarcas e apóstolos permanecerá imutável até a Volta de Cristo e que todas as vagas foram preenchidas. Apocalipse 11:15 – O sétimo anjo tocou sua trombeta, e fortes vozes gritaram no céu: “O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e de seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre”. Os 24 anciãos que estavam sentados em seus tronos diante de Deus se prostraram com o rosto em terra e adoraram”. Os mesmos que compuseram o grupo formado por 12 patriarcas e 12 apóstolos continuarão os mesmos até os mais longínquos dias da história humana.
Este título foi concedido no momento que precedeu a inauguração da Igreja. Seus detentores formaram um grupo especial e único, cuja preparação foi feita pelo próprio Jesus em pessoa. Deus continua chamando pessoas para expandir seus Reino na Terra, mas não chama ninguém para ocupar o primeiro lugar da fila, mas o último.
Os apóstolos eram pessoas dotadas com a capacidade de expandir a influência da Igreja pelo mundo. Noção apoiada pela própria semântica da palavra grega απόστολος (αποστέλλω, forma verbal). Significa enviar e sem jamais se fixar. O título de apóstolo não se aplica a uma pessoa sentada em um escritório fixo onde compõe e rege músicas administrativas. O apóstolo é enviado pela Igreja local com a missão de expandir o seu alcance. É o braço mais comprido de um Corpo já estabelecido em seu local definitivo.
A Igreja ainda não completou o número de seus componentes, mas quando isto ocorrer, ela será arrebatada. A função apostólica, como diz a sua própria designação, descreve uma pessoa que se vai. Ele não é o dono de uma merchandaiser eclesiástica, mas um enviado. Hoje, porém este tipo de ministério é exercido pelos que chamamos hoje de missionários.
O problema é que a maioria usa o título de apóstolo para se posicionar em posição hierárquica superior. A verdadeira fonte de seu envio costuma ser a fome para mandar, controlar, enriquecer, expandir seus domínios e a fama. Muitos tentam convencer o povo de que está sentado no banco de reservas da Trindade, esperando, pronto para entrar em campo e reorganizar o time e exercer o papel de mediador entre o ataque e a defesa. Para tanto, precisa convencer as pessoas de que sabe mais, é o mais sábio, e sendo, portanto, o guardião de novas revelações. Há quem se veja incumbido pelo lançamento de novas doutrinas
Não existe sequer um texto bíblico dizendo, claramente, que a Igreja deve se submeter a alguém só porque conquistou uma cadeira de chefão. Os únicos a receberem este título diretamente de Deus, já não estão entre nós. A autoridade dada aos apóstolos foi transferida ao Corpo de Cristo, como um todo e não à uma pessoa específica. Em Atos 13, Paulo e Barnabé foram enviados pela Igreja de Antioquia. O título de apóstolo foi concedido por Jesus durante o período da sua encarnação, e a sua validade durou apenas durante o período de implantação inicial da Igreja. Quando os 12 primeiros foram convidados a participar do grupo apostólico, ainda não existia o Corpo de Cristo. Hoje é este Corpo quem envia. O que temos hoje, são pessoas enviadas pela Igreja e a transliteração da palavra grega Απόστολος não se aplica mais. Deixou de ser um título e passou a ser apenas uma das funções ministeriais sem valor hierárquico sobre os demais ministérios.
Romanos 1:1. παυλος δουλος ιησου χριστου κλητος αποστολος αφωρισμενος εις ευαγγελιον θεου.
Traducão parcial: “Paulo, servo de Jesus Cristo enviado aos gentios”. A palavra apóstolo usada aqui não é uma tradução, mas uma transliteração (a mesma palavra grega escrita com caracteres ocidentais). Dói mediante esta designação, que Paulo se apresentou aos gentios como enviado por Deus. A palavra apóstolo usada aqui parece mais uma qualificação do que um título.
Não podemos nos submeter à autoridade de alguém autoproclamado como o dono de um ministério, pois o seu verdadeiro dono é Jesus, cujo único representante na Terra é a Igreja.
Por Ubirajara Crespo, pastor, conferencista, editor, autor das notas de rodapé da Bíblia do Guerreiro e dos livros “Qual o limite para o sofrimento” e “Rota de colisão”.
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Fonte: Portal Guiame