Como tornar a equipe pedagógica mais participativa na Escola Dominical (Parte 2)
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O poder da motivação e o envolvimento da equipe
No que diz respeito à motivação, muitos afirmam que a liderança deve motivar a equipe pedagógica para a realização dos trabalhos. Essa afirmativa, na maioria das vezes, desconhece o que significa “motivação”. É preciso que o gestor (superintendente) conheça mais a fundo o conceito da motivação para que saiba interpretar o comportamento da sua equipe frente aos desafios enfrentados pela Educação Cristã.
De acordo com o pastor e psicólogo Jamiel Lopes, há pelo menos duas teorias muito conhecidas que explicam de forma específica a motivação. Para a teoria behaviorista, “motivação é interpretada como um comportamento reativo, que leva ao movimento, causada pelos estímulos (reforços positivos) que o indivíduo recebe do meio ambiente. […] Para a psicologia da gestalt o meio ambiental é formado por um meio geográfico e um meio comportamental. O meio geográfico é o espaço físico onde ocorre o fenômeno; já o meio comportamental consiste na interação que o indivíduo tem com o seu meio físico e a interpretação que ele tem desse meio por intermédio da sua percepção. Para que haja motivação é necessário que o indivíduo perceba o estímulo dado pelo seu meio e este tenha um significado para ele.” (CPAD, 2020, pp. 63,64).
A partir dessas informações o gestor deve considerar que cada integrante da equipe possui uma construção comportamental diferente ao longo da vida e, por conseguinte, apresenta percepções diferentes sobre uma mesma situação. Importa ao gestor aproveitar o máximo possível dessas percepções a fim de construir, de forma consensual, o melhor caminho para se alcançar os objetivos gerais do ensino.
A disposição para realizar qualquer projeto deve considerar o nível de envolvimento de cada integrante. Geralmente, líderes consideram que o nível de envolvimento em um projeto deve partir dos integrantes da equipe, porém, esquecem-se de que a maior clareza em relação a missão, bem como a participação coletiva na construção de um projeto são reforços positivos necessários para a motivação de seus liderados.
A Escola Dominical como um departamento estratégico e essencial para a vitalidade espiritual da Igreja.
A qualidade de ensino apresentada pela igreja é resultado do nível de qualidade técnica de seus colaboradores. A qualidade técnica diz respeito ao aprofundamento do conhecimento bíblico-teológico e didático dos professores. Entretanto, essas habilidades estão intrinsecamente relacionadas às competências de coordenação e supervisão do gestor da área de ensino. Diga-se de passagem, a qualidade técnica de uma equipe pode ser tanto potencializada quanto limitada a depender da visão de trabalho do gestor (superintendente).
A ideia de que o ensino bíblico e doutrinário constitui a estratégia fundamental para a vitalidade espiritual da igreja deve ser priorizada pelo gestor (superintendente) do departamento de ensino. Isto posto, o superintendente deve transmitir essa mensagem com clareza e confiança aos seus liderados. À medida que a equipe pedagógica adere à visão traçada pela liderança, o nível de comprometimento aumenta.
Entendemos por visão o objetivo maior de um projeto e a sua relevância para o bem-estar coletivo, ou seja, o bem-estar espiritual da Igreja.
Considerações finais
Finalmente, a partir dos apontamentos listados anteriormente, podemos concluir que o superintendente deve considerar os conceitos de colaboração e participação da equipe que recebe a visão do projeto. A ideia de que a troca de conhecimentos aprimora o trabalho de todos evita a rivalidade e as divisões na equipe. É natural que ocorram divergências de pensamento ou formas de executar um trabalho. Todavia, a finalidade desses processos é o aprimoramento e amadurecimento dos integrantes da equipe pedagógica para a entrega de resultados significativos na Escola Dominical.
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