Jovesns Lição 13: A Santa Ceia, o amor e a ressurreição
Data: 27 de Junho de 2021
TEXTO DO DIA
“O amor nunca falha; mas, havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá.” (1Co 13.8).
SÍNTESE
O sacrifício de Jesus na cruz foi o maior exemplo de amor sacrificial.
AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — 1Co 13.1
A excelência do amor
TERÇA — 1Co 13.7
O amor tudo suporta
QUARTA — 1Co 13.13
A fé, a esperança e o amor
QUINTA — 1Co 15.4
Jesus morreu por nossos pecados, mas ressuscitou ao terceiro dia
SEXTA — 1Co 15.14,17
Se Cristo não ressuscitasse a nossa fé seria em vão
SÁBADO — 1Co 15.20
Cristo ressuscitou e é as primícias dos que dormem
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- MOSTRAR as orientações de Paulo a respeito da celebração da Ceia do Senhor;
- CONHECER o poema do amor;
- SABER a respeito da ressurreição e o destino do cristão salvo.
INTERAÇÃO
Com a graça de Deus, encerramos a série de estudos a respeito da Primeira Carta de Paulo aos Coríntios.
Aproveite essa última aula do trimestre e reflita com seus alunos a respeito dos principais ponto de 1 Coríntios. Pergunte o que eles mais gostaram de estudar nessa Primeira Carta. Faça um resumo dos temas que foram tratados encerre o trimestre com uma oração de gratidão a Deus por esse tempo de aprendizado.
Procure ver os alunos que mais faltaram no trimestre. Converse com eles, procure saber o motivo das faltas, porém não faça cobranças. Ouça o que o aluno tem a dizer, procure ajudá-lo. Fale a respeito da importância da Escola Dominical e da assiduidade.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado(a) professor(a), para concluir o trimestre, reproduza o quadro abaixo e veja com os alunos os principais pontos de 1 Coríntios.
TEXTO BÍBLICO
1 Coríntios 11.23-25.
23 — Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão;
24 — E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim.
25 — Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue: fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
Nesta última lição do trimestre, estudaremos a respeito da Ceia do Senhor, o poema do amor, a ressurreição e o destino dos salvos por Jesus Cristo.
I. ORIENTAÇÕES A RESPEITO DA CELEBRAÇÃO DA CEIA DO SENHOR
1. Paulo repreende as dissensões durante a celebração da Ceia do Senhor (11.17-22). As igrejas do primeiro século participavam de uma refeição comum que tinha por objetivo principal a comunhão dos membros, chamada ágape. Com o passar do tempo essa celebração se uniu com a comemoração da Ceia do Senhor. Todavia, durante essa celebração os irmãos em Corinto com melhores condições comiam suas refeições em separado das demais pessoas (vv.18-20). Paulo chega afirmar que “enquanto um passa fome, o outro fica embriagado” (v.21). Ele reforça: “desprezais a igreja de Deus e envergonhais os que nada têm?” (v.22). Os que chegavam mais cedo não esperavam pelos demais (v.33). O apóstolo afirma que não podia louvá-los pelo comportamento à mesa (v.17).
2. Um olhar para o passado: O modelo da Ceia do Senhor (11.23-25). Os Evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas) narram sobre a última ceia de Jesus com seus discípulos, mas eles foram escritos décadas depois das Cartas aos Coríntios.
Olhando para trás, a Ceia do Senhor apontava para a centralidade da morte de Cristo (vv.24,25). O pão simbolizava o corpo de Cristo “que é partido por vós” e o suco de uva simbolizava o sangue vertido na cruz. A base para absolvição de todo pecador no julgamento divino é a morte de Cristo. Por isso, a orientação de Jesus para celebrar a Ceia do Senhor em memória da sua morte.
A morte de Jesus e seus efeitos não podem ser esquecidos pelo cristão, quanto mais for lembrada mais gratidão o crente vai demostrar. Graças à celebração da Ceia do Senhor, os crentes estão periodicamente lembrando a morte do Senhor, porém, nem sempre com o devido respeito e reverência.
3. Um olhar introspectivo: O autoexame preventivo para não ser condenado (11.26-32). Celebrar a Ceia do Senhor é testemunhar a morte e ressurreição de Jesus, enquanto se aguarda o arrebatamento da Igreja. Todavia, Paulo afirma que alguns irmãos coríntios estavam participando da Ceia para “sua própria condenação” (v.29). A atitude dos crentes de Corinto durante a celebração era “indigna” por “não discernir o corpo do Senhor”, um reflexo da vida prática deles. Por isso, Paulo recomenda que ao participar da celebração da Santa Ceia, cada um examine a si mesmo para não ser condenado com o mundo (11.27-29).
O autoexame deveria ser feito como igreja e individualmente. Paulo destaca que deveriam ser revistas as atitudes contraditórias que estavam ocorrendo na própria Ceia do Senhor, que refletiam o dia a dia deles, para uma correção de rumo. A Ceia do Senhor aponta para a cruz de Cristo. Nela, o participante deve se ver crucificado com Cristo, caso contrário deve rever suas atitudes para não ser condenado com o mundo (v.32).
II. O POEMA DO AMOR
1. A causa das divisões na comunidade de Corinto era a falta de amor. O texto do capítulo 13 da Primeira Carta aos Coríntios traz um dos mais belos poemas de todos os tempos, também conhecido como “o hino do amor”. Na Carta ele deve ser interpretado à luz de seu contexto, ou seja, os constantes conflitos e divisões da igreja em Corinto.
A vida na igreja, para que seja fraterna e feliz, exige a prática do amor. Sem o amor, a igreja deixa de ser um local seguro e acolhedor. O poema do amor deixa claro que ele se manifesta nas coisas mais simples do cotidiano. Paulo mostra que a falta de amor é a principal causa das divisões na igreja.
2. A proeminência do amor sobre os dons (13.1-7). Paulo termina o capítulo doze aconselhando os coríntios a buscarem os melhores dons e ele os apresentaria “um caminho ainda mais excelente” (12.31). Na sequência, apresenta o poema do amor para mostrar como os dons deveriam ser utilizados.
A igreja em Corinto se orgulhava da grande manifestação dos dons espirituais nas reuniões, em especial os dons de línguas e as profecias. O apóstolo assevera que os dons sem o amor, não valeriam de nada. Então, Paulo passa a mostrar as características do amor: Ele é paciente, prestativo, não é invejoso, não se ostenta, não é orgulhoso, não é inconveniente, não se irrita, não guarda rancor, não tem prazer na injustiça, tem prazer na verdade, tudo perdoa, tudo crê, tudo espera e tudo suporta (13.4-7).
3. A perenidade do amor: Ele jamais passará (13.8-13). Nós sabemos que os dons e serviços são importantíssimos para a igreja, mas eles não permanecerão para sempre. Contudo o amor jamais passará! Paulo assegura que somente quem tem maturidade espiritual é capaz de demonstrar o amor verdadeiro. O amor é como uma característica genética de Deus, que comprova a paternidade divina. A maturidade cristã supõe a fé, a esperança e o amor, todavia, a maior das virtudes é o amor (v.13).
III. A RESSURREIÇÃO E O DESTINO DO CRISTÃO SALVO
1. A fé na ressureição de Jesus é a garantia da vida eterna com Deus (15.1-34). Paulo, antes de chegar a Corinto, teve uma experiência amarga em Atenas. O público estava atento à mensagem dele. Mas, quando o apóstolo fala a respeito de Jesus e de sua ressurreição (anástasis), os gregos pensavam se tratar de um paroleiro ou um pregador de deuses estranhos (At 17.18). Assim, a rejeição foi imediata (At 17.32,33).
Os gregos acreditavam que a alma era imortal, mas vivia aprisionada no corpo mortal. O corpo era visto como impedimento para a alma se realizar plenamente. Em Corinto não era diferente e mesmo algumas pessoas da igreja voltaram a ter dúvidas a respeito da ressurreição. Então, Paulo reafirma a fé na ressurreição de Jesus que garante a vitória definitiva sobre o pecado (1Co 15.20-28). Ele afirma que “se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens” (1Co 15.19).
2. Deus dará aos crentes salvos um corpo glorioso (15.35-50). Para falar a respeito da ressurreição dos salvos e a transformação espiritual do corpo, Paulo usa a imagem do grão de trigo, que deve morrer para gerar vida (1Co 15.35-38). Paulo ensina que corpo e sangue não podem herdar o Reino de Deus (15.50): “[…] Semeia-se o corpo em corrupção, ressuscitará em incorrupção. Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor. Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual […]” (15.42-44). Deus dá a cada semente o corpo que quer (15.38). Ao salvo dará um corpo glorioso.
3. Os crentes salvos e que estiverem vivos na última hora serão arrebatados (15.51-58). Entre os gentios havia muitas dúvidas a respeito da ressurreição. Para eles, a morte era um dos pré-requisitos para a ressurreição. Uma de suas preocupações era de Jesus voltar e estando vivos não terem seus corpos transformados. Paulo os tranquiliza ao afirmar que no arrebatamento “nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num abrir e fechar de olhos os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados” (1Co 15.51,52).
Jesus transformou o instrumento de tortura e humilhação para os gentios, e a maldição para os judeus, em um sinal de salvação e ressurreição para os cristãos. Quando Cristo se manifestar os cristãos salvos serão semelhantes a Ele (1Jo 3.2), revestidos de incorruptibilidade e de imortalidade (1Co 15.54). Paulo conclui o capítulo 15 dizendo: “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor” (v.58).
CONCLUSÃO
Nesta última lição do trimestre estudamos temas relacionados à cruz de Cristo. Vimos que a celebração da Ceia do Senhor aponta para a cruz de Cristo. Aprendemos também a respeito do poema do amor que reflete sua plenitude no amor oferecido por Jesus na cruz e que nunca passará, e a ressurreição de Cristo que garante a nossa ressurreição.
ESTANTE DO PROFESSOR
HAMILTON, Victor P. Manual do Pentateuco. Rio de Janeiro, CPAD, 2007.
HORA DA REVISÃO
1. Para quem apontava a Ceia do Senhor?
Olhando para trás, a Ceia do Senhor apontava para a centralidade da morte de Cristo (vv.24,25).
2. O que simboliza o pão na Ceia do Senhor?
O pão simbolizava o corpo de Cristo “que é partido por vós”.
3. O que simboliza o suco de uva na Ceia do Senhor?
O suco de uva simbolizava o sangue vertido na cruz.
4. Qual é a base para a absolvição de todo pecador?
A base para absolvição de todo pecador no julgamento divino é a morte de Cristo.
5. Em qual capítulo da Primeira Carta aos Coríntios encontramos o chamado “poema do amor”?
No capítulo 13.
SUBSÍDIO I
“Beber o cálice
Na noite em que a Páscoa foi transformada na Santa Ceia, Jesus tomou o cálice, deu graças e ofereceu aos seus discípulos, dizendo: ‘Porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, que é derramado por muitos, para remissão de pecados’ (Mt 26.28). Essa linguagem é simbólica. E o vinho no cálice era o símbolo do sangue de Jesus.
A palavra aliança (testamento) significa um convênio solene e formal entre duas pessoas ou grupos. Geralmente, para se oficializar uma aliança, matavam um animal e comiam juntos a carne dele como sinal de amizade e boa fé. De fato, a palavra hebraica berith (aliança) significa ‘comer em conjunto’ ou ‘amarrarem’. A ceia da aliança mostrava que os dois membros ou partidos aceitavam os termos do convênio. No Antigo Testamento, houve várias alianças entre Deus e os homens, como as que Ele fez com Noé e Abraão. Toda aliança consiste em quatro partes: as pessoas, as condições, a garantia de cumprir as promessas e os resultados do cumprimento dos convênios. Examinemos a aliança que Deus fez com Noé em Gênesis 9” (HOOVER, Thomas Reginald. Comentário Bíblico 1 e 2 Coríntios. Rio de Janeiro, CPAD, 1999. p.91).
SUBSÍDIO II
“Após encerrar seu ensino sobre dons espirituais e cultos bem ordenados, Paulo aborda mais um problema. Alguns membros da igreja em Corinto afirmavam que os mortos não ressuscitariam (1Co 15.12). Paulo apresenta as provas da ressurreição de Jesus como evidência daqueles que estão ‘em Jesus’ e que também ressuscitarão. Satanás continua tentando convencer as pessoas de que não há vida após a morte. Na tentativa de destruir a evidência da ressurreição de Jesus, alguns sugerem que Ele não morreu, somente desmaiou para depois recuperar a consciência no túmulo. Outros dizem que voltou a viver apenas na mente dos seus discípulos. Essas pessoas deveras precisavam ser corrigidas.
O enterro de Cristo constitui um elemento importante, pois prova que Ele realmente morreu (Jo 19.33). Sua ressurreição constitui evidência de que Deus aceitara seu sacrifício, sendo parte integral das Boas Novas pelas quais somos salvos. As múltiplas ocasiões em que Ele apareceu aos seus conhecidos testificam a sua ressurreição” (HOOVER, Thomas Reginald. Comentário Bíblico 1 e 2 Coríntios. Rio de Janeiro, CPAD, 1999. p.132).
Fonte:Estudantes da Bíblia