Lição 1 – Ordenança para crer e descer às águas batismais (Betel)

CLIQUE AQUI – BAIXAR SLIDE E SUBSÍDIOS DESTA LIÇÃO

Lei 9.610/98 (Direitos Autorais)

Nosso subsídio (comentário da lição) não é o mesmo conteúdo da revista Betel Dominical Adultos, é apenas um texto de auxílio complementar referente aos tópicos e subtópicos da lição. 

Introdução  

O texto de referência :

Mateus 3.13-17

13 – Então veio Jesus da Galiléia ter com João, junto do Jordão, para ser batizado por ele.

14 – Mas João opunhas-lhe, dizendo: Eu gosto de ser batizado por ti, e vens tu a mim?

15 – Jesus, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então ele o permitiu.

16 – E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele.

17 – E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.

1 – A Salvação é para quem crer em Jesus

1.1 – Para se tornar filho de Deus, é preciso receber Jesus como Senhor e Salvador

A Graça de Deus é a mais extraordinária manifestação do amor de Deus para com a humanidade. E Deus se manifesta através de quatro tipos de graça, a saber:

1 – A Graça Comum

“…. pois Ele é quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas” (At 17.25b). Deus dá a todos os seres humanos a vida, a respiração e os meios que proporciona a vida: O Sol, o oxigênio, o dia, a noite, a chuva, os recursos naturais, outros.

2 – A Graça Salvadora

“Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens” (Tt 2.11). A Salvação de Deus é para toda a humanidade, porém, só será alcançada por aqueles que creem e recebem Jesus Cristo como Salvador pessoal, estes se tornam filhos de Deus.

3 – A Graça Justificadora e Regeneradora

“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3.23-24).

“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2Co 5.17).

“Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos Santos e da família de Deus” (Ef 2.19).

4 – A Graça Santificadora

“Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). Quando a pessoa aceita a Jesus como Salvador pessoal deve viver em santidade, renunciar a si mesmo e a vida de pecado, caso contrário, a falta de santificação anula os efeitos da graça salvadora, justificadora e regeneradora.

Como podemos observar a Graça é a manifestação da salvação, o ato de receber Jesus Cristo como Salvador pessoal é suficiente para a salvação da pessoa.

O Ato do Batismo nas águas não é suficiente para a salvação de uma pessoa que não recebeu a graça de Deus, mas aos que verdadeiramente receberam a graça de Deus se faz necessário cumprir essa ordenança, é um mandamento do Senhor: “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19), todo cristão que recebe a graça Salvadora, Justificadora e Regeneradora sentirá prazer em cumprir esse mandamento, onde em um ato simbólico declarará publicamente a decisão de seguir a Jesus Cristo.

Portanto fica claro que : “A admissão no Reino de Deus se dá através da fé no sacrifício de Cristo associada ao verdadeiro arrependimento. Todavia, é o ato do Batismo nas águas que possibilita o acesso à igreja visível (local)” [7] possibilitando participar de outra ordenança que é a Ceia do Senhor e outras atividades que trazem crescimento espiritual.

1.2 – Crer é confiar, conhecer, confessar e obedecer

Muitas vezes a pessoa que aceita a Jesus como Salvador não tem tempo ou está em condições excepcionais que a impossibilita de participar do Ato do batismo nas águas, isso não vai lhe impedir de obter a Salvação.

O malfeitor que estava sendo crucificado ao lado de Jesus (Lc 23.39-43) estava prestes a morrer, e momentos antes, se voltou a Jesus, reconhecendo-o como Salvador, buscou perdão ao reconhecer Jesus como Deus, e Cristo o aceitou e o salvou, demonstrando que a pessoa pode ser salva sem passar pelo ato do Batismo nas águas, é a nossa fé em Cristo, que nos salva.

“Crer” é mais que concordar, intelectualmente, que Jesus é Deus. Crer significa depositar nossa confiança nEle, e ter como certo que somente Ele pode nos salvar. É dar a Cristo o controle de nossos planos atuais e nosso destino eterno. [6]

1.3 – Quem crê em Jesus não é condenado

O Texto Bíblico deixa claro que crer em Jesus é essencial para ser salvo :

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus” (Jo 3.16,18).

O Efeito da maravilhosa graça de Deus faz com que aquele que crê em Jesus seja livre da condenação da morte eterna e se torne herdeiro da vida eterna, porque, pelo sacrifício da morte de Jesus, os pecados são expiados e nada pode impedir que Deus nos reconheça como seus filhos.

2 – Batismo: sepultamento de pecados

Definição

Batismo significa “mergulho”, “submersão”. É a primeira ordenança de Cristo, através da qual o novo convertido passa a fazer parte da igreja local. [7]

Batismo é uma Ordem

Jesus ordenou, e queremos obedecê-lo. Jesus é o nosso exemplo em tudo (1Pe 2.21; Jo 13.15), e Ele foi batizado para cumprir toda a justiça de Deus (Mt 3.21), Assim, também queremos seguir as suas pisadas (1Pe 3.21; Sl 85.13).  [8]

Batismo é uma Confissão

O batismo é também um ato de confissão da nossa fé em Jesus, pois, por intermédio desta, morremos para o mundo, a fim de pertencermos a Jesus (Cl 3.27; 1Pe 3.18). O batismo se torna para ao crente um verdadeiro limite entre o Reino de Deus e o mundo, como o mar Vermelho foi o limite entre a terra da escravidão (o Egito) e o caminho para a nova vida (Canaã – 1Co 10.2). [8]

Conceito

O Batismo nas águas ilustra a experiência da regeneração efetuada pelo Espírito Santo no pecador, experiência esta que se relaciona com a morte e a ressurreição de Jesus Cristo. Significa que quando o pecador aceita a Cristo como único e suficiente salvador passa por uma transformação tão radical, que só pode ser explicada como sendo morte e sepultamento do velho ser e ressurreição de uma nova criatura para viver uma nova vida com Deus.

Em outras palavras, quando o pecador aceita a morte de Jesus como morte vicária, isto é, para substituí-lo diante da justiça de Deus, morre também com Cristo. Mas, assim como Jesus não ficou na sepultura, antes ressuscitou, o que crê nele ressuscitou com Ele, para viver eternamente. Desse modo, o batismo simboliza a morte para o mundo e a ressurreição para uma nova vida de fé em Cristo Jesus. [7]

IMPORTANTE

No cristianismo há três formas de efetuar o Batismo, a saber:

1 – Imersão: Batismo mediante mergulho na água

2 – Efusão: Batismo mediante o derramamento de água sobre a cabeça

3 – Aspersão: Batismo espalhando gotas de água sobre a cabeça

Nas Assembleias de Deus, o batismo é por Imersão conforme o próprio significado da palavra “Batismo” como já vimos anteriormente, valendo lembrar que mesmo aqueles cristãos que batizam por Efusão ou Aspersão, reconhecem o Batismo por Imersão como a forma usada pela Igreja Primitiva.

2.1 – O Batismo deve ser em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo

O Batismo nas águas é realizado por homens sob a autoridade de Deus, mas quanto ao nome de quem deve ser atribuído ? Jesus ensina a Batizar da seguinte forma: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19).

Esse texto não dá margem para outras interpretações, todavia, há algumas denominações evangélicas que só batizam em nome de Jesus, baseada na fala de Pedro: “Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito santo” (At 2.38).

Estaria Pedro no texto acima inventando uma outra forma de batizar, ao fazê-lo “somente no nome de Jesus” diferentemente do que Jesus havia ensinado ? Acreditamos que não, o contexto dessa passagem bíblica mostra que Pedro não estava à beira da água e muito menos realizando o Batismo. Pedro estava diante dos gentios pregando sobre Jesus e não inventando uma nova forma de batismo, é preciso entender essa questão para não entrar em confusão e batizar de forma incorreta.

UM SÓ BATISMO

Vale lembrar que o Batismo deve ser feito uma única vez : “há um só Senhor, uma só fé, um só batismo” (Ef 4.5), todavia, se a pessoa foi batizada através de uma fórmula modificada, incorreta ou não bíblica, pode não ser válida e o ato deve ser repetido de acordo com a doutrina bíblica.

Algumas Igrejas pseudo-cristãs negam a fé na Trindade, outras, negam a divindade de Cristo o que leva a pessoa ao rebatismo.

Nas Assembleias de Deus o batismo infantil não é tido como válido porque só pode receber o batismo aquele que já tem a consciência formada.

Existe uma frase famosa que diz “Se pode complicar, para quê facilitar?” em relação ao Batismo, isso se aplica a Igreja CCB e Adventistas por exemplo, vejamos :

A maioria das denominações evangélicas batizam dizendo: “Eu te Batizo em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo” , para a Congregação Cristã no Brasil (CCB), essa formula não é válida e a pessoa deve ser rebatizada, a alegação é de que a formula correta é “Em nome do Senhor Jesus te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” , devemos instruir nossos alunos de no caso de sair da denominação Assembleia de Deus deva procurar congregar em denominações que aceitem o nosso batismo.

Na Igreja Adventista do Sétimo Dia, quando o membro abandona a fé e consequentemente tem o nome excluído do livro de membros, quando a pessoa volta para a Igreja, ela somente volta a comunhão e tem o nome inserido novamente no livro de membros mediante o rebatismo, já imaginou esse cenário ?

IDADE PARA SE BATIZAR

Através do Batismo a pessoa está testemunhando publicamente que está disposta a seguir a Cristo, e isso ocorre depois do arrependimento dos pecados aos pés de Cristo.  Para que a pessoa possa ser Batizada, precisa ter essa consciência e tomar a decisão de descer as águas por espontânea vontade. Devido a seriedade do Ato do batismo muitas igrejas  estabelecem uma idade mínima para o candidato ao batismo e também fazem uma palestra para preparar os candidatos e avaliar a sua maturidade para o ato. 

Algumas denominações evangélicas batizam o candidato sem nenhum preparo teológico,  inclusive batizam pessoas que vieram assistir o batismo de um parente ou amigo, pessoas que podem não ter ainda a consciência do que representa o ato do batismo, pessoas que ainda estão envolvidas em vícios e que não tiveram uma experiência do novo nascimento, mas tomou a decisão pela emoção do momento.

Tais denominações defendem que Deus pode tocar no coração da pessoa na hora do batismo para ser batizada e salva, pois as águas do batismo tem o poder de purificar os pecados, e fazem isso baseado em um entendimento incorreto de um sermão de Pedro longe das águas batismais :  “E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo” (At 2.38) 

2.2 – O Batismo é um símbolo público de conversão

Eurico Bergstén: O batismo é um símbolo da nossa identificação com a morte, sepultamento e ressurreição de Jesus (Rm 6.3,4). Assim como Jesus morreu, também morremos para o mundo (Gl 2.20; Cl 3.3) e somos ‘sepultados’ pelo batismo, para que, juntamente com Ele, venhamos a ressuscitar em ‘novidade de vida’ (Rm 6.5; Cl 2.12).  [8]

2.3 – Ao ser batizado, Jesus deixou o Seu exemplo

Eurico Bergstén: Jesus ordenou, e queremos obedecê-lo. Jesus é o nosso exemplo em tudo (1Pe 2.21; Jo 13.15), e Ele foi batizado para cumprir toda a justiça de Deus (Mt 3.21), Assim, também queremos seguir as suas pisadas (1Pe 3.21; Sl 85.13).  [8]

3 – Batismo: crer em Jesus e arrepender-se

É evidente que a regeneração para uma nova vida de fé não se dá no momento em que a pessoa se batiza, mas sim no momento em que a pessoa se submete a Cristo pela fé, crendo em Jesus e se arrependendo dos pecados. O batismo simboliza simplesmente uma realidade já alcançada pelo pecador. [7]

Neste tópico, nosso comentarista formula várias perguntas a serem feitas para os candidatos ao batismo com o intuito de avaliar sua maturidade e consciência sobre o ato. Conforme já comentado muitas igrejas fazem palestras sobre o batismo para os candidatos antes do batismo, a Assembleia de Deus é uma dessas igrejas.

Abaixo deixo um link interessantes sobre algumas questões sobre a profissão de fé.

Clique Aqui – Saiba mais sobre o que é a profissão de fé ?

3.1 – Uma profissão de fé sobre a Palavra de Deus

A profissão de fé sobre a PALAVRA DE DEUS, envolve perguntas ou declarações públicas sobre a Palavra de Deus e seus principais ensinos referente a salvação. Na revista e no Slide, cinco perguntas foram formuladas.

3.2 – Uma profissão da fé sobre a Igreja

A profissão de fé sobre a IGREJA, envolve perguntas ou declarações públicas sobre o estatuto da Igreja no que se refere a usos e costumes, submissão a liderança pastoral, participação da Ceia do Senhor, dízimos e ofertas. Na revista e no Slide, quatro perguntas foram formuladas.

3.3 – Uma profissão de fé a própria vida

A profissão de fé sobre a PRÓPRIA VIDA, envolve perguntas ou declarações públicas sobre a nova vida com Jesus no que tange a ser exemplo como cristão, ser imitador de Cristo, fazer a diferença neste mundo de trevas e sem sabor, sendo sal e luz. Na revista e no Slide, quatro perguntas foram formuladas.

Comentário 

Pr. Éder Tomé

Referências

[1] Bíblia Sagrada (ARC) – Sociedade Bíblica do Brasil – 4° edição – 2009

[2] Bíblia Sagrada King Jones – Atualizada – Fiel aos Originais

[3] Bíblia Sagrada (NTLH) – Linguagem de Hoje

[4] Revista Betel Dominical Adultos – 2T – 2024

[5] versículoscomentados.com.br

[6] Bíblia de Estudo Cronológica Aplicação Pessoal – CPAD 

[7] Revista Discipulado – Mestre 2 – Pág.69

[8] Teologia Sistemática – Bergstén Eurico – CPAD – 2005 – Pág. 244-245