Lição 13: O discípulo de Jesus e a verdadeira esperança
Data: 25 de Setembro de 2022
TEXTO PRINCIPAL
“Quem vencer herdará todas as coisas, e eu serei seu Deus, e ele será meu filho.” (Ap 21.7).
RESUMO DA LIÇÃO
A comunhão eterna com Deus é a esperança que nos mobiliza a viver de modo santo e justo.
LEITURA DA SEMANA
SEGUNDA — Pv 4.18
A salvação como caminho
TERÇA — Jo 15.15
Amigos de Deus
QUARTA — Ap 21.1
O fim do mar
QUINTA — Hb 12.2
O consumador da nossa fé
SEXTA — Jo 10.7
O acesso à salvação
SÁBADO — Jo 14.1,2
O Céu, nossa morada
OBJETIVOS
- EXPLICAR o que significa a boa esperança;
- COMPREENDER que Jesus é o caminho para o Céu;
- CONSCIENTIZAR a respeito da vida no Céu.
INTERAÇÃO
Professor(a), com a graça de Deus chegamos ao final de mais um trimestre. Durante os encontros dominicais você e seus alunos foram edificados, exortados, consolados e chamados para cumprir com o seu papel de discípulo de Jesus Cristo. O convite de Jesus para sermos “pescadores de homens” continua ecoando no coração daqueles que amam e desejam viver para Ele.
Concluiremos nossa série de estudos mostrando que a comunhão eterna com Deus é a esperança que nos mobiliza a viver de modo santo e justo.
ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Professor(a), inicie a lição fazendo a seguinte pergunta: “O que você sabe a respeito da eternidade?”. Ouça os alunos com atenção e incentive a participação de todos. Em seguida mostre o esquema abaixo e analise com os alunos o que as Escrituras Sagradas dizem a respeito da eternidade.
A ETERNIDADE
• Há um lugar preparado para nós — Jo 14.2,3
• Não haverá limitações de ordem física — Jo 20.19,26
• Seremos semelhantes a Jesus — 1Jo 3.2
• Teremos novos corpos — 1Co 15
• Haverá um novo ambiente — Ap 21.1
• Teremos uma nova experiência em relação à presença de Deus — Ap 21.4
• Não haverá mais morte — Ap 21.4
TEXTO BÍBLICO
Apocalipse 21.1-5.
1 — E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.
2 — E eu, João, vi a Santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido.
3 — E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles e será o seu Deus.
4 — E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas.
5 — E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve, porque estas palavras são verdadeiras e fiéis.
COMENTÁRIO DA LIÇÃO
INTRODUÇÃO
O crente é uma pessoa que tem um compromisso com a construção de uma sociedade melhor, mesmo sabendo que a redenção da humanidade se concretizará apenas com o Reino de Cristo. Nossa esperança pelo Céu não inviabiliza nossos esforços em prol de um mundo mais justo e bom. Enquanto o Céu não chega, continuamos orando e trabalhando pela manifestação do Reino neste mundo, e esta, talvez, seja a nossa maior contribuição como Igreja.
I. A BOA ESPERANÇA
1. A esperança que destrói a angústia. Em um mundo onde o coração de muitos se encontra adoecido, Jesus declara aos seus discípulos que eles poderiam descansar em confiança e paz (Jo 14.1). As palavras de Jesus devem servir de grande alento a todos os corações atribulados. Onde deve estar o fundamento de nossa fé? Exclusivamente em Cristo Jesus. Nenhuma instituição, pessoa ou coisa, deve ocupar o lugar do Salvador em nosso ser. Fique claro ainda que, somente por meio da fé, podemos conhecer Jesus de Nazaré, logo, o busquemos em oração, adoração e louvor.
2. O caminho estreito que leva ao lugar de muitas moradas. Todas as visões proféticas sobre a vida eterna sempre apontam para o número dos salvos como multidões incontáveis (Ap 7.9-17). Na linguagem de Jesus em João 14.2, o lugar da morada do Pai tem espaço para acolher todos os seus filhos. É importante então compreendermos que, apesar da difícil jornada para o Céu (Mt 7.13,14) ser cheia de renúncias e confrontos pessoais (Lc 9.23.24), miríades de miríades, multidões incontáveis habitarão na morada do Pai. Celebremos, o inferno perdeu, viveremos eternamente com o Rei do Universo, em paz e contentamento eterno.
3. O melhor do Céu é Jesus. O que leva as pessoas a desejarem ir para o céu? Um relacionamento contínuo, edificante e amoroso com o Senhor Jesus é a razão de almejarmos o Céu. Viver com Jesus eternamente deve ser a razão de nossa fé cristã (Jo 14.3). Seremos conduzidos aos Céus para experimentarmos uma existência junto do Salvador, se alguém tem outra intenção quando se refere à vida eterna, certamente é um crente que não lê a Palavra de Deus.
SUBSÍDIO I
“No Antigo Testamento várias palavras hebraicas são traduzidas como ‘esperança’, ou ‘perspectiva’. Tanto no Antigo Testamento como no Novo Testamento o objeto da esperança de uma pessoa varia de acordo com os desejos humanos (Pv 13.12). O principal uso teológico do termo ‘esperança’ era o da confiança no sobrenatural, especificamente em Jeová como o Deus de Israel. Esta confiança estava às vezes relacionada à segurança contra inimigos (Sl 71.4,5), tentado, em um uso posterior à libertação no futuro dia do Senhor (Zc 9.12). Porém, de uma forma principal, a esperança dos israelitas piedosos era uma expectativa e confiança na bênção e provisão de Deus na vida presente. No Novo Testamento, a esperança do crente é Cristo (1Tm 1.1). Ela reside em Deus (Rm 15.13), que elegeu um povo e lhes deu esperança através do Evangelho.” (Dicionário Bíblico Wycliffe. Rio de Janeiro: CPAD, p.679).
PROFESSOR(A), “O Senhor Jesus Cristo é a figura central de toda a realidade cristã. Por isso, as verdades a seu respeito são centrais para o Cristianismo. A teologia que depreciar Cristo, preferindo a humanidade como centro, não poderá declarar, em última análise, a plenitude dos ensinos bíblicos. Jesus é o cumprimento de muitas profecias do Antigo Testamento e o autor dos ensinos do Novo. Os cristãos entendem que Ele é o Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo, bem como o Rei vindouro (Ap 13.8; 19.11-16). Devemos reconhecer, ser o conhecimento a respeito de Jesus Cristo igual e ao mesmo tempo diferente ao de outros assuntos. Como líder espiritual do Cristianismo, Jesus é o objeto do conhecimento e também da fé. Ele produz ainda, dentro de nós e mediante o Espírito Santo, conhecimentos espirituais” (NICHOLS, David R. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 19ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2018, p.301).
II. O CAMINHO PARA O CÉU
1. Conhecer o caminho, uma necessidade. Jesus adverte seus discípulos a respeito da necessidade de permanecerem no plano divino, sem desvios, rotas alternativas ou atalhos (Jo 14.4). Tomé questiona ao Mestre sobre o percurso a ser seguido (Jo 14.5). Jesus corrige imediatamente seu discípulo, e lhe orienta sobre a natureza cooperativa do Reino: O Filho coopera com o Pai, a humanidade coopera com Cristo, e todos viveremos juntos na eternidade. Existe um nível de responsabilização pessoal nesse percurso de unidade com Deus, cada um precisa ser consciente de sua entrega e do nível de comprometimento com a guerra contra o pecado e a aproximação contínua com Cristo (Rm 7.15-23).
2. Jesus, o caminho. João 14.6 é um dos textos mais conhecidos do Novo Testamento. A afirmação que Jesus é a vida, e esta expressão com o artigo definido “a Vida”, não se refere a qualquer vida, de uma mera subsistência biológica, mas da vida eterna. O Mestre não apenas conquistou e nos trouxe a vida eterna, Ele próprio é a síntese encarnada do Céu que veio até nós. Já a declaração de Jesus como a verdade nos esclarece que Ele revelou a totalidade dos conhecimentos divinos acessíveis a nós. Em Cristo nunca houve mentira, falácia, engano, apenas a verdade divina encarnada entre nós. Ao afirmar ser “o Caminho” Jesus assevera a toda humanidade que não existe relacionamento com o Pai que se inicie pronto, perfeito. Tudo em nossa história é processo, caminhada, percurso. Jesus como “o Caminho” nos lembra que devemos conhecer e prosseguir em adquirir sabedoria a respeito do Eterno diariamente (Os 6.3). A comunhão com Deus é uma longa jornada, composta de dores e angústias, mas sempre debaixo da graça e do amor. A conversão não é um pódio, mas uma largada, para quem ainda não entendeu a riqueza da glória do Senhor.
3. O acesso ao Pai. Não existe salvação sem comunhão. Quem deseja conhecer o Pai, assentado em glória, precisa se tornar amigo do Filho. Nosso futuro eterno, cujo objetivo central deve ser viver junto ao Pai, só se tornou possível de concretização através da mediação do sacrifício do Calvário. Não existem subterfúgios e “jeitinhos”. O Reino é de Deus, e só teremos acesso em virtude da mediação do Filho. Por isso, a religião não salvará ninguém, o farisaísmo também não. Estas jamais serão causas da tão grande salvação que nos transporta ao Reino do Filho. Jesus é o Caminho, a Porta (Jo 10.7), nosso guia, o fim da nossa fé (Hb 12.2).
SUBSÍDIO II
“João 14.1-3 — As palavras de Jesus indicam que o caminho para a vida eterna, ainda que não seja visível é seguro, tanto quanto a nossa confiança em Jesus. Ele já preparou o caminho para a vida eterna. A única coisa que ainda pode ser incerta é a nossa prontidão para crer. Há poucos versículos nas Escrituras que descrevem a vida eterna, mas são ricos em promessas. Aqui Jesus disse: ‘Vou preparar-vos lugar’ e ‘Virei outra vez e vos levarei para mim mesmo’. Podemos aguardar a vida eterna com grande expectativa, porque Jesus Cristo a prometeu a todo aquele que nEle crer. Apesar dos detalhes da eternidade nos serem desconhecidos, não precisamos temer, porque Jesus está preparando a eternidade para nós e a passaremos com Ele.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD. p.1448).
III. A NOVA VIDA NO CÉU
1. A nova estrutura de existência celeste. Precisamos lembrar de que o pecado não afetou apenas a humanidade, mas também a natureza como um todo (Gn 3.18). Por isso, como bem anunciou Paulo, a salvação conquistada na cruz não tem uma repercussão apenas sobre a humanidade carente de redenção, mas sobre toda a Terra (Rm 8.22,23).
O passado inteiro não será mais motivo de constrangimentos ou tristezas. No Céu, o contexto será de eterna alegria. A nova criação estabelecida pelo Altíssimo, não será apenas mais jovem, mas também qualitativamente melhor (v.5). O melhor aqui, neste caso, é aquilo que vem do alto, que já carregará consigo os plenos efeitos da operação da eternidade.
2. A nova condição de comunhão celeste. A pessoalidade da nossa relação com o Criador é aquilo que está destacado em Apocalipse 21.3. Sobre essa comunhão plena, as Escrituras falam de “véu rasgado” (Mc 15.38), ‘imagem direta, não refletida ou embaçada” (1Co 13.12), “sem véu no rosto” (2Co 3.15-18). A eternidade ao lado de Cristo, junto ao Pai Eterno e debaixo da bênção do bondoso Santo Espírito. Essa deve ser nossa única expectativa em relação aos céus.
3. A verdadeira vitória. Vitória mesmo é viver para sempre com Jesus (Ap 21.7). Tudo mais se torna insignificante quando se compara com a bênção da comunhão eterna. Enquanto a maioria das pessoas guerreiam por futilidades humanas ou ambições carnais, nossa verdadeira herança é o Senhor. Debater a respeito de galardões celestes, moradias ou status no mundo espiritual perde sentido quando comparamos com a certeza de que viveremos junto dEle, com Ele, por Ele, para Ele. Em resumo, nossa vida será um contínuo transbordamento divino, para a glória do Altíssimo viveremos para sempre com o Senhor em comunhão eterna com Ele.
SUBSÍDIO III
Professor(a) explique que a Nova Jerusalém é o retrato do futuro lar de Deus para seu povo. As 12 tribos de Israel (Ap 21.12) provavelmente representem todos os fiéis do Antigo Testamento; e os 12 apóstolos (Ap 21.14), a igreja. Assim, tanto os crentes gentios como os judeus que foram fiéis a Deus viverão juntos na nova terra.
As medidas da cidade retratam um lugar destinado a acomodar todo o povo de Deus. Essas medidas são múltiplas de 12, o número do povo de Deus: havia 12 tribos em Israel e 12 apóstolos que iniciaram à Igreja. A nova Jerusalém forma um cubo perfeito e tem o mesmo formato do Oráculo ou Santo dos santos do Templo (1Rs 6.20). Essas medidas ilustram que esse novo lar será perfeito para nós.” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Rio de Janeiro: CPAD. p.1832).
CONCLUSÃO
Muitas pessoas não conseguem compreender o que há de mais importante em ir para o céu, imaginam que é uma questão relativa ao lugar em que ficaremos, e isto é falso. Sem Deus, é possível sentir o inferno até no Éden, por isso, a maravilha do céu é uma vivência de comunhão eterna com o Senhor Jesus Cristo.
ESTANTE DO PROFESSOR
Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. Volume I. 7ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
HORA DA REVISÃO
1. Como devemos entender a expressão de Jesus: “Eu sou o caminho”?
Jesus como “o Caminho” lembra-nos que devemos conhecer e prosseguir em adquirir sabedoria sobre o Eterno diariamente.
2. Onde deve estar o fundamento de nossa fé?
Exclusivamente em Cristo Jesus.
3. A Afirmação “Ninguém vai ao Pai a não ser por mim” nos aponta o que com relação a nossa espiritualidade?
Que não será qualquer esforço humano que nos concederá acesso ao céu, mas tão somente a graça de Deus revelada na cruz do calvário. Farisaísmos e religiosidade para nada servem.
4. Qual é a verdadeira vitória?
É viver para sempre com Jesus.
5. De acordo com a lição, como será a nossa vida no Céu?
Será um contínuo transbordamento divino.
Fonte: Estudantes da Biblia