Lição 2: Missões Transculturais: A sua origem na natureza de Deus
Subsídio da Lição - O amor de Deus é a verdadeira motivação do crente para realizar a obra missionária.
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TEXTO ÁUREO
“Quanto a mim, eis o meu concerto contigo é, e serás o pai de uma multidão de nações.” (Gn 17.4).
VERDADE PRÁTICA
O amor de Deus é a verdadeira motivação do crente para realizar a obra missionária.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Hb 11.8
Chamado a ir para um lugar completamente desconhecido
Terça — Gl 3.8,16
O Senhor Jesus Cristo é o legítimo descendente de Abraão
Quarta — Gl 3.16; 4.4
A providência salvífica de Deus na história humana por meio de uma família
Quinta — Ef 1.7; Gl 3.13; 4.5
O plano redentor de Deus como atividade executada por meio de Jesus Cristo
Sexta — Gn 12.3
A natureza missionária de Deus na relação com a humanidade
Sábado — Mt 5.13-14
Igreja de Cristo — chamada para ser sal da terra e luz do mundo
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 12.1-3; 17.1-8.
Gênesis 12
1 — Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
2 — E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção.
3 — E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra.
Gênesis 17
1 — Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o Senhor a Abrão e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda em minha presença e sê perfeito.
2 — E porei o meu concerto entre mim e ti e te multiplicarei grandissimamente.
3 — Então, caiu Abrão sobre o seu rosto, e falou Deus com ele, dizendo:
4 — Quanto a mim, eis o meu concerto contigo é, e serás o pai de uma multidão de nações.
5 — E não se chamará mais o teu nome Abrão, mas Abraão será o teu nome; porque por pai da multidão de nações te tenho posto.
6 — E te farei frutificar grandissimamente e de ti farei nações, e reis sairão de ti.
7 — E estabelecerei o meu concerto entre mim e ti e a tua semente depois de ti em suas gerações, por concerto perpétuo, para te ser a ti por Deus e à tua semente depois de ti.
8 — E te darei a ti e à tua semente depois de ti a terra de tuas peregrinações, toda a terra de Canaã em perpétua possessão, e ser-lhes-ei o seu Deus.
HINOS SUGERIDOS
49, 459 e 545 da Harpa Cristã.
PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Nesta lição, vamos estudar o desafio missionário de apresentar o Evangelho a outras culturas. Para isso, vamos analisar como Deus se revela nas Escrituras a partir da escolha de uma família para alcançar todas as famílias da Terra. Perceberemos que todo esse movimento transcultural da missão cristã está fundamentando na natureza amorosa do Deus Pai. O que motiva(a) um missionário(a) a atravessar culturas para apresentar o Evangelho de Cristo é o amor de Deus por meio da entrega de seu único Filho, Jesus Cristo.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Explicar a natureza missionária de Deus; II) Enfatizar o amor de Deus como princípio fundamental da Redenção; III) Estabelecer a visão bíblica transcultural da Missão.
B) Motivação: A maneira como vemos Deus se revelar em sua Palavra nos permite afirmar que Deus se relaciona com o ser humano. Dessa forma, a Missão Transcultural é uma obra de relacionamento, num primeiro momento, com o desconhecido. Isso requer empatia, boa vontade e muito amor de Deus derramado no coração do missionário. Só é possível fazer missões transculturais tendo como fundamento o amor de Deus.
C) Sugestão de Método: Ao introduzir o segundo tópico, pergunte a classe como ela vê o amor como fundamento da Missão Transcultural. Deixe-a expor a opinião. Em seguida, de acordo com o tópico da lição, mostre que o amor de Deus é o fundamento da redenção da humanidade por meio de Cristo Jesus e é isso que constitui a base toda dinâmica das Missões Transculturais. Nesse sentido, o trabalho missionário é a vivência do amor divino como relação dinâmica, ativa e de sacrifício que pode reunir muitas outras forças para um propósito.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Nesta lição, todos somos convidados a refletir a respeito da natureza missionária de Deus por meio de seu amor. Por esse amor, todos fomos alcançados. É por esse amor que, também, somos exortados a alcançar pessoas que ainda não tiveram um encontro com Deus.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão. Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios de apoio à Lições Bíblicas Adultos. Na edição 95, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará auxílios que darão suporte na preparação de sua aula: 1) O texto “Deus Pai como Missionário”, localizado depois do primeiro tópico, aprofunda a reflexão a respeito da natureza missionária de Deus; 2) O texto “Deus Espírito Santo como Missionário”, ao final do tópico três, amplia a reflexão de Deus como o modelo missionário da Igreja.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A palavra “transcultural” traz a ideia de um missionário que transpõe as barreiras da cultura de um povo, ou civilização, para apresentar o amor de Deus. Isso implica interação com todos os grupos étnicos da Terra, com os diferentes aspectos da vida das pessoas. Na lição desta semana, veremos que Deus escolheu uma família para, por meio dela, alcançar todas as famílias da Terra. Esse processo se deu por Abraão, sua família, a nação de Israel, a pessoa de Jesus e, finalmente, a Igreja. Assim, contemplaremos a natureza missionária de Deus, bem como o caráter do seu amor como a base de toda a prática missionária dos cristãos.
Palavra-Chave:
TRANSCULTURAL
I. A NATUREZA MISSIONÁRIA DE DEUS
1. A natureza missionária de Deus no chamado de Abrão (Gn 12.1-3). A expressão “Sai-te da tua terra” revela uma ordem e um chamado de Deus para Abrão ir a um lugar que, a princípio, ele não conhecia (Hb 11.8). Junto com essa ordem, veio uma promessa: “em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3). Essa promessa diz respeito a uma bênção espiritual para o mundo por meio da descendência de Abraão. Nesse sentido, o apóstolo Paulo escreve que essa bênção refere-se ao Evangelho revelado em nosso Senhor Jesus Cristo, o descendente legítimo de Abraão (Gl 3.8,16). Assim, a partir de uma família, Deus providenciou a salvação para o mundo inteiro (Gl 3.16; 4.4). Por isso, podemos afirmar que a origem das Missões Transculturais está intrinsicamente relacionada com a natureza missionária de Deus.
2. A missão como atividade de Deus no mundo. Para conhecermos a missão como atividade de Deus no mundo é preciso voltar à revelação especial que o próprio Deus fez na sua Palavra. O capítulo 17 de Gênesis nos mostra o Deus soberano e excelso que se relaciona com um ser humano limitado (Gn 17.1). Ele tem tanto zelo pela sua promessa que trocou o nome de Abrão para Abraão a fim de reafirmar a sua aliança, que transcenderia ao cumprimento geográfico da promessa (Gn 12.1 cf. 17.5,8). Aqui, fica clara a Missão como a atividade de Deus no mundo. Ele mesmo, e não outro, é o maior protagonista das atividades missionárias. Deus age no mundo pela sua graça a fim de reconciliá-lo consigo mesmo (2Co 5.19). Por isso, o nosso maior modelo missionário é o próprio Deus.
3. O nosso modelo missionário. O modelo missionário básico de que dispomos para a Igreja na atualidade não se fundamenta em figuras ilustres da história da Igreja, nem em projetos contemporâneos de pessoas com feitos notáveis. Certamente que os modelos de hoje e os do passado merecem nossa atenção a fim de ampliar nossa visão missionária, principalmente, na aplicação das missões transculturais.
Contudo, nosso principal modelo de Missões revela-se no próprio Deus, cuja natureza missionária nos é demonstrada no Antigo Testamento (Gn 3.9; Is 55.4).
SINOPSE I
Deus é o modelo missionário da Igreja que pode ser observado a partir da eleição de uma família para alcançar todas as famílias da terra.
AUXÍLIO MISSIOLÓGICO
“DEUS PAI COMO MISSIONÁRIO
A colocação de nosso Senhor, no poço de Jacó, em Samaria, de que Deus é Espírito (Jo 4.24), é muito interessante. Pouco tempo depois, João acrescentou, através da revelação do Espírito Santo, que Deus também é luz e amor (1Jo 1.5; 4.8,16). Não importa o que mais essas caracterizações misteriosas e profundas possam indicar, elas certamente implicam que Deus é um Deus amigo. Sua natureza interior não é antissocial. Enquanto que a Bíblia declara a ‘diversidade’ de Deus — sua santidade — ela ensina com igual ênfase que Deus é um Deus de relacionamentos. Ele é o Deus vivo, não o absoluto impessoal de Aristóteles ou o Deus isolado do judaísmo recente. Ele tão pouco é o Brahma neutro do hinduísmo ou o deus ausente do deísmo. Ele é o Deus e o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Ele é o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, o Deus de Jacó, o Deus de Moisés, o Deus de Israel. Ele é nosso Pai. ‘Porque sou o Senhor, teu Deus, o Santo de Israel, teu Salvador […] o Criador de Israel, vosso Rei’ (Is 43.3-15). Tais passagens podem ser grandemente multiplicadas tanto a partir do Antigo como do Novo Testamento” (PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, pp.70,71).
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
“DEUS É AMOR.
[…] O fato de que Deus é amor é revelado apenas na Bíblia. O amor divino é a qualidade dinâmica e estimulante pela qual Deus deixa a si mesmo e pela qual Ele se relaciona em toda a sua suficiência e beneficência com sua criação. Seu amor o motiva eternamente a se comunicar e participar com o objeto de seu relacionamento.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a obra Teologia Bíblica de Missões, editada pela CPAD, p.73.
II. AMOR DE DEUS: O PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA HISTÓRIA DA REDENÇÃO
1. O amor de Deus. A Bíblia mostra que Deus é amor (1Jo 4.8,16). No Antigo Testamento vemos o seu amor no relacionamento com todos os homens (Dt 33.3). Também contemplamos esse amor na escolha de Deus por Israel (Dt 7.7; Os 11.1; Ml 1.2) e em seu relacionamento com esse povo num processo de renovação de alianças em que sua misericórdia e benignidade são reveladas (Dt 7.9; Is 54.5-10). No Novo Testamento, esse amor de Deus por todas as criaturas é afirmado e ampliado (Jo 3.16). O Altíssimo é revelado como amoroso, pois Ele mesmo é o amor (1Jo 4.8,16) e este, por sua vez, é a sua própria essência. Portanto, o amor é a base de todo o plano de redenção revelado na Palavra de Deus.
2. A Redenção no Antigo Testamento. Redenção significa livrar o escravo de sua escravidão com base no pagamento de um preço por um redentor. Esse é o conceito básico para a visão bíblica da salvação. No Antigo Testamento, a redenção está associada à vida familiar, social e nacional de Israel nos seguintes aspectos: a) resgate para libertação de um escravo (Lv 25.48-55); b) recuperação de um campo (Lv 25.23-34); c) resgate de um macho primogênito (Êx 13.12-16); d) resgate de alguém que seria condenado à morte (Êx 21.28-36). Além disso, a Bíblia mostra também Deus agindo de forma redentora em favor do homem: a) quando Jacó invoca: “o Anjo que me livrou de todo o mal” (Gn 48.15,16); b) quando Deus declara a intenção de livrar Israel da servidão do Egito, dizendo: “Vos resgatarei com braço estendido” (Êx 6.6).
3. A Redenção no Novo Testamento. No Novo Testamento, a redenção é estritamente uma atividade divina que é realizada por meio de Jesus Cristo (Ef 1.7; Gl 3.13; 4.5). Nesse caso, a remissão do pecador é assegurada com base no preço do resgate pago a Deus Pai por Jesus Cristo em sua morte na cruz (Tt 2.14; Hb 9.12; 1Pe 1.18,19) cuja obra redentora é declarada no Novo Testamento (Hb 9.25-28). No entanto, a experiência de redenção só estará completa e consumada na segunda vinda de Cristo, por ocasião da glorificação final do crente (Lc 21.28; Rm 8.23; Ef 1.14). Portanto, o plano de redenção do pecador é o glorioso anúncio da obra missionária que está fundamentada no amor de Deus.
SINOPSE II
O amor de Deus é o princípio fundamental da história da redenção e, por isso, é o fundamento das Missões Transculturais.
III. VISÃO BÍBLICA DO CARÁTER TRANSCULTURAL DA MISSÃO
1. Um Deus Missionário. O Antigo Testamento revela um Deus missionário. No livro de Gênesis, Deus trata não somente com uma nação específica, mas com toda a humanidade: a) A queda do homem (Gn 3.15); b) O dilúvio (Gn 6.13); c) A eleição de um povo para abençoar a todos os demais, após a Torre de Babel (Gn 12.3). Nesses textos, a falha do homem está caracterizada, bem como o juízo de Deus e a sua promessa. Assim, o Deus missionário estabeleceu uma estratégia de abençoar a todos os povos por meio de Abraão: “E abençoarei os que te abençoarem […] e em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.3).
2. A escolha de Israel e sua missão. Por meio de Abraão e sua fé, Deus escolheu Israel para ser um povo especial ao longo da história; para que participasse de modo especial do seu plano de redimir toda a humanidade. Ao estabelecer um relacionamento vertical e correto com Deus, Israel seria o exemplo para as demais nações. Era desejo do Altíssimo que Israel se distinguisse dos outros povos como sua joia preciosa. Ele queria que a santidade de Israel, como exemplo vivo do poder e de sua graça, atraísse o restante das nações. Entretanto, Israel fracassou nesse propósito. A promessa estabelecida em Gênesis 17.8 foi invalidada pela apostasia e infidelidade da nação (Is 24.5; Jr 31.32). Por isso, Israel foi levado para o exílio na Assíria (2Rs 17), enquanto Judá, posteriormente, foi levada para o cativeiro em Babilônia (2Rs 25; 2Cr 36).
3. A escolha da Igreja. O Senhor Deus sempre desejou que os gentios fossem levados à luz. A salvação por meio de Cristo é o cumprimento divino da promessa dada a Abraão de abençoar todas as famílias da Terra. Embora Israel tenha fracassado em seu ministério intercultural, Deus transferiu esse ministério missionário aos filhos do Novo Testamento — a Igreja de Deus. Essa Igreja herdou uma incumbência divina, sendo chamada a participar com Deus na evangelização do mundo. Por isso, fomos chamados para ser sal da terra e luz do mundo (Mt 5.13-14).
SINOPSE III
A missão transcultural da Igreja está fundamentada no caráter missionário de Deus.
AUXÍLIO MISSIOLÓGICO
“DEUS ESPÍRITO SANTO COMO MISSIONÁRIO
O Espírito Santo é a presença de Deus no mundo. Ele é um membro da Trindade que vai aonde lhe é destinado. Ao compartilhar com o Pai e o Filho os aspectos qualitativos de personalidade, divindade e infinitude, Ele, também, é ‘luz e amor’. Ainda assim, raramente a doutrina do Espírito Santo é relacionada a missões mundiais, embora esse pareça ser o principal ímpeto da operação do Espírito de acordo com as Escrituras. O grande livro de Harry Boer, Pentecost and Missions (Pentecostes e missões), portanto, não é apenas bem-vindo, mas muito necessário. Ele harmoniza um tanto a questão, embora o livro seja totalmente desconsiderado pelos teólogos de hoje. As duas principais emanações redentoras de Deus são a encarnação de nosso Senhor Jesus Cristo e Pentecostes, a vinda do Espírito Santo. Há, porém, um ministério pré-pentecostes e um ministério pós-pentecostes do Espírito Santo. O ministério pré-pentecostes é totalmente exposto no Antigo Testamento e nos Evangelhos, enquanto que o ministério pós-pentecostes relaciona-se em particular a missões mundiais. Podemos falar disso como o ministério geral ou universal do Espírito Santo, tendo em mente que o Espírito Santo é a presença de Deus e é onipresente. Como tal, Ele está em operação no universo humano” (PETERS, George W. Teologia Bíblica de Missões. 1ª Edição. Rio de Janeiro: CPAD, 2000, pp.92,93).
CONCLUSÃO
Vimos a natureza missionária de Deus desde o início da Bíblia. A partir de uma família, Deus planejou a salvação para a toda a humanidade. Isso revela que o plano redentor de Deus está fundamentado no seu excelso e glorioso amor pelo mundo todo (Jo 3.16). É esse amor que estimula a Igreja de Cristo levar a sério a obra missionária até que o Senhor Jesus volte. Deus não desistiu do pecador. Por isso, Ele conta conosco, pois é a sua vontade “que todos os homens se salvem” (1Tm 2.4).
REVISANDO O CONTEÚDO
1. O que o apóstolo Paulo escreve a respeito da bênção de Abraão?
O apóstolo Paulo escreve que essa bênção refere-se ao Evangelho revelado em nosso Senhor Jesus Cristo, o descendente legítimo de Abraão (Gl 3.8,16).
2. Segundo a lição, por que Deus é o nosso maior modelo missionário?
Ele mesmo, e não outro, é o maior protagonista das atividades missionárias. Deus age no mundo pela sua graça a fim de reconciliá-lo consigo mesmo (2Co 5.19). Por isso, o nosso maior o modelo missionário é o próprio Deus.
3. O que significa redenção?
Redenção significa livrar o escravo de sua escravidão com base no pagamento de um preço por um redentor.
4. Quando que a experiência de redenção do crente estará completa e consumada?
A experiência de redenção só estará completa e consumada na segunda vinda de Cristo, por ocasião da glorificação final do crente (Lc 21.28; Rm 8.23; Ef 1.14).
5. Para quem Deus transferiu o ministério missionário?
Deus transferiu esse ministério missionário aos filhos do Novo Testamento — a Igreja de Deus.
SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO
MISSÕES TRANSCULTURAIS: A SUA ORIGEM NA NATUREZA DE DEUS
Amigo(a) professora(a), a paz do Senhor. Nesta lição, veremos que a finalidade da missão transcultural é inerente à natureza divina. Houve um tempo em que a rebeldia e o orgulho da humanidade deram lugar à tentativa de estabelecer uma união política centralizadora no mundo antigo. Na ambição de estabelecer o próprio domínio à parte de Deus, a humanidade em Sinar projetou edificar uma cidade com uma torre, a torre de Babel (Gn 11.1-9). Mas Deus frustrou os desígnios daqueles homens pela confusão das línguas, que espalhou a todos pelo mundo, formando, assim, novas línguas, etnias e povos que se diversificaram pela Terra.
Em Abraão, Deus promete reunir em um só povo os moradores da Terra com o fim de adorá-lo e servi-lo em santidade (Gn 12.1-3). Note que o propósito de Deus nunca foi separar os povos com o fim de desuni-los ou criar animosidade entre as nações. No entanto, a cisão se deu em decorrência do pecado que dominou o coração dos homens e os levou a praticar idolatrias, feitiçarias e outras formas de pecado que os levaram cada vez mais para longe de Deus. George W. Peters, na obra Teologia Bíblica de Missões (CPAD, 2000), declara: “Observamos o mesmo princípio operado na vida e história de Abraão e, posteriormente, em Israel, em sua libertação do Egito. A iniciativa encontra-se em Deus. A salvação se originou no coração e no plano de Deus, e foi realizada pelo braço do Todo-Poderoso. […]. No Antigo Testamento, Deus é conhecido como o ‘Deus da salvação’. O humanismo é uma filosofia separada da Bíblia que não encontra lugar na revelação. As declarações são numerosas e específicas e as demonstrações são convincentes quanto à salvação do homem se originar em Deus e nunca no homem. Dessa forma, toda a honra é de Deus. Ele é o Deus de nossa salvação” (pp.78,79).
O Evangelho de Cristo é o método definido por Deus para trazer a humanidade de volta à comunhão com Ele. Dessa vez, não há mais uma cidade edificada com base no orgulho humano, mas uma cidade onde reina a paz, a justiça e a bondade (Hb 11.10), a qual o próprio Jesus prometeu (Jo 14.2,3). A proatividade pela reconciliação nasce no coração de Deus. A expressão sincera de Jesus ao declarar que preparará um lugar para Seus discípulos estarem com Ele endossa a vontade do Pai de estar com Seus filhos em plena comunhão.
Fonte: Estudantes da Bíblia[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]