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Maioria das nações apoia Israel na guerra contra o Hamas

Nações se posicionam diante do novo cenário no xadrez político do Oriente Médio, em nome da paz.

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Bandeiras de Israel. (Foto representativa: Pxhere)

O conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas acrescentou mais um capítulo sangrento na história que narra o jogo complexo no xadrez político do Oriente Médio.

Haverá uma redefinição da geopolítica mundial? Os líderes de Estado dizem que sim. O ataque inesperado contra Israel, no sábado (7) a partir da Faixa de Gaza e que matou centenas de civis dos dois lados chamou a atenção do mundo.

O que está em jogo? Não se trata de apoiar Israel ou Palestina, mas de combater o terrorismo. Diante das atrocidades cometidas pelo Hamas, várias nações estão se posicionando. Confira aqui:

Estados Unidos

O Presidente dos EUA, Joe Biden, garantiu que o apoio de Washington é “sólido como uma rocha”. Conforme o Euronews, Biden advertiu contra as entidades hostis a Israel que vão querer tirar partido da situação.

“Neste momento de tragédia, quero dizer aos terroristas de todo o mundo que os EUA estão com Israel e nunca deixaremos de apoiar Israel”, disse o presidente norte-americano.

O Secretário de Estado, Antony Blinken, esforça-se por encontrar uma solução diplomática, tendo mantido conversações com o líder palestiniano Mahmud Abbas e com altos funcionários egípcios.

União Europeia

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, classificou as ações do Hamas como “terrorismo na forma mais desprezível”.

“O terrorismo e a violência não resolvem nada”, afirmou o chefe da política externa da UE, Josep Borrell.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, entrou em contato com autoridades israelitas e a Autoridade Palestiniana na Cisjordânia. Todos os países europeus consideram o Hamas “terrorista” e defendem o direito de autodefesa de Israel.

Os 27 países que compõem a União Europeia são: Áustria, Bélgica, Bulgária, Croácia, Chipre, República Tcheca, Dinamarca, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Polônia, Portugal, Romênia, Eslováquia, Eslovênia, Espanha e Suécia.

Egito

É um dos países com maior importância para a relação entre Israel e Gaza por conta de sua posição estratégica. O Egito faz fronteira com o sul da Faixa de Gaza e controla quem atravessa as fronteiras.

Apesar do histórico de relações estremecidas com os israelenses, o Egito foi o primeiro do mundo árabe a assinar um acordo de paz com Israel, em 1970, conforme o G1. Em 2021, líderes dos dois países se reuniram pela primeira vez em 40 anos.

E, na segunda-feira (9), o governo egípcio condenou os ataques do Hamas e disse esperar que “a voz da razão prevaleça”. Em comunicado, o Ministério Egípcio das Relações Exteriores pediu “tanto aos palestinos quanto aos israelenses que mostrem a máxima moderação” e alertou contra “o grave perigo da escalada em curso”.

Rússia

Até o momento, a Rússia não manifestou apoio a Israel nem condenou o Hamas. Moscou apelou a ambas as partes para que ponham termo à violência. Ao contrário da maioria dos países ocidentais, a Rússia não considera o Hamas um grupo terrorista e mantém contatos diplomáticos com o movimento.

Ucrânia

Já Kiev jogou claramente do lado do tabuleiro geopolítico que lhe corresponde atualmente. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, outro forte aliado dos EUA e de Israel, condenou o que chamou de ataque terrorista e disse que Israel tem todo o direito de se defender.

Arábia Saudita

Aliada histórica da causa palestina, o governo saudita disse nesta segunda-feira (9) que “continuará a apoiar os palestinos e não poupará esforços para restaurar a calma e a estabilidade nos Territórios Palestinos”.

Porém, recentemente, a Arábia Saudita tem ensaiado uma aproximação com Israel. Com intermediação dos EUA, o governo do país, uma monarquia absoluta e islâmica, vinha dialogando com Tel Aviv para a normalização da relação entre os dois países. O ataque do Hamas e a posterior guerra declarada por Israel deve paralisar esse diálogo.

Catar

Outro país árabe estratégico para os dois lados, o Catar tenta assumir o papel de mediador. O governo do país também condenou os ataques, mas disse nesta segunda-feira (9) estar mediando uma tentativa de negociação para a libertação de mulheres e crianças dos dois lados.

Turquia

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, alertou Israel contra um bombardeio “indiscriminado” a civis na Faixa de Gaza e disse que “bombardear coletiva e indiscriminadamente apenas aumentará o sofrimento e reforçará a espiral de violência na região.

Esse foi o recado dado por Erdogan ao presidente israelense, Isaac Herzog, por telefone, segundo um comunicado da Presidência turca. O líder turco, que apoia a causa palestina e defende uma solução de dois Estados para resolver o conflito israelense-palestino, também pediu que os palestinos parem de perseguir os israelenses.

“Pedimos a Israel que pare de bombardear o território palestino e aos palestinos que parem de cercar os israelenses”, acrescentou Erdogan, em uma declaração transmitida pela TV.

Líbano

Também considerado adversário histórico de Israel, com quem já travou guerras no passado, o Líbano é um dos principais atores no conflito. Isso porque, desde o início desta segunda-feira (9), foguetes vêm sendo disparados do sul do país em direção a Israel, com quem faz fronteira. O Hezbollah, grupo terrorista libanês, reivindicou os ataques e disse ter sido um ato de apoio ao Hamas.

Mas o governo do Líbano disse não apoiar os ataques — até porque o país, que enfrenta uma de suas piores crises econômicas, não conseguiria arcar com os custos de uma nova guerra.

Irã

Há meses, o governo de Israel vem acusando Teerã por financiar o grupo terrorista Hamas. Numa megaoperação feita em julho, na Cisjordânia, o governo israelense alegou estar em busca de armas fornecidas pelo Irã e escondidas em bunkers no campo de refugiados local.

Irã é um dos principais adversários de Israel no atual quadro geopolítico e claramente não condenou os ataques do Hamas. Pelo contrário, no domingo (7), o presidente do país, Ebrahim Raisi, afirmou que “apoia a legítima defesa da nação palestina”.

China

Outro grande ator no novo xadrez geopolítico e alinhado à Rússia no conflito da Ucrânia, a China também vem buscando não se envolver diretamente com nenhuma das partes.

Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês disse que “se opõe à violência e aos ataques”, sem especificar de qual parte.

“O caminho certo a seguir é implementar uma solução de dois Estados”, disse o porta-voz Mao Ning. Mas Tel Aviv não gostou da posição “em cima do muro” de um país “que vê como seu amigo”, nas palavras do embaixador de Israel em Pequim, Yuval Waks.

Waks exigiu uma condenação mais forte ao Hamas por parte do governo chinês: “Quando pessoas estão sendo assassinadas, massacradas nas ruas, este não é o momento de apelar a uma solução de dois Estados”, disse.

Índia

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, declarou-se “profundamente comovido pelos ataques terroristas contra Israel” e se disse chocado com as notícias. “Nossos pensamentos e orações estão com as vítimas inocentes e suas famílias. Somos solidários com Israel neste momento difícil”.

Reino Unido

“Israel tem o direito absoluto de se defender”, disse o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak. Londres “sempre apoiará o direito de Israel a se defender”, afirmou a diplomacia britânica.

Espanha

A Espanha expressou sua indignação com a “violência cega” dos atentados terroristas do Hamas contra Israel, de acordo com o ministro das Relações Exteriores, José Manuel Albares.

Brasil

O Brasil também “condenou os ataques contra civis” e reiterou “seu compromisso com a solução de dois Estados, com um Estado Palestino economicamente viável, convivendo em paz e segurança com Israel, dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas”.

A forte polarização da política brasileira, no entanto, divide a sociedade que confunde a guerra contra o grupo terrorista com a causa palestina. Vale lembrar que, no governo anterior, a posição histórica do Brasil de equilíbrio no conflito foi alterada temporariamente.

“O Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito, inclusive no exercício da Presidência do Conselho de Segurança da ONU”, disse o presidente que não considera o Hamas como um grupo terrorista.

FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO G1 E CNN

 

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