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Quem Escreveu o Livro de Mateus?


A tradição cristã afirma que quem escreveu o livro de Mateus foi o apóstolo de Jesus identificado na Bíblia por esse mesmo nome ou pelo nome Levi. Antes de ter sido escolhido para fazer parte do grupo dos discípulos mais próximos de Jesus, o autor do livro de Mateus trabalhava como publicano. Os publicanos eram coletores de impostos a serviço dos interesses romanos, e por esse motivo frequentemente eram desprezados pelos judeus que os enxergavam como traidores.

A autoria de Mateus tem sido amplamente aceita desde pelo menos o segundo século depois de Cristo. Inclusive, as cópias mais antigas desse livro trazem a inscrição “Evangelho segundo Mateus”. No entanto, há estudiosos que levantam objeções ao entendimento de que foi o apóstolo Mateus quem escreveu o primeiro evangelho do Novo Testamento.

Quem escreveu o livro de Mateus não foi o apóstolo de Jesus?

Embora a autoria de Mateus não tenha sido contestada seriamente durante maior parte da história cristã, alguns estudiosos liberais modernos questionam a ideia de que Mateus seja mesmo o autor do primeiro evangelho. Para esses eruditos, o Evangelho de Mateus supostamente teria sido escrito por um cristão anônimo do final do século 1 d.C., ou por um grupo de escritores. Geralmente os argumentos contra a autoria de Mateus são especulativos. Por exemplo:

  • Questões linguísticas: a referência mais antiga a respeito da autoria de Mateus, parece ter sido feita por Papias no século 2 d.C. De acordo com Eusébio, um historiador da Igreja do século 4 d.C., Papias assegurava que Mateus havia organizado oráculos sobre Jesus e feito a composição do seu livro em dialeto hebraico (ou aramaico). No entanto, o livro canônico de Mateus está em grego, e não parece ser uma tradução direta a partir do hebraico ou do aramaico.
  • Dependência de Marcos: a poucas dúvidas de que o livro de Mateus usou em grande parte como fonte o Evangelho segundo Marcos. Então, eruditos modernos questionam o fato de um apóstolo, que foi testemunha ocular dos eventos narrados, ter usado como base a obra de outro autor.
  • Composição tardia: geralmente os críticos da autoria de Mateus alegam que o primeiro evangelho deve ter sido escrito depois da destruição de Jerusalém em 70 d.C. Isso porque a obra de Mateus aborda a queda de Jerusalém, além de fazer uso do termo “rabi” que supostamente não era usado antes de 70 d.C. Os estudiosos adeptos dessa posição também alegam que o livro de Mateus traz uma cristologia e uma teologia trinitária muito desenvolvidas para uma data anterior a 70 d.C.

O apóstolo Mateus escreveu o primeiro evangelho

É verdade que os quatro evangelhos são anônimos, ou seja, em nenhum deles há qualquer identificação direta do próprio autor. Então, de fato seria possível o autor de um determinado evangelho não ser a mesma pessoa cujo nome foi usado para intitulá-lo. Por outro lado, os argumentos contrários a autoria de Mateus são facilmente refutáveis, enquanto também há toda uma tradição bem documentada que recua desde a Igreja Primitiva em favor da posição de que Mateus foi quem escreveu o primeiro evangelho.

Em primeiro lugar, o fato de Papias ter falado que Mateus organizou os oráculos sobre Jesus em língua hebraica ou aramaica, enquanto o evangelho canônico parece ter sido escrito originalmente em grego, não pode ser usado como uma evidência importante contra a autoria de Mateus. Isso porque Mateus pode muito bem ter escrito sua obra tanto em hebraico ou aramaico como em grego. Como um ex-publicano na Galileia, provavelmente Mateus tinha domínio do aramaico, do grego e até do latim, e era qualificado para escrever em múltiplos idiomas. Inclusive, ele pode ter traduzido sua própria obra para o grego de uma forma mais livre e expandida, dando a impressão de não ser uma tradução. Isso era uma prática comum entre os escritores antigos daquela região.

Outra possibilidade é a de que Papias não se referiu, especificamente, ao fato de Mateus ter escrito em um “idioma semita”, mas em um “estilo semita”. Embora o evangelho canônico não pareça ser uma tradução, mas uma obra originalmente escrita em grego, ainda assim suas características literárias trazem diversos paralelismos e abordagens comuns da escrita semítica.

Em segundo lugar, a alegada dependência do Evangelho de Marcos também não deve ser um problema. Sim, Mateus foi uma testemunha ocular dos eventos narrados em seu evangelho. No entanto, quando se entende que Marcos provavelmente escreveu a partir do testemunho do apóstolo Pedro, então a obra de Marcos obviamente seria útil também a Mateus na organização de seu próprio livro.

Em terceiro lugar, não há argumentos realmente sérios para que se defenda a autoria tardia do livro de Mateus. Dizer que Mateus escreveu após 70 d.C. porque sua obra aborda a destruição de Jerusalém predita pelo Senhor Jesus, ou traz uma teologia trinitária e cristológica muito elaborada para o seu tempo, simplesmente não passa de ceticismo a respeito do caráter sobrenatural e inspirado da revelação divina. Além do mais, as epístolas do apóstolo Paulo trazem abordagens doutrinárias cristológicas e trinitárias bem aprofundadas, e todas elas foram escritas antes de 70 d.C.

Da mesma forma, dizer que jamais o título “rabi” foi usado antes de 70 d.C., é algo que carece de comprovação. Outra evidência interessante que contesta esse argumento da composição tardia, é a maneira como os saduceus são citados no livro de Mateus. Seria estranho Mateus trazer advertências contra os saduceus após 70 d.C., pois nessa época esse grupo já havia praticamente desaparecido por completo.

Por fim, se Mateus não foi o autor dessa obra, por que alguém atribuiria o evangelho a um ex-publicano? Os publicanos eram naturalmente impopulares e marginalizados. Isso quer dizer que se um escritor anônimo escreveu esse livro e desejou relacioná-lo ao nome de um dos apóstolos, obviamente haveria outros nomes entre o grupo dos doze apóstolos de Jesus que poderiam ter uma aceitação mais fácil entre os seus leitores. Portanto, se desde muito cedo na história da Igreja a autoria do primeiro evangelho foi atribuída a Mateus, certamente é porque sempre houve uma verdade concreta nessa atribuição.

Daniel Conegero

Fonte: estiloadoracao

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