Subsidio Lição 1 : O Verbo que se tornou em carne

Subsidio Lição 1 : O Verbo que se tornou em carne | EBD Adulto | 2º Trimestre 2025
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Subsidio Lição 1 : O Verbo que se tornou em carne | EBD Adulto | 2º Trimestre 2025

TEXTO ÁUREO

“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” (Jo 1.14)

VERDADE PRÁTICA

O Verbo de Deus inseriu-se na história, assumindo a forma de homem para redimir os pecadores.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

João 1.1-14

INTRODUÇÃO

Neste trimestre, vamos estudar o Evangelho de João. Em comparação com os outros três Evangelhos (Mateus, Marcos e Lucas), o de João destaca-se especialmente por centrar-se no ministério de Jesus em Jerusalém. O autor deste Evangelho, o apóstolo João, redigiu este valioso documento com a intenção de revelar a singularidade da natureza divina do nosso Senhor e, ao mesmo tempo, encorajar a fé dos seus discípulos. Que possamos também ser fortalecidos e inspirados na nossa fé em Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador.

PALAVRA-CHAVE

Encarnação

A Bíblia Da Criança | Pé Da Letra
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I – O EVANGELHO DE JOÃO

1. Autoria e data.

O apóstolo João é o autor do Evangelho que leva o seu nome. A confirmação da sua autoria encontra-se no próprio texto (Jo 21.20,24) e também nos escritos dos denominados Pais da Igreja. Admite-se que tenha sido escrito entre os anos 80 e 90 d.C. De acordo com estudiosos, o Evangelho de João apresenta uma doutrina genuína sobre a divindade de Jesus Cristo. Assim, as expressões “Verbo Divino” e “a Palavra que se fez Carne” são de grande importância neste quarto Evangelho.

O Evangelho segundo João é atribuído ao apóstolo João, um dos doze discípulos de Jesus e aquele que se identificava como “o discípulo amado” (Jo 21.20,24). A confirmação dessa autoria não vem apenas do próprio texto, mas também dos escritos dos primeiros cristãos, conhecidos como Pais da Igreja. Autores como Irineu de Lião e Clemente de Alexandria mencionam João como o responsável por essa narrativa singular sobre a vida e o ministério de Cristo.

Quanto à data de composição, os estudiosos sugerem que João escreveu o Evangelho entre os anos 80 e 90 d.C., provavelmente em Éfeso, onde viveu por muitos anos e exerceu grande influência sobre a Igreja.

Diferente dos Evangelhos Sinópticos (Mateus, Marcos e Lucas), que enfatizam a obra e os ensinamentos de Jesus de forma mais narrativa, o Evangelho de João se aprofunda em questões teológicas, apresentando com clareza a divindade de Cristo.

Desde o primeiro capítulo, João exalta a natureza divina de Jesus ao chamá-lo de “Verbo” (Jo 1.1), termo que significa a Palavra de Deus manifestada. A afirmação “o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1.14) é uma das declarações mais poderosas sobre a encarnação de Cristo. Esse Evangelho, portanto, não apenas registra os sinais e ensinamentos de Jesus, mas também revela sua identidade como Deus encarnado, oferecendo uma base sólida para a fé cristã.

2. O propósito do Evangelho.

O Evangelho de João tem como um de seus propósitos levar o leitor a crer que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e, ao crer, encontrar a vida em seu nome (Jo 20.31). Não é por acaso que os especialistas referem-se à primeira parte do primeiro capítulo como “o prólogo de João”, ou seja, a “apresentação” desse Evangelho (Jo 1.1-14). Neste trecho, o apóstolo apresenta Jesus como o Filho enviado de Deus ao mundo para fazer parte da história (Jo 1.1). Assim sendo, o Logos é a “Palavra Encarnada”.

Desde o início, João apresenta Jesus como o “Verbo” (Logos) que estava com Deus e era Deus (Jo 1.1). Essa introdução é conhecida como o “prólogo de João” (Jo 1.1-14), onde o apóstolo estabelece a natureza divina de Cristo e sua encarnação. Ele destaca que Jesus veio ao mundo como a verdadeira luz que ilumina a humanidade e oferece salvação àqueles que o recebem (Jo 1.9-12).

O conceito do “Logos” era familiar tanto para os judeus, que o associavam à Palavra criadora de Deus (Gn 1.3; Sl 33.6), quanto para os gregos, que viam no Logos a razão e a ordem do universo. João, então, revela que esse Logos não é uma ideia abstrata, mas uma pessoa real: Jesus Cristo, que se fez carne e habitou entre os homens (Jo 1.14).

Dessa forma, o Evangelho de João não apenas narra a obra de Cristo, mas convida cada leitor a uma decisão pessoal: crer em Jesus como o Filho de Deus e, assim, experimentar a vida abundante que Ele oferece (Jo 10.10).

3. A Natureza de Jesus.

Apesar de o Evangelho de João sublinhar de forma clara a dimensão divina de Jesus, o apóstolo também aborda a sua natureza humana (Jo 8.39,40; 9.11). Neste sentido, o Evangelho não só realça a divindade de Jesus como Filho de Deus, mas também discute a sua humanidade por meio da morte expiatória do nosso Senhor em favor dos pecados da humanidade. Em João, tanto a divindade quanto a humanidade de Jesus são afirmadas.

A divindade de Jesus é evidente desde o prólogo do Evangelho, onde Ele é identificado como o Verbo que estava com Deus e era Deus (Jo 1.1). Ao longo do texto, João registra várias declarações de Jesus que afirmam sua identidade divina, como “Eu sou o pão da vida” (Jo 6.35), “Eu sou a luz do mundo” (Jo 8.12) e “Antes que Abraão existisse, eu sou” (Jo 8.58), uma referência direta ao nome que Deus revelou a Moisés em Êxodo 3.14. Além disso, os sinais e milagres registrados por João, como a ressurreição de Lázaro (Jo 11.43-44) e a transformação da água em vinho (Jo 2.1-11), demonstram seu poder sobrenatural.

No entanto, João também destaca a humanidade de Jesus. Ele se cansou (Jo 4.6), chorou diante da morte de Lázaro (Jo 11.35) e sentiu sede na cruz (Jo 19.28). Essas passagens mostram que Jesus não era um ser divino distante, mas alguém que experimentou plenamente a realidade humana.

O ponto culminante dessa união entre divindade e humanidade ocorre na cruz. A morte expiatória de Cristo evidencia seu papel como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29). Ele sofreu uma morte real e física para redimir a humanidade, provando que sua encarnação não foi apenas simbólica, mas essencial para a salvação.

II – JESUS, O VERBO DE DEUS

1. A revelação que ultrapassa o passado.

Quando o apóstolo João redigiu a introdução do primeiro capítulo do seu Evangelho, “no princípio era o Verbo” (v.1), é provável que tenha como referência Gênesis 1.1. Esse primeiro versículo do Evangelho mostra que o Verbo é Deus “no princípio”, possuindo assim uma existência infinita, ou seja, não tem começo nem fim. Assim, muito além do passado, desde o princípio, o Verbo já existia com Deus, estava com Deus e é Deus (Jo 1.1).

O apóstolo João inicia seu Evangelho declarando : “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (Jo 1.1). Essa introdução remete diretamente a Gênesis 1.1: “No princípio criou Deus os céus e a terra”. Ao utilizar essa expressão, João estabelece uma conexão entre a criação do mundo e a existência eterna de Cristo, demonstrando que Ele não apenas estava presente no princípio, mas já existia antes da criação.

Diferente dos evangelhos sinóticos, que iniciam com o nascimento ou ministério terreno de Jesus, João revela sua natureza eterna.

O termo “Verbo” (do grego Logos) expressa a manifestação de Deus ao mundo, tanto na criação quanto na redenção. Isso significa que Jesus não foi criado, mas sempre existiu como Deus.

Ao afirmar que “o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus”, João destaca a distinção e, ao mesmo tempo, a unidade entre Cristo e o Pai. Isso fundamenta a doutrina da Trindade, mostrando que Jesus não é uma criação divina, mas compartilha da mesma essência de Deus.

Essa revelação ultrapassa o tempo e o espaço, pois Cristo não apenas existiu antes da fundação do mundo (Jo 17.5), mas também foi aquele por meio de quem todas as coisas foram criadas (Jo 1.3; Cl 1.16). Sua existência eterna confirma seu poder e autoridade sobre todas as coisas, sendo Ele a manifestação suprema da vontade de Deus para a humanidade.

2. A natureza fundamental do Verbo.

Tal como Deus é eterno, também o Verbo o é. Mais adiante, em Apocalipse, o apóstolo João descreve o Verbo como “o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, diz o Senhor, que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso” (Ap 1.8). Assim, conforme seu Evangelho, o evangelista apresenta Jesus como o “Logos de Deus”, a Palavra Encarnada que habita entre os homens. Portanto, enquanto “Verbo encarnado”, Jesus é reconhecido por muitos e adorado como Deus.

O Evangelho de João apresenta Jesus como o Verbo (Logos), uma expressão que carrega um significado profundo sobre sua essência divina e eterna. Assim como Deus não tem começo nem fim, o Verbo também é eterno. João reforça essa verdade ao descrever Cristo como “o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, diz o Senhor, que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso” (Ap 1.8). Essa declaração revela que Jesus transcende o tempo e exerce soberania sobre toda a criação.

No prólogo do Evangelho, João afirma que “o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (Jo 1.1).

Essa frase indica tanto a comunhão do Verbo com o Pai quanto sua plena divindade. Ou seja, Jesus não é um ser criado, mas possui a mesma natureza divina do Pai. Essa verdade é reafirmada ao longo das Escrituras, como em Hebreus 1.3, onde Ele é descrito como “o resplendor da glória de Deus e a expressa imagem da sua pessoa”.

O grande mistério do Evangelho é que esse Verbo eterno “se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1.14). Essa encarnação foi a maneira que Deus escolheu para revelar sua graça e verdade ao mundo. Jesus veio não apenas para ensinar sobre Deus, mas para ser Deus entre os homens. Ele não era apenas um mestre ou profeta, mas a própria manifestação do Pai (Jo 14.9).

Por isso, enquanto o Verbo encarnado, Jesus foi reconhecido e adorado como Deus. Os discípulos entenderam essa verdade, como Tomé que, ao ver o Cristo ressurreto, exclamou: “Senhor meu, e Deus meu!” (Jo 20.28). Essa adoração só era devida ao próprio Deus, confirmando que Jesus realmente é o Verbo divino.

3. “No princípio era o Verbo” (Jo 1.1).

Conforme já referimos, no grego do Novo Testamento, a palavra que se traduz por “verbo” é logos e significa “palavra”. O conceito de Logos traz consigo a noção de expressão tanto da razão quanto da linguagem. Nesse sentido a forma mais adequada de compreender este termo relaciona-se com as maneiras pelas quais Deus se manifesta ao ser humano. Assim, o conceito mais apropriado para logos encontra-se em Jesus, que representa a expressão da divindade, a Revelação de Deus.

Desde o Antigo Testamento, Deus se revelou por meio de sua Palavra. No relato da criação, por exemplo, tudo foi formado pelo poder da Palavra divina: “E disse Deus: Haja luz. E houve luz” (Gn 1.3). Esse mesmo princípio se aplica a Jesus, pois Ele é a manifestação suprema da revelação divina. Hebreus 1.1-2 confirma essa verdade ao afirmar que Deus, que outrora falou aos pais pelos profetas, agora fala por meio do Filho.

Além disso, Jesus não é apenas a revelação de Deus, mas também a própria essência divina. A sequência do texto diz: “e o Verbo era Deus” (Jo 1.1). Essa declaração anula qualquer tentativa de reduzir Jesus a um mero profeta ou ser criado. Ele é eterno, consubstancial com o Pai e digno de toda adoração.

III – A ENCARNAÇÃO DO VERBO

1. A manifestação do Verbo e a Luz do mundo.

João identifica Jesus como o Criador de todas as coisas, mediado pelo Pai através do poder da sua Palavra (Jo 1.2,3). A seguir, ele faz uma distinção entre luz e trevas (Jo 1.4,5). As “trevas” simbolizam a obscuridade espiritual provocada pelo pecado. No entanto, Deus enviou João Batista para testemunhar e proclamar sobre a Luz (Jo 1.6-8). A verdadeira Luz é Cristo, que foi anunciado por João Batista, mas que os homens decidiram rejeitar (1.9-12).

João inicia seu Evangelho apresentando Jesus como o Criador de todas as coisas, afirmando que tudo foi feito por meio d’Ele e que nada do que existe veio a ser sem Ele (Jo 1.2-3). Isso enfatiza que Cristo é a Palavra viva de Deus, que trouxe a existência ao mundo através do poder divino.

A seguir, João estabelece um contraste fundamental entre luz e trevas: “Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam” (Jo 1.4-5). A luz simboliza a revelação e a verdade de Deus, enquanto as trevas representam o pecado, a ignorância espiritual e a separação do homem em relação ao Criador.

Essa oposição entre luz e trevas já estava presente no Antigo Testamento.

Em Isaías 9.2, a vinda do Messias é profetizada nesses termos: “O povo que andava em trevas viu uma grande luz.” Jesus veio para dissipar as trevas do pecado e oferecer ao mundo a salvação. No entanto, muitos não aceitaram essa luz, preferindo permanecer na obscuridade espiritual (Jo 3.19-20).

Para preparar o caminho do Senhor, Deus enviou João Batista como testemunha da luz (Jo 1.6-8). João não era a luz em si, mas veio para apontar para Cristo, o verdadeiro foco da salvação. Seu ministério ecoava a profecia de Isaías 40.3: “Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor.”

Embora a verdadeira Luz tenha vindo ao mundo, muitos decidiram rejeitá-la: “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (Jo 1.11). Isso demonstra a dureza do coração humano, que, mesmo diante da verdade divina, escolhe permanecer distante de Deus. Contudo, àqueles que o receberam, Cristo concedeu o privilégio de se tornarem filhos de Deus (Jo 1.12).

Dessa forma, João enfatiza que Jesus é a luz do mundo, a revelação de Deus aos homens. Quem o segue não anda em trevas, mas tem a luz da vida (Jo 8.12).

2. O privilégio de nos tornarmos filhos de Deus.

Enquanto Israel rejeitou a bênção da salvação através da obra do Calvário, Deus ofereceu a todas as pessoas, independentemente da sua raça, etnia ou língua, a oportunidade de se tornarem “filhos de Deus” pela fé no nome de Jesus (Jo 1.12,13). Tanto aos judeus quanto aos gentios, a Luz manifestou-se para revelar o plano divino de redenção a toda a humanidade. Assim, aos gentios foi assegurada uma herança de filiação divina através do amor do Pai (1 Jo 3.1). Portanto, como crentes em Cristo, temos o privilégio de sermos chamados “filhos de Deus”.

João destaca uma das maiores bênçãos concedidas por Deus à humanidade: o privilégio de sermos chamados filhos de Deus. Embora Cristo tenha vindo primeiramente ao povo judeu, muitos não o receberam. No entanto, Deus, em sua infinita graça, estendeu a salvação a todos aqueles que creem no nome de Jesus (Jo 1.12).

Esse direito não é concedido por nascimento natural, descendência étnica ou esforços humanos, mas é um dom divino oferecido a todos os que aceitam a Cristo. João esclarece que essa nova filiação não é “do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” (Jo 1.13). Isso significa que não se trata de uma linhagem biológica, mas de uma transformação espiritual realizada pelo próprio Senhor.

Essa verdade se harmoniza com a mensagem do apóstolo Paulo, que afirma que fomos adotados como filhos por meio de Jesus Cristo (Ef 1.5).

Em Romanos 8.15, ele reforça essa ideia ao dizer que não recebemos um espírito de escravidão, mas sim um “espírito de adoção, pelo qual clamamos: Aba, Pai.” Essa adoção nos confere o direito de uma herança espiritual, tornando-nos coerdeiros com Cristo (Rm 8.17).

O apóstolo João também ressalta esse privilégio em sua primeira epístola: “Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus” (1 Jo 3.1). Esse amor divino é o fundamento da nossa identidade como cristãos. Não somos apenas criaturas de Deus, mas filhos amados, chamados para viver em comunhão com Ele e refletir sua glória ao mundo.

Esse privilégio, porém, exige uma resposta: precisamos crer e permanecer firmes na fé. João 1.12 deixa claro que o direito de ser filho de Deus é dado àqueles que “o receberam” e creram em seu nome. A filiação divina, portanto, é uma dádiva, mas também um compromisso de viver segundo a vontade do Pai.

Dessa maneira, o Evangelho de João nos ensina que a salvação não é uma exclusividade de um povo, mas um convite universal.

3. A manifestação e a habitação do Verbo.

A frase “o Verbo se fez carne” sugere a humanização de Deus, que passou a viver entre os homens. O termo “verbo” possui uma conotação muito mais rica e profunda do que qualquer conceito filosófico: Deus entrou na história (Jo 1.14-18). É importante notar a expressão “e habitou entre nós”. No texto grego, essa expressão indica que “o Verbo armou seu tabernáculo, ou tenda, entre nós”. Antes, Deus habitava numa tenda montada pelo seu povo; agora, de acordo com as palavras do evangelista, Ele reside entre nós, representando a manifestação plena da presença divina no mundo.

O termo “Verbo” (logos) já havia sido introduzido no início do capítulo, descrevendo Jesus como a Palavra eterna de Deus. No entanto, aqui, João enfatiza que esse Verbo “se fez carne”, demonstrando que Cristo não veio apenas como um espírito ou uma aparência humana, mas assumiu plenamente a natureza humana, sem perder sua divindade.

A expressão “e habitou entre nós” possui um significado ainda mais profundo no original grego. O verbo usado, “eskenōsen”, significa literalmente “armar tabernáculo” ou “montar uma tenda”.

Isso remete diretamente ao Antigo Testamento, quando Deus habitava no meio do seu povo através do Tabernáculo (Êx 25.8-9). Assim como a presença divina se manifestava no Tabernáculo no deserto, agora, em Cristo, Deus passou a habitar entre os homens de forma plena e pessoal.

Além disso, João afirma que “vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai”. No Antigo Testamento, a glória de Deus era algo temível e inacessível ao homem pecador (Êx 33.20). No entanto, em Cristo, essa glória foi revelada de forma graciosa e cheia de verdade. Ele é a exata expressão do Pai (Hb 1.3) e a manifestação perfeita de Deus na Terra.

João 1.17 esclarece ainda que, por meio de Moisés, veio a Lei, mas por Jesus Cristo veio a graça e a verdade. Isso significa que, enquanto a Lei revelava o padrão de Deus, Cristo revelou sua graça redentora, proporcionando acesso direto à comunhão com o Pai.

CONCLUSÃO

Nesta lição, tivemos a oportunidade de iniciar o estudo no Evangelho de João, mostrar a sua relevância e o seu objetivo na vida da Igreja. Observamos que a revelação sensível de Deus e a sua intervenção na história tornam o Evangelho de João uma obra única do Novo Testamento. Em João, entendemos que a Encarnação do Verbo trouxe luz plena àqueles que cressem. Assim, através da fé em Jesus, somos denominados e feitos “filhos de Deus”.

Fonte: conhecerapalavra

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