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Lição 11: A Humilhação de Hamã e a Honra de Mardoqueu – (Subsídios)


Comentário Exegético Profundo da Leitura Bíblica em Classe (Ester 6:1-14)

Sobre a humilhação de Hamã.

É importante destacar que a dita “humilhação de Hamã” não é pejorativa neste caso – mas, sim como uma justa retribuição por tantos males que planejava o próprio. A inversão dos papéis – de humilhado e honrado – saiu do controle de Hamã, mas nunca esteve fora do alcance do Nosso Deus.

Ester 6:1 – “Naquela mesma noite, fugiu o sono do rei; então mandou trazer o livro das memórias, das crônicas, que se leu diante do rei.”

1. “Fugiu” (נָדַד, nadad). “Nadad” significa “fugir” ou “afastar-se”. Neste contexto, refere-se ao fato de que o sono do rei Xerxes foi afastado de forma sobrenatural. A ação divina de “afastar o sono” é um elemento chave na narrativa, mostrando a intervenção divina nos eventos. Isso demonstra que Deus está no controle até dos detalhes aparentemente insignificantes, como o sono de uma pessoa poderosa. A Bíblia frequentemente fala sobre Deus intervindo de maneiras sutis para cumprir Seu propósito (Salmo 127:1-2). Aqui, a insônia do rei leva a uma cadeia de eventos que resultam na salvação dos judeus.

2. “Memórias” (זִכְרוֹנוֹת, zikronot). A palavra “zikronot” traduzida como “memórias” refere-se aos registros oficiais, crônicas detalhadas de eventos significativos do reino. Esses livros eram mantidos para preservar os feitos importantes e serviam como fonte de reconhecimento e recompensa. No contexto teológico, essa leitura das memórias aponta para o conceito bíblico de que Deus não esquece as ações de Seu povo (Malaquias 3:16). As boas ações dos fiéis são lembradas por Deus, mesmo que passem despercebidas pelos homens. Mardoqueu, que tinha salvado o rei, será finalmente recompensado, um eco da justiça divina que não permite que o justo seja esquecido (Hebreus 6:10).

Ester 6:2 – “E achou-se escrito que Mardoqueu tinha denunciado Bigtã e Teres, dois eunucos do rei, dos da guarda da porta, que procuraram lançar mão do rei Assuero.”

1. “Achou-se” (נִמְצָא, nimtsa’). A palavra “nimtsa'”, que significa “achou-se” ou “foi encontrado”, é significativa, pois revela a providência de Deus guiando os eventos. O que poderia ser uma leitura aleatória foi cuidadosamente orquestrado por Deus para revelar o serviço fiel de Mardoqueu no momento certo. Esse termo ressalta que, no plano divino, nada acontece por acaso, pois Deus traz à tona o que está oculto (Provérbios 16:33). A descoberta da lealdade de Mardoqueu neste momento crucial é um lembrete de que Deus traz à luz a justiça no tempo devido.

2. “Denunciado” (הִגִּיד, higgid). “Higgid” significa “informar” ou “denunciar”. Mardoqueu havia informado sobre a conspiração contra o rei, um ato de lealdade que estava registrado, mas não havia sido recompensado. Esse detalhe destaca a importância da justiça e do tempo divino. No reino de Deus, há um momento para cada coisa, e a denúncia de Mardoqueu, que havia sido ignorada até então, torna-se o ponto de virada da narrativa (Eclesiastes 3:17). Além disso, este ato de lealdade de Mardoqueu serve como um contraste direto à traição de Hamã, que trama contra os judeus.

Esses versos mostram como Deus trabalha nos bastidores, controlando os eventos para cumprir Seus propósitos. A intervenção divina através de pequenos detalhes, como a insônia do rei e a leitura das crônicas, reflete a soberania de Deus (Isaías 46:9-10). A justiça de Deus é revelada quando Mardoqueu é finalmente lembrado e recompensado, um lembrete de que Deus age em favor dos Seus em Seu tempo perfeito.

Ester 6:3 – “Então disse o rei: Que honra e distinção se deu por isso a Mardoqueu? E os moços do rei, seus servos, disseram: Coisa nenhuma se lhe fez.”

1. “Honra” (יְקָר, yeqar). A palavra hebraica “yeqar” significa “honra” ou “dignidade”, referindo-se à recompensa devida a alguém por um grande feito. O fato de o rei perguntar sobre a honra devida a Mardoqueu revela um princípio importante: Deus faz com que os justos sejam exaltados no momento apropriado. Esse conceito é reforçado em Provérbios 3:35: “Os sábios herdarão honra“. O reconhecimento da lealdade de Mardoqueu simboliza a maneira como Deus não apenas observa, mas também recompensa a justiça e a fidelidade (1 Samuel 2:30).

2. “Distinção” (גְּדוּלָּה, gedullah). Gedullah refere-se à “grandeza” ou “distinção”, apontando para a honra pública ou um reconhecimento elevado. Na cultura persa, grandes atos eram frequentemente recompensados com gestos públicos de honra, e a falta de tal reconhecimento seria uma grave omissão. Teologicamente, isso reflete o princípio de que Deus exalta aqueles que O honram, como Jesus ensina em Mateus 23:12: “Aquele que se humilhar será exaltado”. Mardoqueu, embora não buscasse reconhecimento, será elevado publicamente por sua fidelidade, espelhando o tratamento que Deus dá àqueles que O servem fielmente (Salmo 75:6-7).

Ester 6:4 – “Então disse o rei: Quem está no pátio? E Hamã tinha entrado no pátio exterior da casa do rei, para dizer ao rei que enforcasse a Mardoqueu na forca que lhe tinha preparado.”

1. “Pátio” (חָצֵר, chatser). A palavra “chatser” significa “pátio” ou “átrio”, referindo-se ao espaço exterior próximo à corte do rei. O fato de Hamã estar no pátio neste momento exato é uma ironia providencial, pois ele vem com a intenção de pedir a execução de Mardoqueu. Contudo, Deus já está orquestrando o reverso dessa situação. O “chatser” aqui é o cenário onde a justiça de Deus começa a se manifestar contra os planos malignos de Hamã. Esse termo lembra que, muitas vezes, é no ambiente externo, fora do olhar humano, que Deus já está trabalhando em prol de Seu povo (Isaías 55:8-9).

2. “Enforcasse” (תָּלָה, talah). “Talah” significa “pendurar” ou “enforcar”. Hamã planejava pendurar Mardoqueu em uma forca, um símbolo de humilhação e morte pública. Contudo, essa mesma palavra e plano seriam revertidos contra Hamã (Ester 7:10), cumprindo o princípio bíblico de que “quem cava uma cova, nela cairá” (Provérbios 26:27). Esse uso de “talah” reforça a justiça divina: o que é planejado para o mal contra os justos é transformado em favor deles. Assim como José afirmou a seus irmãos em Gênesis 50:20, Deus transforma o mal em bem.

Esses versos destacam a soberania de Deus em reverter planos malignos e exaltar os justos no momento certo. Enquanto Hamã planeja a destruição de Mardoqueu, Deus já está preparando o caminho para a salvação e exaltação de Seu servo. Isso ensina que a justiça divina, embora às vezes demorada, é certa e infalível (Isaías 54:17). Além disso, a história ilustra como os propósitos de Deus prevalecem sobre os dos homens, cumprindo Seus desígnios eternos para o bem de Seu povo.

Ester 6:5 – “E os moços do rei lhe disseram: Eis que Hamã está no pórtico. E disse o rei: Que entre.”

1. “Moços” (נְעָרִים, ne’arim). A palavra “ne’arim” refere-se aos “jovens” ou “servos” que atuam como mensageiros e assistentes do rei. Eles desempenham um papel importante na comunicação dos eventos que moldam o desenrolar da história. A ideia de jovens servindo a realeza aparece em várias passagens bíblicas, como na escolha de Davi como servo de Saul (1 Samuel 16:21). Aqui, os servos, de maneira simples, contribuem para o cumprimento da providência divina, pois são eles que confirmam a presença de Hamã diante do rei, levando à reviravolta que se segue.

2. “Pórtico” (אוּלָם, ulam). O termo “ulam” designa a parte do palácio que servia como uma antecâmara ou hall de entrada. Essa escolha de palavra enfatiza o espaço físico onde os eventos decisivos ocorrem. Hamã, ao aguardar sua audiência, pensa que está à beira de receber grande reconhecimento, mas Deus usa este momento para reverter seus planos. O pórtico, onde Hamã espera, torna-se um símbolo de transição entre o orgulho e a humilhação. Na Bíblia, locais de encontro como este são frequentemente cenários de julgamentos ou grandes decisões, como o pórtico do templo, onde Salomão tomou decisões importantes (1 Reis 7:12).

Ester 6:6 – “E, entrando Hamã, disse-lhe o rei: Que se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada? Então Hamã disse no seu coração: De quem se agradaria o rei para lhe fazer honra, mais do que a mim?”

1. “Honra” (כָּבוֹד, kavod). “Kavod” é uma palavra que denota “glória” ou “peso” de importância. O uso deste termo aqui salienta a dignidade que o rei deseja conferir ao indivíduo que ele favorece. O conceito de “kavod” é central na teologia bíblica, indicando algo de valor supremo, frequentemente atribuído a Deus (Salmo 24:8). Aqui, Hamã confunde essa honra real com glória pessoal, revelando seu erro fatal. Na Bíblia, Deus confere “kavod” àqueles que permanecem fiéis a Ele, enquanto os que buscam glória própria, como Hamã, são humilhados (Provérbios 22:4).

2. “Coração” (לֵב, lev). “Lev” significa “coração” e na Bíblia representa o centro das emoções, pensamentos e vontades de uma pessoa. A introspecção de Hamã ao falar consigo mesmo “no coração” revela seu orgulho e arrogância. Em textos bíblicos, o coração é visto como o local onde as intenções são formadas, e Deus é aquele que sonda e conhece os corações (Jeremias 17:10). O autoengano de Hamã, acreditando ser o destinatário da honra, reflete o estado corrompido de seu coração, enquanto Deus prepara sua queda. O contraste entre o coração humilde e o arrogante é um tema constante nas Escrituras (Salmo 51:17).

Esses versos demonstram a importância da humildade e revelam a justiça divina que humilha o orgulhoso e exalta o justo. Hamã, confiando em seu próprio “coração”, se engana ao pensar que é digno de “kavod”, mas sua presunção o leva à ruína. A mensagem central aqui é que Deus vê além das aparências e honra os que agem com justiça, enquanto os planos malignos de homens orgulhosos são frustrados (1 Pedro 5:5-6).

Ester 6:7 – “E disse Hamã ao rei: Para o homem de cuja dignidade o rei se agrada,”

1. “Dignidade” (גְּדֻלָּה, gedulah). A palavra gedulah significa “dignidade” ou “grandeza”, sugerindo que Hamã está se referindo à posição ou importância que o rei deseja atribuir a alguém. Diferente de kavod, essa palavra enfatiza a grandeza conferida a uma pessoa. Hamã, presumindo que seria o homenageado, revela sua obsessão em ser elevado a uma posição de distinção. No contexto bíblico, a verdadeira grandeza é frequentemente associada à humildade e ao serviço, como ensinado por Jesus em Marcos 10:43-44, em contraste com a ambição egoísta de Hamã.

2. “Agrada” (חֵפֶץ, chefetz). O termo chefetz é traduzido como “agrado” ou “prazer”, refletindo a vontade do rei de honrar alguém. Este desejo é o ponto central da trama que Hamã mal interpreta. Chefetz carrega a ideia de algo que é querido, o que lembra passagens como Isaías 53:10, onde o agrado do Senhor é manifestado em Sua vontade de redimir. Hamã, no entanto, tenta obter esse favor real para si, sem entender que seu destino está nas mãos de Deus, e não do homem.

Ester 6:8 – “traga-se a veste real, de que o rei se costuma vestir, o cavalo em que o rei costuma andar montado, e ponha-se a coroa real na sua cabeça;”

1. “Veste” (מַלְבּוּשׁ, malbush). Malbush refere-se à “veste” ou “roupa” usada pelo rei. Hamã sugere que a pessoa honrada seja adornada com as vestes reais, o que denota status e proximidade com a autoridade do rei. Na Bíblia, vestes frequentemente representam pureza, autoridade ou bênção, como no caso das vestes de José em Gênesis 41:42. Hamã, ao solicitar as vestes reais, almeja ser identificado como próximo ao rei, mas esse desejo revela sua arrogância e a falta de discernimento dos planos de Deus.

2. “Cavalo” (סוּס, sus). “Sus” significa “cavalo”, o animal montado pelos reis em ocasiões de triunfo e autoridade. Hamã sugere que o homenageado seja conduzido no cavalo do rei, um símbolo de poder e prestígio. O cavalo, em várias partes das Escrituras, está associado à força e ao poder militar (Salmo 20:7), mas também pode representar a exaltação de alguém a uma posição de destaque. Ironicamente, Hamã não percebe que esse símbolo de poder será usado para glorificar Mardoqueu, e não ele próprio, invertendo suas expectativas de poder.

Ester 6:7-8 ressalta a ironia divina e a soberania de Deus sobre os eventos humanos. Hamã, pensando em sua própria “gedulah” (dignidade), propõe uma cerimônia de exaltação sem perceber que Deus já preparava sua queda. As vestes e o cavalo, que ele imaginava para si, serão símbolos de sua humilhação e da exaltação de Mardoqueu, mostrando que Deus humilha os soberbos e exalta os humildes (1 Pedro 5:6).

Ester 6:9 – “e dê-se essa veste e o cavalo à mão de um dos príncipes nobres do rei, e vistam dela o homem, de cuja dignidade o rei se agrada; e levem-no a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoe-se diante dele: Assim se fará ao homem de cuja dignidade o rei se agrada.”

1. “Príncipes” (שָׂרִים, sarim). Sarim significa “príncipes” ou “nobres”, referindo-se às figuras de autoridade na corte real. Hamã sugere que um dos homens mais poderosos do reino seja o responsável por conduzir esta cerimônia de honra. A palavra sarim está associada àqueles que exercem liderança e influência, como em 1 Reis 21:8, onde os “príncipes” de Jezabel cumprem suas ordens. Teologicamente, isso reflete a ideia de que aqueles que têm poder e influência, mesmo os mais altos na sociedade, devem ser usados para cumprir os planos de Deus, muitas vezes sem perceberem.

2. “Apregoe-se” (קָרָא, qara’). Qara’ é traduzido como “proclamar” ou “anunciar”, e denota uma declaração pública em voz alta. A proclamação da honra diante de todos é um aspecto importante da exaltação de Mardoqueu. O verbo qara’ é usado frequentemente em contextos de proclamação pública de decretos ou verdades, como em Levítico 23:2, onde as festas sagradas de Israel devem ser “proclamadas”. Aqui, a proclamação da dignidade de Mardoqueu ante o povo simboliza a exaltação pública daqueles que são honrados por Deus.

Ester 6:10 – “Então disse o rei a Hamã: Apressa-te, toma a veste e o cavalo, como disseste, e faze assim para com o judeu Mardoqueu, que está assentado à porta do rei; e coisa nenhuma omitas de tudo quanto disseste.”

1. “Apressa-te” (מַהֵר, maher). O verbo maher significa “apressar” ou “agir rapidamente“. O rei ordena que Hamã execute a tarefa sem demora, o que intensifica a ironia do texto, já que Hamã, ao invés de ser honrado, é agora incumbido de honrar seu inimigo. O uso desse verbo em contextos bíblicos, como em Gênesis 18:6, quando Sara se apressa a preparar a refeição para os visitantes de Abraão, muitas vezes indica um senso de urgência que envolve o cumprimento do plano divino. Aqui, a urgência reflete a inevitabilidade do propósito de Deus se realizar, independentemente dos desejos humanos.

2. “Omitas” (אַל-תָּסֵר, al-taser). Al-taser significa “não deixar de fazer” ou “não omitir“. O rei ordena a Hamã que não negligencie nenhum detalhe da homenagem que ele mesmo sugeriu. Esse comando absoluto intensifica a humilhação de Hamã, pois ele deve seguir exatamente o que propôs, ironicamente para honrar Mardoqueu. No contexto bíblico, obedecer sem omitir nada reflete a ideia de fidelidade completa, como visto em Deuteronômio 4:2, onde Deus ordena que nenhum dos Seus mandamentos seja alterado ou omitido. Aqui, Hamã deve cumprir cada detalhe de sua própria prescrição para a exaltação de Mardoqueu.

Os versos 9-10 de Ester 6 revelam o cumprimento da justiça divina, onde o orgulho de Hamã é revertido e a honra é dada ao justo Mardoqueu. Deus usa as estruturas de poder e autoridade (os sarim) para executar Seus propósitos, mesmo quando os planos humanos tentam resistir. A proclamação (qara’) e a urgência (maher) demonstram que o propósito de Deus é inevitável, e aqueles que O seguem são exaltados, enquanto os orgulhosos são humilhados. Hamã é forçado a cumprir cada detalhe, refletindo que os planos de Deus nunca falham (Provérbios 19:21).

Ester 6:11 – “Hamã, pois, tomou a veste e o cavalo, e vestiu a Mardoqueu, e o levou a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoou diante dele: Assim se fará ao homem de cuja dignidade o rei se agrada.”

1. “Levou” (נָהַג, nahag). A palavra nahag significa “conduzir” ou “levar”. Aqui, Hamã está fisicamente conduzindo Mardoqueu no cavalo real pelas ruas. O ato de conduzir simboliza liderança ou submissão a uma ordem superior. O uso dessa palavra neste contexto reforça a inversão de papéis entre Hamã e Mardoqueu, destacando a humilhação de Hamã, que esperava ser o centro das atenções, mas agora é forçado a liderar a exaltação de seu inimigo. O verbo nahag também aparece em Gênesis 31:18, quando Jacó conduz seu rebanho, sugerindo um movimento forçado sob a providência divina.

2. “Ruas” (רְחוֹב, rechov). Rechov refere-se às “ruas” ou “praças” da cidade, o que simboliza um lugar público onde todos podem testemunhar os eventos. Mardoqueu é exaltado em pleno espaço público, aumentando o impacto da humilhação de Hamã, pois não há como esconder o ato. As ruas da cidade são frequentemente descritas nas Escrituras como locais de interação e julgamento público, como em Neemias 8:3, onde a leitura da Lei acontece em uma praça pública. Esse contexto ressalta que Deus exalta seus justos perante os olhos de todos, reforçando o contraste entre orgulho e humildade.

Ester 6:12 – “Depois disso Mardoqueu voltou para a porta do rei; porém Hamã se retirou correndo para sua casa, angustiado e de cabeça coberta.”

1. “Angustiado” (אָבֵל, avel). Avel é uma palavra que significa “angustiado” ou “em luto”. O uso desse termo aqui indica que Hamã está em profundo sofrimento emocional, resultado direto da inversão de suas expectativas. Sua arrogância foi revertida, e agora ele experimenta o sentimento de desespero e derrota. Na Bíblia, avel é muitas vezes associado ao luto por perdas, como em 2 Samuel 19:2, onde o rei Davi lamenta a morte de Absalão. O uso desse termo para Hamã sublinha a humilhação pública que ele sofreu, com implicações de que seu orgulho levou à sua ruína.

2. “Coberta” (חָפוּי, chafui). Chafui significa “coberto”, especificamente a cabeça coberta como um sinal de vergonha e humilhação. Na cultura hebraica, cobrir a cabeça é um sinal de luto e arrependimento, muitas vezes visto em contextos de humilhação ou pesar, como em Jeremias 14:4. Hamã, que antes estava ansioso para ser honrado, agora cobre a cabeça em vergonha, um símbolo visual poderoso de sua completa derrota. O ato de cobrir a cabeça reflete sua consciência da iminente desgraça, cumprindo o princípio bíblico de que “a soberba precede a destruição” (Provérbios 16:18).

Ester 6:11-12 destaca o princípio bíblico de que Deus exalta os humildes e humilha os orgulhosos. Mardoqueu, fiel e humilde, é conduzido por Hamã, seu inimigo, através das ruas públicas (rechov), sendo exaltado aos olhos de todos. Hamã, por outro lado, experimenta profunda vergonha (avel) e humilhação ao ver seus planos desfeitos. A cabeça coberta (chafui) simboliza a derrota completa de Hamã, mostrando que os planos arrogantes do homem sempre falham diante da soberania de Deus (Tiago 4:6).

Ester 6:13 – “E contou Hamã a Zeres, sua mulher, e a todos os seus amigos tudo quanto lhe tinha sucedido; e disseram-lhe os seus sábios e Zeres, sua mulher: Se Mardoqueu, diante de quem já começaste a cair, é da descendência dos judeus, não prevalecerás contra ele, antes cairás por completo diante dele.”

1. “Sábios” (חֲכָמִים, chakhamim). A palavra chakhamim significa “sábios” ou “conselheiros”, referindo-se àqueles que Hamã consultava para orientação. Esses sábios tinham uma percepção clara das implicações espirituais e históricas do que estava acontecendo, reconhecendo que, se Mardoqueu fosse judeu, ele estaria sob a proteção divina. Na Bíblia, os chakhamim são muitas vezes conselheiros reais, como no caso dos sábios de Faraó em Gênesis 41:8. A declaração deles revela que, quando o plano de Deus está em ação, nem mesmo a sabedoria humana pode se opor a ele, como também ensinado em Isaías 55:8-9.

2. “Cairás” (נָפַל, nafal). Nafal é um verbo que significa “cair”, tanto literal quanto figurativamente, referindo-se à derrota ou queda diante de alguém. Aqui, Zeres e os sábios afirmam que Hamã já começou a “cair” diante de Mardoqueu, e que essa queda será completa e inevitável. O uso de nafal carrega conotações de julgamento e humilhação, como em Provérbios 16:18, que fala sobre a queda que segue a soberba. A declaração aponta para a natureza inevitável da justiça divina, que retribui o orgulho e a maldade com queda e destruição.

Ester 6:14 – “Estando eles ainda falando com ele, chegaram os eunucos do rei, e se apressaram a levar Hamã ao banquete que Ester preparara.”

1. “Eunucos” (סָרִיסִים, sarisim). Sarisim são “eunucos”, funcionários da corte que muitas vezes serviam em funções próximas ao rei e à rainha. Aqui, eles representam os mensageiros reais que, ao apressar Hamã ao banquete, conduzem-no à sua sentença. Os sarisim são frequentemente retratados na Bíblia como aqueles que facilitam o cumprimento de ordens reais, como em 2 Reis 9:32, quando Jeú ordena que os eunucos joguem Jezabel pela janela. Nesse caso, os eunucos são os instrumentos que encaminham Hamã para o banquete, onde seu destino final será selado.

2. “Banquete” (מִשְׁתֶּה, mishteh). Mishteh significa “banquete” ou “festa”, e é o cenário onde a trama de Hamã se desenrolará até seu fim. O banquete aqui tem uma importância simbólica, pois é onde Hamã, cheio de orgulho, será exposto e julgado. Em termos bíblicos, os banquetes podem ser locais de celebração ou juízo, como visto em Daniel 5, no banquete de Belsazar, onde a sentença divina é pronunciada. O mishteh de Ester se torna o palco para a justiça de Deus ser manifestada, um contraste com o que Hamã esperava.

Ester 6:13-14 nos lembra que a sabedoria humana tem limites diante dos planos soberanos de Deus, que derruba os arrogantes e exalta os humildes. A providência de Deus é claramente vista na maneira como Hamã é levado ao seu destino final, com os eunucos (sarisim) simbolizando a ação direta da corte real para cumprir os propósitos divinos. O banquete (mishteh) que Hamã esperava como uma celebração de seu poder, torna-se o local de sua condenação, mostrando que o orgulho humano não pode prevalecer contra os planos de Deus (Salmo 33:10-11).

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Silvio Costa

Evangelista (COMADEESO / CGADB), Articulista, Conferencista, Escritor, Conteudista (ESTEMAD), Professor de Teologia (SEET / FATEG) e Gestor Hoteleiro por Profissão
 

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Autor: Costa, Silvio

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