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LIÇÃO Nº 2 – O ÚNICO DEUS VERDADEIRO E A CRIAÇÃO – (Dt 6.4; Gn 1.1)

INTRODUÇÃO

Nesta lição veremos as definições das palavras “Deus” e “verdadeiro”; estudaremos que o fato Dele existir é um postulado, e que por isso, não precisamos provar sua existência; analisaremos a limitação humana diante de Deus; pontuaremos a diferença entre teísmo e deísmo; citaremos as principais teorias acerca da origem do universo, e por fim, elencaremos a diferença entre o Deus da Bíblia e os falsos deuses.

I – DEFINIÇÕES

1.1 Deus. Do hebraico “Elohim”; do grego “Theos” e do latim “Deus”. Ser Supremo, Absoluto e Infinito por excelência.

Criador dos céus e da terra (Gn 1.1). Eterno e imutável (Is 26.4). Onipotente, onisciente e onipresente (Jó 42.2; Sl 139). Ser incriado, é a razão primeira e última de tudo quanto existe (Jo 1.1-4). Ele é um ser dotado de personalidade e a Bíblia atribui a Deus características de personalidade: Ele é zeloso (Dt 6.15), ira-se (1Rs 11.9), ama (Ap 3.19) e se aborrece (Pv 6.16)(ANDRADE, 2006, p. 137).

1.2 Verdadeiro. Segundo Aurélio (2004, p. 2049) esta palavra significa: “Em que há verdade, alguém real, exato, autêntico, genuíno, legítimo, que não é fingido, sincero, que não é fictício, imaginário ou enganoso”. É bom destacar que só existe um Deus verdadeiro sendo os demais falsos (Dt 6.4; Is 42.8; 43.11; 44.6,8; 45.5,6; Mc 12.29,32; Jo 17.3).

II – A EXISTÊNCIA DE DEUS

2.1 A existência de Deus é um postulado. Os argumentos a favor da existência de Deus são: (a) a crença universal na existência de Deus é intuitiva (Sl 42.2; 63.1); (b) a existência de Deus é assumida nas Escrituras e este fato é aceito sem ser questionado (Gn 1.1; Jo 1.1); (c) A crença na existência de Deus é corroborada pelos argumentos cosmológico que diz que a criação não é eterna e não surgiu sem causa, mas Deus é o Criador de tudo (Sl 19; Rm 1.20); teleológico que afirma que a ordem em que a criação se encontra demonstra um Criador Inteligente (Jó 38; Hb 1.3); ontológico que apresenta Deus como autoexistente (Êx 3.14; Cl 1.17); e o moral Deus implantou no homem uma consciência de certo e errado (Rm 2.14,15) (THIESSEN, 2006, p. 27).

2.2 A existência de Deus não precisa ser provada. Deus é real e não precisa ser demonstrado com base na lógica humana. A existência de Deus é um fato consumado, uma verdade primária que não necessita ser provada, pois Ele transcende à existência.

Deus é a garantia da lógica do Universo e sem Ele, o universo não poderia existir. Se o “kosmo” é uma realidade, e somos testemunhas disso, então a ordem e a harmonia que permeiam toda a criação pressupõem a existência de um Criador. A mente humana, limitada e falível, jamais conseguirá provar a existência de Deus à parte da fé (Hb 11.3). Há na criação inumeráveis evidências da existência de Deus (1Co 2.14,15; Hb 11.1) (SOARES, 2008, p. 61).

III – A LIMITAÇÃO HUMANA DIANTE DE DEUS

3.1 O homem natural não alcança a mente divina. Deus, em sua infinitude, é incompreensível à mente humana (Jó 11.7; Is 40.18). O ser humano pode até conhecer a Deus através da revelação natural (Sl 19.1; Rm 1.19-21), mas de modo limitado, pois o finito não pode abarcar o Infinito (Is 40.28). Entretanto, o Eterno, em sua bondade, revelou-se ao homem através de Cristo e de sua Palavra (Jo 1.18; 17.3). A incognoscibilidade divina (aquilo que não se pode conhecer) é oriunda dos seus atributos incomunicáveis como a infinitude e a imensidão (Sl 145.3; 147.5). Deus revelou-se a si mesmo na Bíblia, mas pode ser considerado incognoscível quando se trata do conhecimento pleno do seu Ser e de sua essência. O homem jamais poderá esquadrinhá-lo e compreendê-lo como é em essência e glória (Jó 26.14; 36.26; 37.5; 139.6; Is 40.28; 46.5; Rm 11.33).

3.2 O homem natural compreende as coisas de Deus porque Ele se autorrevelou. O ser humano, em razão do pecado, tem dificuldade de crer em Deus (1Co 2.14; Sl 10.4). Contudo, a existência de Deus independe da incredulidade dos homens. O néscio, em sua ignorância ou orgulho, diz: “Não há Deus”, mas, “os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos” (Sl 19.1). O Deus verdadeiro e incognoscível revelou-se a si mesmo, assim, o homem pode conhecê-lo, haja vista ser Ele também imanente o suficiente para que exista um relacionamento entre ambos. Em virtude da infinita grandeza do Criador, esse conhecimento acerca dEle é comparável ao reflexo de um espelho (1Co 13.12), pois “em parte, conhecemos […]” (1Co 13.9) (SOARES, 2008, p. 61).

IV – A DIFERENÇA ENTRE DEÍSMO E TEÍSMO

4.1 Deísmo.

É conhecido como a cosmovisão do Deus ausente. Embora creia na existência de Deus, o deísmo difere do cristianismo ortodoxo por apresentar a visão onde Deus fez o mundo, mas que não interfere e interage na criação, ou seja, Ele não estar interessado no curso que a história toma ou venha a tomar. Noutras palavras, Deus limitou-se tão somente a criar-nos, abandonando-nos a seguir à própria sorte, ou seja, Ele não intervém no curso da história. (ANDRADE, 2006, p. 133). No entanto, a Bíblia ensina que Deus preserva todas as coisas (Hb 1.1-3; Ne 9.6; Sl 145.15-16; Sl 104.27-29; Mt 6.26; Mt 10.29-30), age em todas as coisas (At 17.27, 28; 1Co 15.10; Is 45.1-2; Gn 45.8; Lc 22.21-22), e governa todas as coisas (Ef 1.5; Rm 12.2; Rm 8.28).

4.2 Teísmo. No Teísmo cremos que o Senhor interfere na criação. “Doutrina que admite a existência de um Deus pessoal, Criador e Preservador de tudo quanto existe, e que, em sua inquestionável sabedoria e poder, intervém nos negócios humanos relacionando-se com sua criação”. Denomina-se teísmo ao reconhecimento da existência de um Deus que criou o universo e que ainda se envolve na sua conservação. Este é o ponto de vista teológico que cremos (Jó 39; Mt 6.26) (ANDRADE, 2006, p. 338 – acréscimo nosso).

V – PRINCIPAIS TEORIAS ACERCA DA ORIGEM DO UNIVERSO

5.1 Teoria evolucionista. “Teoria formulada pelo inglês Charles Darwin que, em 1859, lançou o livro ‘A Origem das Espécies’, na qual ensina que as atuais espécies de vida são resultados de uma lenta e gradativa evolução […]” (ANDRADE, 2006, p. 178).

Essa teoria ensina que a matéria é eterna e preexistente e mediante processos naturais e por transformação gradual, os seres pas – saram a existir. É chamada também de a grande explosão (Big-Bang), onde tudo resultou de uma grande explosão aleatória sem uma causa primária a bilhões de anos (evolução espontânea), e que, a partir daí, surgiram tudo que existe sem a participação de um Ser criador (Deus). Mas, a Bíblia declara que todas as coisas foram criadas por Deus (Gn 1.1; Jo 1.1-3; 1.10; Cl 1.16,17; Hb 11.2).

5.2 Teoria ateísta. Nega a existência de Deus e afirma que o universo é fruto do acaso, e que existe por necessidade e por toda eternidade. Entretanto, a geologia e a astronomia tem demonstrado que houve grandes mudanças na Terra e no espaço sideral, mostrando com isso que a ordem presente não é eterna, ou seja, houve um tempo em que o Universo não existia (Hb 3.4; Rm 1.19,20; Sl 19.1-10). A Bíblia denomina a descrença em Deus como insensatez, estupidez e absurdo (Sl 53.1; 10.4).

5.3 Teoria panteísta. Declara que Deus e a natureza são a mesma coisa e estão inseparavelmente ligados. O Senhor nada criou, mas tudo emana e faz parte dele, ou seja, Deus é tudo e tudo é Deus. Porém, a Bíblia afirma que o Criador não é parte do universo, e sim, este foi criado por Ele (Gn 1.1; At 17.24).

5.4 Teoria criacionista. Doutrina segundo a qual tudo quanto existe foi criado por Deus (ANDRADE, 2006, p. 119). O criacionismo bíblico é a doutrina segundo a qual Deus criou, a partir de sua Palavra, tudo quanto existe (Sl 33.6; Jo 1.1-3; Ef 3.9; Cl 1.16; Hb 1.2; 11.3; Ap 4.11). A Bíblia nos mostra Deus como criador do céu, da Terra e do Universo (Is 40.26; 45.18; Is 43.5; 45.18; Jo 1.3; At 17.24; Rm 11.36), e de todos os homens (Sl 102.18; 139.13-16; Is 43.1,7). O criacionismo fundamenta-se na Bíblia Sagrada (Rm 1.20; Sl 119.1-6).

VI – A DIFERENÇA ENTRE O DEUS DA BÍBLIA E OS FALSOS DEUSES

6.1 O Deus da Bíblia é o Criador. De acordo com as Escrituras, Deus criou todas as coisas (Gn 1.1). Já os falsos deuses, foram inventados pela imaginação humana (At 17.29). O AT apresenta-nos uma variedade de falsos deuses. Alguns deles, inclusive, de caráter demoníaco, tais como Baal, Moloque e Asera (Dt 32.17; 1Rs 15.13; 18.28; Lv 18.21; 2Rs 23.10). A Palavra de Deus nos ensina que: “Só tu és Senhor; tu fizeste o céu, o céu dos céus e todo o seu exército, a terra e tudo quanto nela há[…]” (Ne 9.6).

6.2 O Deus da Bíblia é Eterno. Nas Escrituras, temos várias referências à eternidade de Deus (Dt 33.27; Is 40.28). O profeta disse: “Mas o Senhor Deus é a verdade ele mesmo é o Deus vivo e o Rei eterno” (Jr 10.10). Os deuses falsos são temporais e destrutíveis. Segundo a mitologia grega os deuses morriam no inverno e ressurgiam na primavera.

6.3 O Deus da Bíblia é Santo. Os deuses mitológicos nivelam-se às baixezas morais dos seus seguidores. Muitos rituais dedicados a esses falsos deuses são cultos aos demônios, movidos por orgias sexuais, alucinógenos e sacrifícios humanos (1Co 10.14-21). A santidade de Deus, é um atributo inerente à sua majestade, pureza e perfeição (Hc 1.13; Lv 11.44; Jó 34.10; Sl 99.9; Ap 4.8).

6.4 O Deus da Bíblia é o Deus Salvador. No Salmo 115, versículos de 1 a 8, o salmista demonstra claramente a diferença entre o Deus da Bíblia e os falsos deuses, obras “das mãos dos homens”. Na Índia, são catalogados muitos milhões de deuses. O rio, a vaca, e até o rato, são considerados divinos (Rm 1.23). São falsos deuses que não têm poder para salvar o homem de seus pecados, garantindo-lhe vida eterna como o Deus verdadeiro (Gn 32.30; Sl 7.10; Is 45.20; Jr 2.28).

6.5 O Deus da Bíblia é o único Deus verdadeiro. Jesus ensinou o monoteísmo como parte do primeiro de todos os mandamentos:

“[…[ Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor” (Mc 12.29). A declaração aqui é reveladora porque não deixa dúvida de que o Deus dos cristãos é o mesmo Deus de Israel, pois Jesus citou as palavras diretamente do AT (Dt 6.4-6 ver Is 45.5). Jesus ainda diz: “[…] com verdade disseste que há um só Deus, e que não há outro além dele” (Mc 12.32 ver Jo 17.3). O apóstolo Paulo declara: “Todavia para nós há um só Deus” (1Co 8.6); “Ora o medianeiro não é de um só, mas Deus é um” (Gl 3.20 ver Ef 4.6). “Porque há um só Deus” (1Tm 2.5) (SOARES, 2017, p. 29).

CONCLUSÃO

Concluímos que a Bíblia diz que há um ser pessoal autoconsciente, autoexistente, que é a origem de todas as coisas e que está acima da criação inteira, mas ao mesmo tempo está em cada parte da criação. A Bíblia Sagrada dá o crédito da existência de todas as coisas a Deus, e não a uma combinação de fatores aleatórios que acidentalmente se juntaram e deram origem à vida. Por isso, é preciso ter mais fé para acreditar no evolucionismo do que no criacionismo.

REFERÊNCIAS

 FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. POSITIVO.

 GEISLER, Norman. Teologia Sistemática. CPAD.

 STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.

 SOARES. E. Manual de Apologética Cristã. RJ: CPAD

COLABORAÇÃO PARA O PORTAL ESCOLA DOMINICAL – PROF. PAULO AVELINO

SUPERINTENDENCIA DAS EBD’S DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS EM PERNAMBUCO

Fonte: Portal EBD

 

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