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LIÇÕES BÍBLICAS CPAD – ADULTOS – Lição 11: Atributos da Unidade da fé: humildade, mansidão e longanimidade

Data: 14 de Junho de 2020

VÍDEO DE APOIO

Roteiro do vídeo — Lição 11.

Sumário da Lição a respeito do Fruto do Espírito.

TEXTO ÁUREO

Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados” (Ef 4.1).

VERDADE PRÁTICA

A unidade na Igreja depende de que os crentes evidenciem no cotidiano a humildade, a mansidão e a longanimidade.

LEITURA DIÁRIA

Segunda — Ef 4.1,2

A unidade da igreja é a consequência de um viver humildade, manso e longânimo

Terça — Fp 2.5-8

Jesus Cristo, a maior expressão de humildade

Quarta — Mt 11.29

Jesus Cristo, manso e humildade de coração

Quinta — Gl 2.20

A mansidão se revela quando Cristo vive em nós

Sexta — Sl 86.15; Na 1.3

Se não fosse a longanimidade do Senhor, o que seria de seu povo?

Sábado — 1Co 1.10

A unidade dos cristãos leva a um mesmo pensamento e parecer

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Efésios 4.1-4; Colossenses 1.9-12.

Efésios 4

1 — Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados,

2 — Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor,

3 — Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz.

4 — Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação;

Colossenses 1

9 — Por esta razão, nós também, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós, e de pedir que sejais cheios do conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e inteligência espiritual;

10 — Para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda a boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus;

11 — Corroborados em toda a fortaleza, segundo a força da sua glória, em toda a paciência, e longanimidade com gozo;

12 — Dando graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz.

HINOS SUGERIDOS

173, 290 e 482 da Harpa Cristã.

OBJETIVO GERAL

Mostrar que a unidade na Igreja de Cristo é o resultado da humildade, mansidão e longanimidade na vida dos crentes.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

  • I. Explicar que a humildade é uma virtude indispensável para a comunhão;
  • II. Enfatizar que a mansidão produz crentes que promovem a paz e a conciliação;
  • III. Frisar que a longanimidade capacita o crente a ser tolerante com as falhas alheias.
INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Independente do tempo de caminhada cristã é imprescindível rememorar que, além da importância dos dons espirituais e ministeriais para a edificação da Igreja, está o fruto do Espírito Santo manifesto por cada crente. Os dons, por mais relevantes que sejam, necessitam estar acompanhados de um caráter transformado, impregnado das características do Mestre Jesus Cristo. Dentre as quais, enfocaremos nesta lição a humildade, a mansidão e a longanimidade. Além de tais virtudes na individualidade evidenciarem uma genuína comunhão com o Salvador, na coletividade reverberam uma convivência madura, pacífica e com legítima unidade do seu Corpo.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Após concluir a oração intercessória em favor da Igreja e, ao mesmo tempo, estimular os cristãos a viverem para a glória de Deus (3.16-21), o apóstolo passa a enfatizar a necessidade da unidade dos crentes (4.1-16). Assim, nesta lição, estudaremos as virtudes fundamentais — humildade, mansidão e longanimidade — que levam a igreja a viver uma perfeita unidade conforme a Palavra de Deus.

PONTO CENTRAL

A genuína unidade da Igreja é o resultado da humildade, mansidão e longanimidade de cada crente.

I. PARA HAVER UNIDADE É PRECISO HUMILDADE

A humildade é uma virtude imprescindível para o fortalecimento da comunhão cristã. Espera-se que os crentes sejam humildes não somente diante de Deus, mas também entre eles.

1. O modo digno do viver cristão. A conduta geral do crente é o destaque dessa seção da Carta. O apelo apostólico é para que os crentes “andem de modo digno da vocação” (4.1), ou seja, a nossa conduta diária deve corresponder à chamada recebida para ser um membro do Corpo de Cristo, a Igreja. Isso pressupõe que o andar do cristão está diretamente relacionado com o nível de unidade que ele tem com Deus e com os irmãos. Nesse sentido, a fim de desenvolver essa unidade, o apóstolo Paulo apresenta três virtudes essenciais: a humildade, a mansidão e a longanimidade (4.2).

2. A humildade. Para os povos pagãos a humildade não era uma virtude; pelo contrário, era considerada uma atitude negativa, fraqueza de caráter e falta de amor próprio. Na vida de Cristo é que a humildade aparece como virtude, pois Ele “não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo” (Fp 2.6,7). No Evangelho de João, nosso Senhor lavou os pés dos apóstolos dando o exemplo de humildade (Jo 13.13-15), mas não de uma humildade movida pela falsa aparência (Is 32.6; Mt 23.28), e sim de uma ação que reconhece a importância e o valor do outro (Fp 2.3).

3. A verdadeira humildade. O que fica claro em Jesus e no ensino do apóstolo Paulo é que a pessoa humilde expressa a modéstia, em oposição ao orgulho e a arrogância (2Co 12.20). Trata-se de uma postura que favorece o bem da coletividade no lugar do egoísmo (Jo 17.21-23). Assim, a verdadeira humildade coopera para a harmonia nos relacionamentos e promove a unidade no Corpo de Cristo (1Co 12.25). Entretanto, é importante ressaltar que esta, e as demais virtudes, são produzidas pelo Espírito Santo que habita no crente (3.16). Não há quem possa desenvolver tal conduta sem que o Espírito Santo o transforme (Gl 5.16).

SÍNTESE DO TÓPICO (I)

A virtude da humildade é produzida no crente por obra do Espírito Santo. Os humildes se portam com simplicidade e cooperam com a unidade da Igreja.

SUBSÍDIO DIDÁTICO—PEDAGÓGICO

Um dos fatores imprescindíveis para um efetivo processo de ensino-aprendizagem é transmitir o conhecimento não apenas na teoria, mas também de forma prática. Assim o Mestre ensinava a Palavra, acompanhada de atitudes. Pergunte aos alunos se eles o enxergam como um exemplo de humildade, mansidão e longanimidade. Faça essa reflexão para concluir a aula na classe. Afirme que, evidentemente, até ao dia de nossa partida para a Eternidade necessitaremos melhorar. E esse é um dos propósitos de nos reunirmos na Escola Dominical. Que juntos possamos nos acolher e aprimorarmo-nos mutuamente, sem um ambiente de competições ou julgamentos.

II. PARA HAVER UNIDADE É PRECISO MANSIDÃO

A virtude da mansidão produz crentes capacitados a bem gerir os conflitos, promovendo paz e conciliação na igreja local.

1. Mansidão: um fruto do Espírito. A palavra “mansidão” transmite o conceito de “ternura”, “gentileza”, “cortesia” e “paciência” (1Co 4.21; 2Co 10.1; 2Tm 2.25). Essa qualidade é listada nas Escrituras como um dos aspectos do fruto do Espírito (Gl 5.22). A mansidão é um estado que deriva da humildade. O termo indica moderação nas ações, bom trato para com o semelhante e ausência de precipitação. A expressão retrata o caráter de Cristo conforme o Senhor mesmo disse: “Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração” (Mt 11.29).

2. Grandes exemplos de mansidão: Moisés e Jesus Cristo. Moisés foi reconhecido como o homem mais manso que havia sobre a terra (Nm 12.3). Essa reputação se deu em virtude de o legislador, entre outros aspectos, não revidar nem guardar rancor quando foi atacado pessoalmente (Nm 12.1,2). Nessa mesma perspectiva, Jesus Cristo manteve o autocontrole enquanto era injustamente caluniado (Mt 12.14-21). E, durante seu julgamento, não pronunciou qualquer palavra contra seus acusadores (Mc 15.4,5). Assim, temos o exemplo da mansidão diante das mais difíceis circunstâncias.

3. A verdadeira mansidão. Pessoas com essa virtude são disciplinadas e capacitadas a perseverar na perseguição (Rm 12.12-14), não revidam os maus-tratos sofridos, não se apressam a emitir juízo (Rm 12.17-19), não cedem às provocações nem dão espaço para ressentimentos (Hb 12.15). Essa virtude não significa fraqueza ou inferioridade; pelo contrário, indica o mais seguro controle emocional. Assim, mansidão trata da submissão do homem para com Deus e sua Palavra (Tg 1.21). É a presença do Espírito Santo propiciando suavidade e domínio próprio (Rm 8.10).

4. Mansidão pressupõe conciliação. O comportamento conciliador é a demonstração prática da conduta de quem possui mansidão por meio de uma postura equilibrada diante de circunstâncias adversas (1Pe 2.23). Ele transmite a ideia de pacificação, um meio harmonioso de administrar os conflitos (2Co 2.10). Se todos os crentes de cada igreja desenvolvessem a virtude da mansidão o espírito conflituoso desapareceria. Em lugar de sentimento faccioso, eles apresentariam um espírito manso e conciliador (1Co 1.10).

SÍNTESE DO TÓPICO (II)

A mansidão também é virtude produzida pelo Espírito Santo. Os mansos são pacíficos e impedem a proliferação de conflitos na Igreja.

SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ

Neste tópico é válido refletir que podemos observar nas Sagradas Escrituras exemplos de homens e mulheres de Deus com personalidades e temperamentos distintos, contudo, com a submissão ao Senhor como um fator comum entre eles. Assim, conscientize os alunos que, da mesma maneira, há hoje na igreja pessoas mais sanguíneas, outras mais fleumáticas, coléricas ou melancólicas. Mas todas elas têm o compromisso comum de crucificarem a carne e andarem no Espírito. Portanto, ainda que para alguns a mansidão pareça um desafio maior que para outros, todos temos de buscar incessantemente esta virtude produzida pelo Espírito Santo naqueles que o recebem.

CONHEÇA MAIS

A Mansidão de Jesus

“E. Stanley Jones descreve este aspecto do ministério de Jesus nos termos de ‘o terrível manso’, que tem grande poder e determinação e serviço compassivo. Os mansos são terríveis porque não podem ser comprados ou vendidos; seu serviço aos outros dura mais que o tirano valentão”. Para saber mais leia Comentário Bíblico Pentecostal NT, CPAD, p.38.

III. PARA HAVER UNIDADE É PRECISO LONGANIMIDADE PARA O EXERCÍCIO DO PERDÃO

A virtude da longanimidade capacita o crente a ser tolerante com os erros alheios, e assim liberar o perdão aos ofensores.

1. Longanimidade: um fruto do Espírito. Longanimidade tem o sentido de ”paciência”, “tolerância” e “constância” (1Pe 3.20; 2Pe 3.9; Cl 3.12,13). É mais um dos aspectos do fruto do Espírito desenvolvido no crente (Gl 5.22). Em termos gerais essa virtude significa tolerar pacientemente a má conduta dos outros (1Co 6.1-6), tanto que a Bíblia nos ensina a ser “pacientes na tribulação” (Rm 12.12). Assim, suportar os erros dos outros e as adversidades da vida são o lado prático da paciência, pois o próprio Deus é descrito como “longânimo” e “tardio em irar-se” (Sl 86.15; Na 1.3). Contudo, o exercício da paciência requer a virtude do amor, que é o princípio basilar de todas as ações do crente salvo por Cristo (1Co 13.1-7).

2. Suportando uns aos outros. Durante a nossa jornada cristã nos depararemos com múltiplas situações de hostilidade (At 14.22). São nesses momentos conflituosos na igreja que devemos “suportar uns aos outros em amor” (4.2). A expressão indica que, infelizmente, teremos de enfrentar excessos cometidos em nosso meio, como as provocações alheias e atitudes carnais. Estas são comparadas a um “fardo” que devemos suportar por meio da prática do amor.

3. O perdão como premissa do amor. O amor é um atributo divino (1Jo 4.8), o principal aspecto do fruto do Espírito (Gl 5.22). É uma virtude altruísta que nos conduz a tratar aos outros como gostaríamos de ser tratados (Mt 7.12). Desse modo, a tolerância entre irmãos em Cristo deve ser mútua, isto é, amando “ardentemente uns aos outros, com um coração puro” (1Pe 1.22), perdoando e sendo perdoado. Quando esse estilo de vida é adotado pelos crentes, acabam-se as disputas na igreja.

SÍNTESE DO TÓPICO (III)

A longanimidade é qualidade produzida pelo Espírito que capacita o crente a suportar as ofensas sofridas e ainda perdoar o ofensor.

SUBSÍDIO VIDA CRISTÃ

Neste tópico podemos refletir que muito melhor é o homem paciente que o guerreiro, mais vale controlar as emoções e os ímpetos do que conquistar toda uma cidade (cf. Pv 16.32). Sábio é o homem que consegue controlar seu gênio, e sua grandeza está em ser generoso e perdoador com quem o ofende (cf. Pv. 19.11). É o que se amplia no seguinte texto: “O autocontrole é superior à conquista. O sucesso nos negócios, nos estudos, ministério e na vida familiar pode ser arruinado por uma pessoa que perde o controle de seu temperamento. Assim sendo, o autocontrole é uma grande vitória pessoal. Quando sentir que está prestes a explodir, lembre-se que o descontrole pode ocasionar a perda daquilo que você mais deseja” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. RJ: CPAD, 1995, pp.853,854).

CONCLUSÃO

Vimos o convite de Paulo aos crentes para um viver digno de uma perfeita unidade. Para garanti-la, mostramos que algumas virtudes são essenciais: a humildade, que fortalece a unidade; a mansidão, que gere os conflitos; a longanimidade, que suporta os erros alheios. Quando os crentes vivem essas virtudes, as dissensões desaparecem e o nome de Jesus Cristo é glorificado (Mt 5.16; 1Co 1.10).

PARA REFLETIR

A respeito de “Atributos da Unidade da Fé: Humildade, Mansidão e Longanimidade”, responda:

Qual é o apelo apostólico?

O apelo apostólico é para que os crentes “andem de modo digno da vocação” (Ef 4.1).

Onde que a humildade aparece como virtude?

Na vida de Cristo que a humildade aparece como virtude, pois Ele “não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo” (Fp 2.6,7).

Que conceitos a palavra “mansidão” transmite?

A palavra “mansidão” transmite os conceitos de “ternura”, “gentileza”, “cortesia” e “paciência”.

Cite os dois grandes exemplos de mansidão na Bíblia.

Moisés e Jesus Cristo.

Qual é o sentido de longanimidade?

Longanimidade tem o sentido de “paciência”, “tolerância” e “constância”.

SUBSÍDIOS ENSINADOR CRISTÃO

ATRIBUTOS DA UNIDADE DA FÉ: HUMILDADE, MANSIDÃO E LONGANIMIDADE

A Carta aos Efésios traz orientações bem práticas para que os crentes cheguem à unidade da fé. Ela mostra claramente que a unidade na Igreja de Cristo é o resultado da humildade, mansidão e longanimidade na vida dos crentes. Esse é o ponto que deve ser mostrado com ênfase ao longo da lição desta semana. Para garantir a unidade da fé, segundo o ensinamento de Efésios, é preciso Humildade, Mansidão e Longanimidade. Para isso que você deve ter outros objetivos bem delineados para atingi-los ao ministrar a lição em classe. O primeiro deles, explicar que a humildade é uma virtude indispensável para a comunhão. O segundo, enfatizar que a mansidão produz crentes que promovem a paz e a conciliação. E, finalmente, o terceiro é frisar que a longanimidade capacita o crente a ser tolerante com os defeitos alheios. Todos esses objetivos trabalham para mostrar o valor destas três grandes virtudes cristãs: Humidade, Mansidão e Longanimidade na manutenção da Unidade da Fé.

Resumo e destaques da lição

Nesta lição há uma sentença muito clara em que os tópicos corroboram com ela: A genuína unidade da Igreja é o resultado da humildade, mansidão e longanimidade de cada crente. É indispensável que, nós, os pentecostais, além de enfatizarmos a efusão do Espírito e os dons espirituais, proclamemos com clareza a necessidade de um caráter transformado por Cristo acompanhado de virtudes concretas para fazer a manutenção da unidade da fé na Igreja.

Nesse sentido, o primeiro tópico explica a humildade como uma virtude indispensável à comunhão na igreja. Aqui, é importante que você enfatize que a virtude da humildade é produzida no crente por obra do Espírito Santo. Os humildes se portam com simplicidade e cooperam com a unidade da Igreja.

No segundo tópico, você precisa destacar que a mansidão também é virtude produzida pelo Espírito Santo. Os mansos são pacíficos e impedem a proliferação de conflitos na Igreja. Por isso é uma virtude indispensável à manutenção da unidade da fé.

E o terceiro tópico frisa que a longanimidade capacita o crente a ser tolerante com os defeitos alheios, isto é, uma qualidade produzida pelo Espírito que capacita o crente a suportar as ofensas sofridas e ainda a perdoar o ofensor. Essa virtude é indispensável para sermos tolerantes uns para com os outros conforme Paulo ensina em Romanos 14.

 

Fonte. Estudantes da Bíblia

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