“A coabitação está ligada ao fracasso conjugal”, constata pesquisa

Casamento formaliza a decisao de construir uma vida a dois com base no compromisso e apoio mutuo
Casamento formaliza a decisão de construir uma vida a dois com base no compromisso e apoio mútuo. – Foto: Freepik

Casais que coabitam antes do casamento têm 48% mais chances de se divorciar, diz estudo

Por Patrícia Esteves

A coabitação sem casamento tem se tornado cada vez mais comum, especialmente entre os mais jovens. Muitos acreditam que viver juntos antes de casar é uma forma de testar a compatibilidade e garantir que o relacionamento tem fundamento sólido. A ideia de que o casamento é “apenas um pedaço de papel” também ganhou força, com muitos casais escolhendo viver juntos antes ou em vez de oficializar a relação.

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No entanto, pesquisas apontam que a coabitação está associada a um aumento nas taxas de divórcio e instabilidade conjugal. Isso conduz a uma reflexão importante, sobre se o casamento formal ainda tem o poder de fortalecer um relacionamento ou é apenas uma formalidade sem sentido para as novas gerações?

Coabitação não funciona como promessa

Nos Estados Unidos, a mudança de comportamento, de acordo com um estudo de 2019 do Pew Research Center, mais americanos coabitaram em algum momento do que se casaram. O crescimento é expressivo e hoje, 15 vezes mais casais vivem juntos fora do casamento do que em 1960. Isso acontece por lá, em parte, porque a coabitação é vista como um passo natural no namoro ou até como uma substituição definitiva do casamento.

No Brasil, embora o casamento formal ainda seja o tipo de união mais comum, as relações conjugais têm se diversificado nas últimas décadas. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), 57,1% da população com 15 anos ou mais vive em algum tipo de união, sendo que 37,2% estão casados no civil ou religioso, enquanto 19,8% optam por viver em união consensual, ou seja, morando juntos sem formalizar o casamento.

O problema é que essa prática, embora comum, não tem mostrado bons resultados para a estabilidade das relações. A autora pró-vida Lila Rose destacou recentemente, que “casais que coabitam antes do casamento têm 48% mais chances de se divorciar”. Para ela, “a coabitação não prepara você para o sucesso — ela prejudica o sucesso do seu casamento”.

Seu conselho é “para aqueles que estão namorando e em um relacionamento, construam uma base sólida, crescendo juntos espiritual, intelectual e emocionalmente”. “Se esta é a pessoa com quem Deus está chamando você para se casar, assuma o compromisso primeiro — case-se e depois construa seu lar juntos”, declara.

A armadilha da facilidade

Mas como esse modelo, que estatisticamente não favorece relacionamentos duradouros, se tornou tão popular? Brad Wilcox, do Instituto de Estudos da Família, sugere que há um equívoco sobre o que coabitar de fato representa.

“Meus alunos (na Universidade da Virgínia) acham que a coabitação é uma ótima maneira de se preparar para o casamento. Eles não sabem: a coabitação está, na verdade, ligada ao fracasso conjugal”, declarou. Ele cita ainda um estudo de Stanford que descobriu que coabitar com um parceiro extra aumenta em três vezes as chances de divórcio das mulheres.

Além da desinformação, a coabitação se popularizou por ser fácil, especialmente para os homens. Sem a exigência de definir o relacionamento, planejar um futuro ou assumir compromissos formais, os benefícios físicos e financeiros de uma relação parecida com o casamento vêm sem as responsabilidades. Não é coincidência que muitas dessas uniões acabem não evoluindo para algo permanente.

O impacto da mentalidade de baixo comprometimento

O que está por trás dessa fragilidade é o modo como os casais enxergam o compromisso. Wilcox explica que a coabitação “faz com que os parceiros adotem uma visão menos comprometida do casamento” e que “essa mentalidade de baixo comprometimento os torna mais vulneráveis à dissolução conjugal em momentos difíceis”. Enquanto no casamento há uma decisão pública e definitiva, na coabitação o casal vive em um estado de avaliação contínua, num ensaio sem garantia de estreia.

Sob a perspectiva cristã, o casamento não é apenas um contrato social; é uma aliança criada por Deus como parte da ordem humana. Quando os votos matrimoniais são assumidos diante de Deus e da comunidade, eles passam a ter consequências reais, mensuráveis e relacionais.

Essa diferença também encontra respaldo bíblico. Em Gênesis 2.24 está escrito: “Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne”. A união que Deus idealizou envolve exclusividade, permanência e compromisso. Por isso, mais do que um simples papel, o casamento formaliza e fortalece a decisão de construir uma vida a dois com base na confiança mútua e no apoio espiritual.

Fonte: comunhao

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